quarta-feira, fevereiro 27, 2019

SÃO OS DETALHES QUE DEFINEM O VALOR DA OBRA.

 
Taça de Portugal 
1/2 final, 1.ª mão 
Estádio do Dragão, Porto 
Tv em direto - Hora: 20:15 
Tempo: céu limpo e temperatura amena 
Relvado: bem cuidado 
Assistência: +- 34000 espectadores
2019.02.26 (terça feira)


               FC do PORTO, 3 - SC de Braga, 0
                                           (intervalo: 1-0)

FC Porto alinhou com: Fabiano, Wilson Manafá, Felipe, Pepe, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, Otávio, aos 79' Danilo Pereira, Jesús Corona, Adrián López, aos 82' Yacine Brahimi, e Fernando Andrade, na 2.ª parte Tiquinho Soares.  Suplentes n/utilizados: Iker Casillas, Maxi Pereira, Hernâni e Moussa Marega. 
Equipamento: oficial tradicional 
Treinador: Sérgio Conceição

SC Braga alinhou com: Marqafona, Sequeira, Raul Silva, Bruno Viana, Esgaio, Ricardo Horta, aos 68' Murillo, Claudemir, Palhinha, 68' Ryller, Wilson Eduardo (C), Fransérgio e Dyego Sousa, aos 74' Paulinho. Não utilizados: Tiago Sá, Ailton, Xadas e João Novais.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Abel Teixeira

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga). Auxiliares: Bruno Rodrigues/Nuno Eiras.
4.º árbitro: Rui Costa
VAR: Hugo Miguel 
AVAR: António Godinho

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 37' por ALEX TELLES, na conversão de pontapé de grande penalidade, a castigar falta de Marafona sobre Hèctor Herrera, ao falhar o gesto de interceção de um centro sobre a baliza acertando com os punhos na cabeça do capitão portista; a execução da falta apenas ficou concretizada no quinto minuto após ter acontecido, ao que pareceu por força de interrução por avaria das comunicações áudio com o VAR; Pinheiro acercou-se do visor do estádio apenas para testar o estado dos auscultadores e não viu imagens do lance que deu origem à marcação da grande penalidade. O 2-0 viria a acontecer aos 63' da segunda parte, sendo apontado por TIQUINHO SOARES, o qual, recebeu a bola vinda de um centro de Otávio no flanco direito a roçar a cabeça de Esgaio, dominou-a com o interior da coxa da perna esquerda, e com a serenidade do cirurgião no manejo do bisturi bateu de pé esquerdo para o golo. Óliver, foi o insígne inventor da espetacular jogada que o talento de YACINE BRAHIMI converteu, aos 90'+3', no mais brilhante golo da noite do Dragão, quando colheu a bola à entrada do meio campo dos bracarenses, arrancou na direção da baliza acossado de perto por um jogador contrário que tentou a falta sem o conseguir, resistiu à queda e ao toque, e já perto da área traçou à régua e esquadro a trajetória da bola até ao lado oposto ao encontro do argelino mágico, o qual, depois de pincelar a tela do quadro com os arabescos inatos do costume, rematou a meia altura para colocar a cereja no topo da festa do triunfo.

      A primeira mão da meia final da Taça de Portugal que colocou frente a frente no estádio mais lindo da Europa o campeão nacional em título e um credenciado e empenhadíssimo pretendente em participar no Jamor na festa do futebol luso, constituiu uma excelente partida de futebol. Com equidade relativa na determinação e no empenho postos na obtenção do desfecho do jogo que melhor satisfizesse os objetivos de cada um dos conjuntos, a vitória pertenceu com inteira justiça à equipa que mais e melhor desempenho conseguiu no cômputo final, não obstante ser justo conceder que a equipa vencida teve comportamento digno e valoroso, sem que se lhe não possa apontar um certo "estado de nojo" em razão dos menos bons resultados que obteve nos dois últimos confrontos.

      São os "detalhes" que justificam a nota vinte dos melhores.

      O Futebol Clube do Porto está próximo do seu melhor momento da época. Provam-no as exibições e os bons resultados alcançados. Os atletas aparentam saúde física e índices técnicos elevados. O sistema de jogo adoptado nos últimos confrontos é surpreendente, para quem vê e para os adversários, e está a dar frutos a liberdade posicional e as ações de cada um, quase se perdendo a noção do lugar próprio no quadro da constituição da equipa. Alguém terá dito que o "caos é a perfeição", e quando se vê Pepe, em notável grande forma, ao ataque, Herrera a disputar a bola na área ou em auxílio à defesa, Jesús Corona, extremo, a vagabundear como pirilampo na noite por todos os setores da equipa, Óliver Torres à solta a escapar aos radares mais sofisticados e às biqueiras das botas dos adversários, Alex Telles no "fanico", Manafá a consolidar a candidatura à titularidade, Otávio, mafarrico, acima-abaixo, fica-vai, e, na linha, à frente do cofre, o senhor gerente do banco recheado de ouro de lei, a confiança não tem limites.

      A sorte do árbitro Pinheiro foi o jogo não ter situações bicudas para julgar. A falha mais notada e para a qual não se descortina justificação, aconteceu na desculpabilização de entradas "a doer" aos jogadores arsenalistas, e bem assim às repetidas interruções faltosas de jogadas de contra ataque cometidas sobre jogadores do FC do Porto. Lamentável a paragem de 5' até à execução do penalti, quando a partida estava ainda com o resultado em branco, e Marafona "a moer" a cabeça ao imperturbável Alex.

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