sexta-feira, maio 27, 2011

VIENA, MEU AMOR!

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_2cMGzz7jDJg8cW-Wi6PP_Vc5PWDuBF0GR8UKNj91_FJ7tQZJMQfakZeInMJ4jrETvWYRkM1YNNbYknb-LXRDaLXdnDo6x9-nHH1zkc_SymQZePFgcbB_98_XFibWlUDzB5NO5MeZzL26/s1600/fcporto1987.jpg                                                 EU, ESTIVE AQUI!
   
              No silêncio que me envolve  faço uma introspecção aos sentimentos marcantes da minha paixão de portista militante e recuo ao dia de ontem, 27 de Maio de 1987, para regressar ao Estádio do Prater, em Viena de Áustria, para reviver a epopeia da conquista da primeira taça dos CAMPEÕES EUROPEUS, pelo Futebol Clube do Porto.

             Estou no topo oposto à mancha vermelha dos adeptos alemães e o relógio por cima deles marca as 19 horas e 45 minutos. Sobre o relvado a bola começa a circular e as camisolas azuis-e-brancas são procuradas pelos mil olhos dos portugueses que ali chegaram de longe, perseguindo o mito.

             Somos cinco e um só, na fé, na inquietação interior de quem tem medo de ser feliz, na determinação e no entusiasmo de quem está perto do céu e teme lá não entrar.

             Rogério Agra, Carlos Agra, Rogério Vale, Dino Vieitos e eu próprio, quatro dias de estrada a atravessar a Espanha, França, Alemanha para estar, dois mil e quinhentos quilómetros depois, no olimpo dos eleitos para mostrar o nosso slogam talismã: HAVEMOS DE IR A VIENA!

             O revés do golo bávaro no primeiro tempo foi o tónico que despoletou a bravura lusa dos intimoratos conquistadores dos mares "nunca antes navegados", vencedores do Cabo das Tormentas e descobridores das Índias e dos Brasis. Foi, porém, Alá que incarnou em Rabath Madjer, e pelo argelino, criou a OBRA. Magnânimo, indicou a Juary o caminho para a salvação e abriu para nós a porta do Céu!

             Altas horas a festa prosseguia e o regresso foi uma alegoria de celebrações pelo itinerário do regresso: Áustria, até à Jugoslávia numa directa com episódios picarescos com um momento irrepetível na fronteira entre este pais e a Itália, com os carabineri rendidos ao nosso orgulho de portugueses e portistas. Depois de um sono reparador em Génova (Savona), Mónaco e o campeonato do mundo da Fórmula 1, Nice, Espanha e, no sábado seguinte ao da partida, eram 10 horas e 30 minutos, "mostrávamos" a Taça dos Campeões no Centro Cívico da nossa terra.

             Foi em 27 de Maio de l985? Não, é hoje, na hora que passa!

          

2 comentários:

  1. Meu caro, que emoção e que inveja!

    Depois dessa epopeia, já fomos a Sevilha, Gelsenkirchen e Dublin. Sem contar com o princepado do Mónaco, onde vamos em Agosto, pela terceira vez.
    Tanto orgulho!

    Um abraço

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