sábado, fevereiro 23, 2019

TORRES DO TAMANHO DOS CLÉRIGOS!


 
 ÓLIVERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!
(foto OJogo online)

Liga  NOS
Estádio João Cardoso, Tondela 
Tv - Hora: 21:15 
Tempo: temperatura amena - 14.º 
Relvado: irregular mas aceitável 
Assistência: acima de 4000 (estimada)
2019.02. 

                CD de Tondela, 0 - FC DO PORTO, 3
                                 (intervalo: 0-1) 

CD de Tondela alinhou com: Cláudio Ramos, Moufi, Ricardo Costa, Ricardo Gomes, Joãozinho, Jaquité, aos 42' João Pedro, Bruno Monteiro, Delgado, aos 69' Murillo, Peña, Xavier, aos 59' Pité e Tomané. Suplentes n/ utilizados: Pedro Silva, Ícaro Silva, Tembeng e Chico Arango.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Pêpa 

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Wilson Manafá, aos 68' Maxi Pereira, Felipe, Pepe, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), aos 75' André Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona,, Otávio, Fernando Andrade, aos 70' Yacine Brahimi e Ádrian López. Suplentes n/utilizados: Vaná, MBemba, Bruno Costa e Hernâni.
Equipamento: oficial tradicional.
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora). Auxiliares: Rui Teixeira e Valter Rufo. 
VAR: Carlos Xistra.
AVAR: Marcos Vieira

Escolha de campo: CDT

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 11', por PEPE; na sequência de um livre assinalado à boca da área por falta de Ricardo Costa cometida sobre Alex Telles, este, ajeitou a bola no local tendo a seu lado Óliver Torres; o médio portista assumiu a marcação batendo a bola em arco para as costas da defesa local sem que esta a conseguisse afastá-la, ficando ao dispor do central portista que bateu para a baliza rasteiro e colocado fora do alcance de Cláudio Ramos; o 0-2 ocorreu aos 52' de jogo, numa "bomba" saída do pé direito do genial ÓLIVER TORRES, inventada num inspirado gesto de extrema elegância feito em suspensão, batendo a bola de pé direito imprimindo-lhe a força e a trajetória veloz de um bólide teleguiado, a qual raspou a tinta da parte interior do poste e ressaltou para um golo de encaixilhar! Aos 74' foi o capitão HÉCTOR HERRERA que concluiu com toda a serenidade do mundo à boca da grande área uma jogada que envolveu os setores do conjunto e quase todos os jogadores da equipa, a partir de uma reposição de bola de Iker Casillas: do lado esquerdo da defesa passou para o lado contrário, prossegui pela ala direita, foi ao centro, chegou a Yacine Brahimi isolado na ponta esquerda que a endereçou, redondinha, para o médio portista a meter na caixa do correio carimbada e selada. Cerca de uma dúzia de toques, quase sempre um por cada intermediário, foram mais os namorados do conjunto que a afagaram dos que testemunharam a belezura da criatura.

    Quem tomou conhecimento do comentário do técnico do Tondela, Pêpa, sobre a forma como decorreu a partida e da justiça do resultado, não deverá ouvir ou ler outro tão assertivo e isento. Surpreendente, sem dúvida, tão habituados que estamos a que não se valorize o mérito dos adversários e a ouvir toda a panóplia de acusações e desculpas na tentativa de branquear as derrotas claras e inequívocas, tentado convertê-las em vitórias fracassadas.

    O campeão compareceu em força e em classe nesta deslocação cheia de armadilhas a Tondela, e pela primeira vez em quatro visitas, venceu por mais de um golo. Com mérito e classe irrebatíveis, limpa e merecidamente! 

    A equipa campeã nacional em título evidenciou coesão, determinação e (muita) classe individual. Taticamente inovadora em relação ao modelo mais usado nas últimas partidas, o posicionamento variado de algumas pedras do sistema resultou em toda a linha. Sérgio, alargou e função dos laterais e deu outra dimensão ás ações no miolo das operações, coartando as habituais saídas da equipa de Tondela, que estão habitualmente a cargo dos excelentes Xavier prolongadas no ataque pelo perigoso Tomané, ontem, completamente neutralizados. E, primeiro deu a intensidade a direita e, depois, à esquerda. Na vida política, nunca é assim... Com arreganho, excelente domínio e espírito de vitória, os portistas tiveram trinta minutos iniciais de abafamento do adversário, que esboçou depois uma tentativa de obter ar para respirar melhor até ao fim do primeiro período. Com o fuzilamento perpetrado pelo impiedoso autor do atirador (Gu)Oliver, o Tondela empalideceu, amarelou o verde das camisolas, a preparar a carta do armistício com a honra e a digindade possível.

    Falar de mérito de prestações individuais quando todos os que defenderam a bandeira o tiveram, é correr o risco de praticar má justiça. Sem desmerecimento da ação importante dos mais calejados, é uma satisfação constatar a valia de Wilson Manafá, a crescente recuperação do valor nato do estilista Adrián López, da impressionante entrega ao jogo de Fernando Andrade e André Pereira e as funções altamente úteis dos mexicanos azuis e brancos de coração Corona e Hèctor Herrera.

    E do "menino-Homem", do tamanho e beleza artística dos Clérigos, o incomparável TORRES, Óliver TORRES.

    O sr. Godinho alentejano pode gabar-se de ter dois excelentes auxiliares. Assim, é como é, cumprir com as normas aprovadas. Ao chefe não foram apresentados casos de difícil julgamento, não se criaram casos bicudos, o encosto de Ricardo Costa a tirar Otávio da jogada dentro de área não terá sido letal, e quatro ou cinco apitadelas a faltinhas no meio campo não se notaram para aí além no andamento corrente do jogo. mas eram evitáveis como o cómico amarelo com que Pepe foi contemplado por "demora de reposição de bola". É de (só) rir.

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