quinta-feira, janeiro 07, 2016

RIO BRAVO COLOCA NAVEGAÇÃO EM RISCO


(Foto Público)

I Liga
16ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto 
2016.01.06 - 20:15


                     FC do PORTO, 1 - Rio Ave, 1
                                  (ao intervalo: 1-1)

FCP: Casillas, Maxi Pereira, Marcano, M. Indi, Layún (86', Varela), Danilo Pereira (64', Rúben Neves), Héctor Herrera (cap), André André, Corona (71' André Silva, Aboubakar e Brahimi.
Treinador: Julen Lopetegui

Árbitro: Rui Costa (Porto)

Marcador: 1-0, aos 22' por Héctor Herrera, na sequência de jogada de envolvimento dentro da área, com o mexicano a dominar com o pé direito e a rematar forte de pronto com o esquerdo, batendo a bola na cabeça de um defesa contrário desviando Cássio da sua trajetória.
1-1, aos 33', por João Novais, num remate não muito intenso de 25 metros com o esférico a bater no corpo de Danilo Pereira e a entrar pelo lado contrário ao movimento de Casillas.

Lances a evidenciar:
                      
                             -aos 40' Aboubakar, no flanco direito, trabalha a bola executando um centro para o interior da área onde André André aparece a cabecear para a baliza contra o interior do poste; a bola ressalta para o lado contrário sobre o risco branco e de novo André André emenda de cabeça para a baliza com Cássio a evitar o golo cantado com uma palmada, para canto.

                              -aos 20', Brahimi entra na área com a bola dominada sendo empurrado por um adversário, mas Rui Costa não sancionou a falta evidente.


Ao Futebol Clube do Porto não basta obter os melhores dados estatísticos dos jogos porque são os golos que materializam as vitórias pelos pontos que produzem. Ontem, os números foram avassaladores mas servem apenas para demonstrar a tremenda ineficácia na conclusão das oportunidades criadas e a atual incapacidade individual dos jogadores do FC do Porto em superarem o estado emocional por que a equipa está a passar. Ao longo dos 90'+5' em que a partida se desenrolou sobre um relvado aparentemente impecável, o jogo decorreu em metade do tapete verde, mas de uma forma quase sempre arrastada, sincopada, previsível, logo facilmente anulável por uma equipa modesta mas muito solidária, bem organizada e extremamente confiante, de tal forma que pareceu em algumas fases da partida intimidar os jogadores da casa perante a ameaça real de sofrerem maiores estragos. Se do ponto de vista da entrega ao jogo e vontade de mudar o rumo negativo dos acontecimentos pouco há a criticar no desempenho dos jogadores, é impossível escamotear a notória a falta de confiança individual que se reflete no desenvolver das jogadas do que resulta um futebol insípido, impreciso,  lento a maior parte das vezes, facilitando o trabalho do antagonista a quem é concedido demasiado tempo para se reagrupar e anular facilmente as investidas de ataque.

Num cenário de insucesso como ontem à noite aconteceu com menos de vinte mil adeptos nas bancadas do estádio mais belo da Europa não favorece muito a vontade de fazer apreciações ao rendimento individual dos jogadores das gloriosas camisolas azuis e brancas. Não há, efetivamente, razões para elogiar o desempenho técnico dos atletas porque, de um modo geral, nenhum deles atingiu o nível que lhes é atribuído. Só vi Cássio, guarda redes da equipa de Vila do Conde. A fortuna busca-se e os azares superam-se com classe. Se ela existe, que se mostre. 

O desaire com o Rio Ave engrossou a corrente e a navegação do barco tornou-se ainda mais problemática.






2 comentários:

  1. ... e eu tenho um amigo que se chama Bravo Rio !

    Abraço

    Ps : haja fé !

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  2. AZUL DRAGÃO.

    sou velho amigo de um professor chamado N. Bravo (não o vejo vai para algum tempo). Amigos conterrâneos conheço vários Rio e Rios. Tudo ótima gente.

    O teu amigo Bravo Rio só pode ser como o rio Douro: bravo e amigo.

    Bom Ano Novo.

    Abraço.

    DRAGAO, SEMPRE

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