segunda-feira, março 24, 2014

DRAGÃO COM POUCO APETITE DE PASTÉIS DE BELÉM.


O Jogo

O Jogo

2014-03-24 - Diário

I Liga
24ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto
2014.03.23.

                                 FC PORTO, 1 - fc "Os Belenenses", 0
                                                (ao intervalo: 0-0)

                 Não abundam no plantel do FC Porto jogadores de valor acima da média, daqueles de que se espera façam a diferença, que "desatem" uma partida de um novelo de dificuldades, num golpe de pura classe ou por acção influente na resolução dos lances que podem levar ao êxito a equipa que  integra. E se, como ontem se verificou, na formação da equipa o FC Porto não actuaram quatro dos seus melhores jogadores (Helton, lesionado, e  Danilo, Fernando e Quaresma, a cumprir um jogo de suspensão), não surpreende que um adversário nas circunstâncias em que o Belenenses se encontra actualmente venha ao Dragão vender cara a derrota.

                 Pelos impedimentos referidos Luís Castro foi obrigado a fazer alterações profundas na constituição da equipa. Mexeu na defesa, meio-campo e no ataque e teve necessidade de fazer adaptações em posições onde os jogadores mais vezes actuam. Além disso, a equipa veio de Nápoles de um  apuramento para a Liga Europa numa partida física e psicologicamente desgastante, com um período escasso de recuperação para o que é a realidade do futebol português. Posto isto, haveria sempre que ter em conta a situação aflitiva da equipa de Belém e o factor psicológico da mudança fresca do seu treinador.

               Para um jogo daquelas características, impunha-se um ritmo forte e de pressão sobre a bola que o FC Porto não foi capaz de colocar em campo. Impunha-se uma rápida e mais  frequente utilização dos espaços das alas e um maior recurso aos remates de meia distância que Josué tentou mas mal. Não se esperaria, por outro lado, uma atitude diferente da que o Belenenses levou para o Dragão, aglomerando a equipa dentro da sua própria área, usando de muita rispidez nas disputas de bola e apostando nas simulações de lesões para quebrar o ritmo, já de si muito baixo, para tentar num golpe de contra-ataque surpreender. Quase o conseguia, aos 37', num remate enviezado que bateu no poste.

               Aos 44', Jackson Martínez protagonizou o seu melhor momento em toda a partida, ao receber e dominar (bem) a bola, ganhar posição para se isolar à entrada da área, sendo derrubado, levando à expulsão de J. Augusto.

              Partindo para o segundo tempo com mais um jogador, Luís Castro tirou Josué, que não acertava uma, e meteu Quintero. Ghilás, que não rendeu no primeiro tempo o que o treinador desejaria (esteve sempre muito encostado à linha, pouco à vontade, à frente de Alex Sandro, "roubando" a zona ao brasileiro a sua habitual zona de progressão no terreno), passou a jogar mais dentro e perto de Jackson; Varela, evidenciando falta de desembaraço da bola, cedeu o lugar a Kélvin, o ataque melhorou em velocidade, perigo para a baliza contrária e caudal ofensivo, fazendo anunciar o golo que se verificou aos 78' num pontapé forte de Quintero no aproveitamento de uma bola que sobrara que o guarda redes foi incapaz de segurar. Licá, que dois minutos antes entrara para o lugar de Reyes, participou de forma decisiva no lance ao recuperar a bola e ao colocá-la na área.

               QUINTERO, que revolucionou o ataque e foi decisivo para a obtenção da vitória, atirou com estrondo um remate à barra aos 8l', tal como Varela havia feito, de cabeça, aos 30', aqui ao poste, no primeiro tempo. Jackson Martínez marcou um golo, de cabeça, que daria o 1-0, no primeiro tempo, porém o golo foi invalidado por pretensa falta do avançado portista.

               Não foi um bom jogo e dificilmente o seria, nesta altura. O tri-campeão apresentou-se desgastado, vê difícil o caminho para se chegar à frente e não possui alternativas fiáveis para assegurar um nível alto em todos os jogos.

               Fabiano não teve trabalho muito difícil e pouco poderia fazer no remate que viu bater no poste. Ricardo, dá indícios de se sentir bem no lugar de defesa direito e luta com vontade; Reyes, estará a consolidar a titularidade para a próxima época; Josué, quase nada fez de jeito e terá estado em campo tempo a mais. Kélvin, deu vivacidade e acrescentou imprevisibilidade ao ataque, tendo participado muito no jogo; Licá, cumpriu o que lhe terá sido pedido.

              Ghilás, terá estranhado a posição inicial, melhorou no segundo tempo. Mangala, pareceu algo desconcentrado; A. Sandro, mediano. Carlos Eduardo, inconstante, não esteve à altura do que a equipa precisaria , tal como Défour; ambos incapazes de ligar o jogo de ataque; Varela, já tratei acima, muito marcado e cansado.
              
              Jackson Martínez, comporta-se como um trabalhador com salários em atraso.

´             Bem, mesmo, com o jogo a ajustar-se à medida, foi QUINTERO.

              Xistra não é árbitro, é ARBÍTRIO.

               

2 comentários:

  1. Jogo muito mau do Porto. Não jogaram nada, foram ajudados pelo árbitro, aquilo nunca era expulsão, ganharam sem saber como. Quem lê as crónicas parecem-me de outro jogo.

    ResponderEliminar