quinta-feira, outubro 03, 2013

BOLADAS (14)

    Comentando um falso anúncio de que teria falecido, Mark Twain reagiu fleumaticamente que "as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas". A frase tem todo o cabimento se aplicada à reacção negativa de uma boa parte dos adeptos portistas à dolorosa derrota da equipa e, de uma forma particularmente incisiva a roçar a intolerância ao treinador Paulo Fonseca, zurzido sem dó nem piedade como um condenado pelo Santo Ofício na era da Inquisição. Tal como se previa e muitos avisaram, o Atlético de Madrid está num alto momento de forma, física e mentalmente, a concretizar uma sucessão de vitórias a que nem o todo poderoso irmão rico seu vizinho foi poupado no seu próprio estádio e, não obstante, o Futebol Clube do Porto e o seu técnico puderam provar que a vitória era possível.

Se foi confirmado o valor actual do Atlético de Madrid pela forma como soube ganhar o jogo, ninguém poderá negar que o Futebol Clube do Porto, de Paulo Fonseca, esteve em boa parte do jogo, "por cima", melhor, se superiorizou à equipa de Simeone. E, esta constatação não aconteceu por acaso.





A decepção dos adeptos do portistas pelo insucesso desta jornada europeia não pode, não deve, fazer de Paulo Fonseca um técnico incompetente, sem estofo para uma equipa da dimensão e pretensões do Futebol Clube do Porto. São injustas e carecem de justificação consistente as críticas negativas formulados sob descontrole emocional, pois não quero crer que algumas de que tomei conhecimento traduzam juízos preconcebidos ou posições de radicalismo sem sentido.

Paulo Fonseca não está no FC Porto em resultado de um sorteio ou porque a cunhada do roupeiro "deu uma palavrinha" à técnica do serviço de limpeza" do sr. Pinto da Costa. Quiçá, nem pelo bom trabalho que fez antes de chegar ao Dragão, mas, outro sim, como é corrente acontecer na Administração da SAD, pelos méritos profissionais e qualidades pessoais de liderança na linha dos que, antes dele, fizeram grandes carreiras no MELHOR CLUBE PORTUGUÊS.
Golos PSG 3 vs 0 Benfica – Liga dos Campeões 
Entendo que o Benfica tem o dever de  pedir desculpa aos emigrantes portugueses em Paris pelo humilhação a que estes foram sujeitos pelo comportamento da equipa de Vieira e Jesus no Parc dos Princípes, derrotada de forma vergonhosa por um Paris SG que poucos acreditarão poder chegar à final de Lisboa.  Aos portugueses residentes em Portugal, não! Aqueles que estão fora do país, não dispõem de tempo bastante para poderem ajuizar do que é a realidade da maioria da informação desportiva que se propaga aqui dentro e, mesmo que dele pudessem dispor, os meios mais correntes ao seu alcance estão inquinados de mentiras e propaganda enganosa. Os outros, merecem estas "mocadas no toutiço" para os acordar para a verdade que lhe escondem, para abrirem os olhos e distinguirem os farsantes, os mistificadores da honra, os trafulhas paladinos da justiça que atiram para canto as responsabilidades dos insucessos próprias  que a sua incapacidade gera.



Não vou terminar sem uma chamada de atenção para um lance cuja descrição feita pelos comentadores da sportTV foi por demais  adocicada tendo em conta que o protagonista foi o delinquente-especialista do uso do cotovelo, Óscar Cardozo. Aconteceu já no período complementar da partida (partida para o Clube da Dona Victória) quando o "fenómeno" que Jesus é obrigado a "engolir" e a respeitar no balneário "enfiou" seu potente cotovelo nas costelas de um jogador do Paris SG, cujo nome não me ocorre, numa zona muitíssimo vulnerável do corpo deixando-o fortemente combalido. Para os comentadores de serviço o gesto maldoso não passou de "uma entrada forte" do anjinho Tacuara.










4 comentários:

  1. Concordo e subscrevo. Há muita gente mal habituada e que ferve em pouca água, assim como pelo contrário outros se querem elevar depressa onde não chegam. A normalidade estará aí a chegar!

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  2. Meu caro, quando os adeptos portistas se conformarem com uma derrota, mesmo injusta, algo vai mal no reino do Dragão. Agora, tem razão, não é necessário colocar tudo e todos em causa. Mas alertar, chamar a atenção para algumas coisas que não têm funcionado, também é apanágio dos portistas.

    Abraço

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  3. dragao vila pouca:

    Caro amigo,

    Estamos em sintonia quanto ao direito (dever?) de os portistas formularem as críticas que julguem apropriados e dêem a sua opinião sobre tudo que envolva o Clube. Porém, algumas que li sobre o liderança técnica da equipa, chocaram-me pela violência (mesmo crueza) em relação a Paulo Fonseca, que, no meu entender são intempestivas e, quiçá, injustas como se verá futuramente.

    Quem segue o que escrevo no Dragão, Sempre! e aqui no Dragão Até à Morte poderá confirmar que, também eu, tenho manifestado desagrado pelas exibições da equipa, sobretudo no que concerne à entrega dos jogadores que julgo poderiam ter rendido muito além do que mostraram. Causas? Sei lá. Se estivesse por dentro das coisas que se passam no Olival, teria elementos seguros para opinar. Como é que um simples "consumidor" de futebol pode opinar que não devia ter jogado este, mas aquele outro jogador? Como me atrevo a dizer que deve jogar Quintero de princípio ao fim em todos os jogos, seja contra quem for? Porque penso que o FC Porto tem que ser melhor e vencer todos os jogos e contra que adversário for? Como é que alguém tem a coragem de dizer que bom é o Marco Silva nesta altura em que quem está à frente da equipa é Paulo Fonseca?

    Bolas, haja bom senso! Não é fazendo afirmações daquele jaez que poderemos contribuir para criar um corrente de apoio e confiança à volta da equipa.

    Estamos em todas. E as possibilidades estão intactas. Por isso, há que ter confiança e...paciência!

    Um forte abraço.

    Dragão, Sempre!

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  4. Com certeza, críticas sim, mas com respeito, sempre com objectividade e pela positiva.

    Abraço e bom fim-de-semana

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