Fazendo uma analogia patológica da situação que se vive no presente momento no Futebol Clube do Porto, dir-se-ia que ela não passa de uma gripe passageira, a qual, tomadas as precauções requeridas, deverá ficar a curto prazo completamente ultrapassada.
O corpo é são, tem defesas para superar normalmente o vírus contraído e os cuidados de saúde são de qualidade, pelo que me parecem excessivos o tom e o modo, bem como o número dos toques de alarme que se despoletaram pelos mais diversos quadrantes do mundo do dragão.
Viram-se, à "vista desarmada", situações a que já não estamos habituados por andarmos sempre na frente, viciados nas vitórias que arrasam os adversários, e, ao primeiro vento contrário reagimos como se estivéssemos à beira de um tornado.
As pessoas (os adeptos) têm sempre razão "que a razão desconhece" porque um desaire, aos olhos de um crente fervoroso não tem desculpa nem é aceite pela maioria dos adeptos, o que os leva sempre a reagir perante situações negativas que abalam a sua confiança no futuro.
As oscilações patentes na exibição obtidas no último jogo contra o Apoel, com consequência negativas inesperadas no resultado, bem como o desempenho de nível inferior que se verificou no insucesso de São Petersburgo, levaram a que os adeptos pusessem em causa a competência técnica de Vítor Pereira e a sua equipa, chegando mesmo a questionar, ainda, o empenho dos jogadores.
Na verdade, o que vimos não nos podia deixar satisfeitos porque o cenário que idealizámos era bem diferente para este jogo. Estávamos à espera de ver um FC Porto a entrar forte na partida, confiante, guardando a bola para si, pressionante, obrigando o seu opositor a refugiar-se no seu meio campo sem lhe permitir a veleidade de contra-atacar.
Não foi assim, no início ou no decorrer do jogo até aos noventa minutos. Daí o desapontamento.
Muito mais atento e também altamente preocupado com o que se passava no relvado, estaria Vítor Pereira e a sua equipa. Tenho a certeza que, também eles, estavam descontentes com a lentidão, com a atitude de alguma passividade, até, da equipa. A facilidade concedida ao adversário nas bolas em altura na nossa área, a liberdade ampla de que beneficiou o avançado cipriota no excelente golo que obteve, o desplante imperdoável de Otamendi a oferecer a derrota aos adeptos, a incompetência do Cosme francês, o desnorte posicional dos jogadores e os OITO cartões (oito!!!) amarelos que os jogadores "pediram". As substituições foram a destempo e erróneas? Talvez, mas as leis do jogo não permitem mais de três...
Encontradas as pedras onde as quedas acontecem há, apenas, que removê-las e o caminho fica outra vez chão. Detectado o problema que retira potência ao motor, ao mecânico compete substituir a peça quebrada ou a vela queimada e a máquina fica apta a produzir.
Se nos parágrafos anteriores fiz questão de denunciar algumas das situações que, do meu ponto de vista de adepto desinformado da realidade dos bastidores me pareceram passíveis de serem criticadas, não significa que a situação não começasse já a ser invertida e a equipa não vá responder, de imediato, positivamente, porque, nisso quase todos estamos de acordo, temos o melhor plantel de todas as equipas portuguesas, a mais competente e vitoriosa organização de Portugal e estou confiante que Vítor Pereira e a sua equipa têm qualificações bastantes para conduzirem o transatlântico azul e branco.
Ainda há tempo para ganhar TUDO. A nível interno, comandamos o campeonato invictos desde Abril da época finda, seguimos na Taça de Portugal, e, na Europa dos campeões seremos os primeiros do grupo porque provaremos ser esse o nosso lugar.
Se há equipas diferentes que gostam de vencer desafios e vivê-los sob pressão, ela está, sem qualquer dúvida, a norte, no Dragão. O ambiente de efervescência polémica que à nossa volta pretendem criar é uma tentativa falaciosa de nos desunir, de virar os adeptos contra adeptos e estes contra a equipa. Vão cair de novo aos nossos pés: hoje, como ontem. E, no futuro, porque
"SOMOS PORTO".
(Foto in Dragão Até à Morte, blogue de M. Vila Pouca)
Meu caro :
ResponderEliminar..."temos o melhor plantel de todas as equipas portuguesas"...
Temos , sim senhor . E , além disso , é como dizes : "SOMOS PORTO"!
Um abraço
So falta acrescentar, cá dentro e lá fora...
ResponderEliminarPode sacar as fotos à vontade e nem precisa de citar.
Abraço