PINHEIRO COM OITO PEROS.

        

VALTER, O MACIÇO,  o "herói de Pêro Pinheiro: QUATRO GOLOS!

                                        3ª Eliminatória da Taça de Portugal.

            Em Pêro Pinheiro (Sintra):

            PÊRO PINHEIRO, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 8

          O FCPorto alinhou: Braccali. Sapunaru, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Belluschi (cap.), Souza e Defour; Iturbe, Valter e Djalma. Varela, entrou na 2ª parte para a vaga de Iturbe, aos 64' saiu Djalma e entrou C Rodriguez, e, KADU, aos 16 anos, foi para a baliza em substituição de Braccalli, numa estreia inédita na equipa principal a um jogador desta idade.

           GOLOS: Defour abriu o marcador aos 29', na sequência de uma recuperação de bola, cedeu-a a Valter, que lha devolveu redonda já dentro da área e o belga enviou, rasteiro para a baliza; 0-2, aos 34,30', por Valter, concluindo, de cabeça,  uma jogada vistosa em slaloon de Bellushi junto à linha de fundo; o 3º aconteceu aos 34,4', num lance da troika Iturbe, Djalma e Valter, a concluir; aos 40', veio o 0-4: jogada em tabelas sucessivas, Valter assiste Djalma, na esquerda, para este rematar colocado; o "hat-tric" do Maciço ocorreu no segundo antes dos 45' da primeira parte, com o seu Valter a dominar muito bem e a concretizar melhor.

            A meia dúzia chegou aos 56' quando Djalma beneficiou da defesa para a frente do guarda-redes local a remate de Valter, e atirou colocado. O 7º a fazer o gosto ao pé (e à numerosa falange de apoio dos portistas em Lisboa e arredores), foi Varela, bem atento a aproveitar um lançamento longo para as costas da defesa pêro-pinheirense e, descaindo sobre a linha de fundo, atirou para a baliza onde o guarda redes já não se encontrava.VALTER, O MACIÇO, o tal "gordo" molengão e em bruto, fez POKER aos 90', acompanhando a corrida, em dribles, do Cebola.

            Quem mais gostei de ver foi VALTER: movimentação "à ponta de lança", pro-activo, tranquilo e rematador. E, coisa rara: interesse pelo jogo entre o primeiro e o 92º minuto de jogo. Mereceu ficar com a bola para recordação.

            Mangala, não é igual e ninguém. Tem personalidade própria e escola, não se encolhe nem tem medo de arriscar. Vai ter lugar na equipa.

            Stefan Defour, deve agradar ao treinador tanto como a mim que não o sou. Aparece em todas as zonas do campo, sabe ler o jogo e gosta de atirar a baliza. Deve evitar excesso de precisão, como naquele lance em que desperdiçou na trave um golo feito.

             E vamos lá ao ITURBE. Só porque falam nisso, sempre direi que não sei porque dizem ser parecido com o "Pulga" do Barça. Pareceu-me mais próximo da nossa estrela James Rodriguez, no estilo e no trato da bola. Acho que a vontade de corresponder à fama que o precedeu lhe tirou algum discernimento na conclusão de algumas jogadas mas "sentiu-se" o talento que tem muito tempo para mostrar.

             Não sei se tem a ver com a falta de competição, mas, ALEX SANDRO, passou no teste mas com nota suficiente. Não me pareceu à vontade com o adversário pela frente e, quando intentou subir não brilhou. Foram-lhe assinaladas muitas faltas, se calhar algumas não o eram. Obviamente que deve valer mais e, se assim for, a estampa e entrega favorecem-no.

             Dos "velhos" o capitão Belluschi aproveitou a fragilidade dos adversários para exibir a sua técnica superior e lembrar a Vítor Pereira que, para o banco, só como membro do conselho de administração.

             Djalma esteve bastante bem e marcou dois, o que é bom.

             Do jogo direi apenas que o Futebol Clube do Porto mostrou dignidade e os jogadores foram honestos e aplicados. O que simplificou um  jogo que, tivesse sido outra a atitude, poderia ter sido muito menos interessante e mais embrulhado, atendendo ao entusiasmo e meritória movimentação da equipa de Pêro Pinheiro, principalmente durante a primeira parte, isto é, enquanto o folgo durou.

             Benquerença estaria como o peixe na água a arbitrar jogos no escalão dos sintrenses.