domingo, outubro 02, 2011

EXAMES SÃO FÁCEIS PARA QUEM ESTUDA.

Dragões regressam às vitórias (SAPO)
Académica 0-3 FC Porto- Valter, o Maciço e Guarin: o primeiro e
o último golos apontados.

     LIGA ZON SAGRES


            7ª Jornada


            Estádio Cidade de Coimbra.


            A. A. COIMBRA, 0 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3

            Com golos de Valter "Maciço", aos 27', de Jámes Rodriguez, aos 32' e de Guarin, aos 58´.

            O FC Porto alinhou: Helton. Fucile, Otamendi, Rolando e Álvaro Pereira; Guarin, Fernando e Moutinho; Hulk, Valter e Jámes Rodriguez. Aos 74', entraram Defour e Djalma e saíram Jámes e Moutinho; aos 85' entrou Belluschi para o lugar de Valter.

            O Futebol Clube do Porto venceu em Coimbra com naturalidade ultrapassando um obstáculo que se antevia difícil de vencer, dado o bom momento que a "Briosa" atravessa, até ao momento invencível no seu próprio terreno.

            Fazendo um jogo sereno e sem demonstrar qualquer réstia de ansiedade e precipitação, a equipa azul e branca controlou a partida do primeiro ao último minuto e construiu uma vitória justa que poderia, até, tem ainda maior expressão nos números.

            Vítor Pereira, levou a Coimbra uma equipa sem surpresas, colocando Valter no lugar de Kléber, lesionado, mantendo o esquema habitual de jogo e as posições tradicionais ocupadas pelos jogadores. Até à abertura do marcador antes da meia hora da primeira parte, o Futebol Clube do Porto adoptou um processo de jogo que contrariava o gosto da Académica de ter a bola e progredir com ela no terreno, usando muitos lançamentos longos para as costas da defesa dos estudantes, evitando que ela circulasse no chão e pelo centro do relvado.

             Com Álvaro e Fucile bastante subidos nas respectivas alas, alargavam o terreno de jogo onde Hulk e Jámes, tendo sempre muito por perto Moutinho e Guarin, e mesmo Fernando, levavam o pânico à defesa dos academistas.
 
              Após a obtenção do 0-2, o FC Porto alterou o seu modelo de jogo, passando a segurar os seus jogadores mais o esférico e a trocá-lo em passes mais curtos e variadas desmarcações, sobressaindo então a excelente capacidade técnica dos seu executantes.

              Individualmente, os desempenhos individuais merecem boa nota, mas, há que salientar algumas exibições mais conseguidas. Helton, teve uma defesa difícil com os pés que evitou a concretização de um golo para a Académica, e esteve sempre bem. Os centrais Rolando e Otamendi, principalmente o internacional português, mandaram na defesa e até foram à frente, algumas vezes. Fucile, pareceu mais contido do que o costume e o seu ar sério revela a contrição de pecados passados. Boa nota, para ele, e, ainda melhor para o Palito, hoje já muito melhor na entrega e no passe. No meio, muita virtude, com Fernando, João Messinho e Guarin , por esta ordem, a brilharem. Na frente, foi Hulk, provavelmente o melhor de todos no jogo, mas Jámes, não esteve muito longe dele. "Seu" Valter, o Maciço, não me deixou ficar mal: é jogador, não dorme na parada e...marcou um golo (o primeiro do jogo) à...ponta de lança. Vai lá, o modesto e simpático iletrado (ouviram as declarações que fez no flash interviw?. Muito bem, cara!).

              Dos substituto há que dizer que Defour, é um valor seguro. Não engana e vai singrar, quando tiver oportunidade de jogar mais vezes e mais tempo. Djalma, também entrou bastante bem e, Belluschi, estando pouco tempo no jogo não podia apresentar muito trabalho.

              O Futebol Clube do Porto não perde para o campeonato desde Abril do ano transacto. Em menos tempo do que Isaltino Morais esteve na cadeia da Judiciária, voltámos a ocupar o primeiro lugar, apesar da indesejável companhia do clube da Dona Victória. Como diz a sabedoria popular "diz-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és", por isso, quanto mais depressa nos virmos livres das más companhias, muito melhor.

              Não vou dizer nada que as pessoas de boa fé e isentas não saibam há muito tempo. Muito do mérito da vitória e a forma como ela foi obtida deve-se, em grande parte, à estratégia adoptada para este jogo por Vítor Pereira, que, estando perto da Universidade, bem merecia que lhe fosse atribuído o doutoramento mesmo que o Reitor e os serviços administrativos tivessem que trabalhar ao domingo. E não pensem em enviá-lo por fax. Essas tecnologias são mais correntes nas Universidades da capital do império...

            

3 comentários:

  1. Tranquilo regresso à normalidade

    Depois do nervosismo de três jogos sem ganhar, coisa rara no Dragão e da derrota na Rússia, junto ao desgaste fisíco de ter de jogar 45 minutos com 10, em S.Petersburgo, o jogo de Coimbra era muito importante e era fundamental ganharmos. Ganhamos, com clareza e justiça, mesmo que a exibição não fosse do outro mundo. Não era prioritário, os 3 pontos, sim.
    Agora, com a cabeça mais limpa e outra tranquilidade, podemos trabalhar mais descansados, melhor e afinar a máquina para os importantes jogos que se adivinham, nomeadamente na Champions, onde os 2 confrontos com o Apoel são decisivos.

    Abraço

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  2. Foi o jogo perfeito para o FC Porto voltar às vitórias, frente a um adversário jovem e «tenrinho» que não colocou grandes obstáculos.

    Os Dragões, sem realizarem uma exibição convincente lá foram disfarçando alguma falta de confiança de alguns jogadores e menor rendimento de outros, que têm afectado a equipa.

    Foi evidente a dificuldade inicial para criar desequilíbrios, pelo que os primeiros vinte minutos foram caracterizados pelo futebol directo, geralmente mal executado, face à imprecisão dos passes longos.

    Depois do golo inaugural a Académica desuniu-se e o FC Porto aproveitou.

    Vitória justa e tranquila.

    Walter estreou-se finalmente a titular e marcou.

    Não entendo não ser opção mais séria. Os responsáveis devem ter a coragem de se assumirem. Das duas uma, ou o avançado tem a sua confiança, devendo ser utilizado com mais frequência ou então assumem que a sua contratação foi um erro e dispensam-no do plantel.

    Um abraço

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  3. Parecia o fim do mundo, e eu próprio não andava muito satisfeito. Dois empates e uma derrota como três últimos resultados não é algo a que estejamos muito habituados no Futebol Clube do Porto.

    Com a pausa para os jogos das selecções pela frente era ainda mais importante garantir os três pontos, para não perdermos a liderança [ainda que por um golo...]. Não se esperava um jogo fácil, até porque a Académica atravessa uma boa fase - estava em causa o segundo lugar para a equipa dos estudantes -, e não o foi, de facto, mas ultrapassámos as dificuldades que nos foram postas.

    Um abraço

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