terça-feira, novembro 26, 2013

EQUIPA DO PORTO SÓ CHEGOU AO RELVADO QUARENTA E CINCO MINUTOS APÓS O INÍCIO DO JOGO.


FC Porto sem argumentos para continuar na Champions

 Reuter (DN)


Liga dos Campiões
Fase de Grupos - 5ª Jornada
Estádio do Dragão
2013.11.26

                                 FC PORTO, 1 - Áustria Viena, 1
                                               (ao intervalo: 0:1)


Golos: 0:1, aos 11', por Kianest, beneficiando da habitual "gentileza" da equipa nesta competição, hoje entregue por Danilo. Jackson Martínez empatou aos 48', na sequência de um centro de Josué e assistência de Mangala junto ao segundo poste, atirando de cabeça para dentro da baliza.

                               
                               Não foi o Futebol Clube do Porto que se exigia e precisava  subisse esta noite ao relvado do Dragão, nem ninguém esperaria uma equipa tão surpreendente como foi o Áustria de Viena nesta partida. Com efeito, não guardo memória de ver o FC Porto andar quarenta e cinco minutos à deriva e completamente superado colectivamente no jogo pelo adversário, apesar de em alguns momentos ter estado perto de chegar ao golo. Apesar disso, foram os austríacos que criaram a situação de golo mais flagrante, aos 14', anulado por um corte de Lucho in extremis, lance que terá sido o momento crucial para o FC Porto não sair derrotado nesta terceiro e último jogo em casa sem ganhar, nesta competição.

                             A segunda parte foi totalmente diferente. Entrou Varela para o lugar de Défour e Fernando apareceu (finalmente!). O FC Porto pegou no jogo e nunca mais o largou até ao fim, reduzindo o Áustria à sua verdadeira dimensão. Jogou-se em meio campo, criaram-se jogadas bem delineadas, surgiram lances sucessivos na área dos visitantes, centros, cantos, remates e defesas aparatosas do guarda-redes dos austríacos. Também houve precipitação na conclusão de algumas jogadas, mas nestas circunstâncias são aceitáveis. 

                            Não gosto de me lamentar com a falta de sorte para justificar resultados negativos do Porto. Porém, não esqueço a forma como o Zénit, horas antes, em São Petersburgo, obteve o golo do empate contra o Atlético de Madrid, logo a seguir a um "quase" segundo golo que daria o 0-2, numa grande oportunidade desperdiçada pelos madrilenos....

                            Paulo Fonseca alterou (como se esperava) a equipa base. Entrou Maicon, para o lugar de Otamendi. Jogou com Défour (não deu certo porque Fernando "não gosta" de jogar com ele por perto. Deixou Varela de fora e colocou no seu lugar Licá. Não correu bem, fosse pelas alterações fosse pelo mérito da equipa adversária.

                           No segundo tempo, Fonseca mexeu outra vez, agora mais cedo. Tira Défour, mete Varela. Melhorou o meio campo, o jogo da equipa e o Porto encontrou o caminho para a vitória: 1-1, logo aos 48'.
Já ganhámos, disse para comigo. O ataque era massivo, a bola andava sempe por perto da baliza do Sul e o segundo era uma questão de tempo. Não foi, o Porto não conseguiu virar o resultado e terá comprometido de vez a sua passagem à fase seguinte.

                          Desta vez a "ofertazinha da praxe" foi de Danilo. Devemos ser a equipa da Europa que mais vezes acerta nos pés. Não vejo nenhuma outra a falhar tanto neste capítulo. Nem a rematar tantas vezes à baliza sem fazer a bola entrar. Nem guarda-redes que contra nós não brilhe. É futebol. Amanhãserão outros a lamentarem-se...

                         Avalio os jogadores pelo que fizeram no segundo tempo já que no período inicial não dei que andasse por ali algum dos nossos jogadores com intenção de jogar a bola. Talvez seja injusto para Alex Sandro, pois esteve bem nesse período como no segundo. Terá sido, até, o nosso melhor jogador.
Fiquei com dívidas sobre se Helton não poderia ter feito melhor no golo sofrido, mas o remate foi muito bom e a bola, batendo na relva perto as mãos, não ajudou. Maicon e Mangala, bem. Fernando e Lucho, só no período complementar cumpriram. Josué, bem, a médio e pouco assertivo na marcação dos livres. Licá, trabalhador improdutivo. Jackson, marcou e batalhou como de costume. Varela, agitou toda a equipa e esteve muito bem. Quintero, não conseguiu ser decisivo mas obrigou a defesa austríaca e manter-se atrás e teve boa prestação. Ricardo não conseguiu sobressair.

                         É natural que os adeptos manifestassem o seu desagrado no final do jogo. Claro que a segunda parte não desculpa a primeira. Não pode dar-se ao adversário um avanço de um golo e quarenta e cinco minutos de jogo. A decepção tem a ver com os jogos e resultados ultimamente verificados, porque, em boa verdade, esta equipa fez tudo o que pode e sabe no segundo tempo para vencer este jogo.

                       Pelo que vi fazer ás equipas deste grupo G, não tenho dúvidas de que só o Atlético de Madrid é melhor equipa que o Futebol Clube do Porto.

                      Ainda não terminou. E se a sorte, finalmente, nos bafejar?

O FC Porto: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Lucho, Fernando, Défour (45', Varela), Josué (Quintero, aos 75'), Jackson Martínez e Licá (65', Ricardo).

                         

4 comentários:

  1. Caríssimo Remígio
    Boa crónica . A "ler " bem o jogo , as nossas fífias , e o nosso brinde Natalício aos austríacos ... Não ficaria bem , de todo, uma indelicadeza se ... o que presenteámos ao At. de Madrid e ao Zénit e já agora ,aos Belenenses (filhos ,como os outros, de gente de boa cepa ...) e , porque NÃO incluir o Nacional - o -que-é-nacional -é bom !... dizia eu que ,seria uma tremenda indelicadeza , cuja , NÃO NOS ESTÁ no (como agora soe dizer-se ...) A D N ! De Brindes ,ficamos então, conversados ,certo ?
    Como o meu preclaro Amigo diz , escrevendo , demos de barato 45 minutos e se lenços brancos houvesse , deveriam ter sido logo mostrados pela desolada e desoladora (qtas pax. estavam no Dragão ?...) assistência . O que se passa ,é só intranquilidade e aquela pontinha de falta sorte que (também ) faz os campeões ?!
    Está , creio eu ( penso eu de que ... ) cumprida a sina desta época e este n/ novo Quinito só terá um caminho a seguir : demitir-se !
    A equipa(quanto a mim ,claro) carrega um fardo às costas , insolúvel : João Moutinho ! qual fantasma e a (não ) esperada falta de soluções : Herrera é um craque na selecção Mexicana ! Diego Reyes é outro que tal ... Carlos Eduardo "carrega" com os Bês às costas ... Licá é , infelizmente ,um flop de dimensão bíblica .Tanta falta de jeito no FCPorto , nota-se muito : pena foi que em vez do dito -cujo ,não tenhamos ido buscar o Luís Leal que até tem dois " lês" e marca golos e é um excelente ponta de lança , móvel , rápido e de capacidade técnica muito acima da do outro L ...
    Claro , clarinho, que uma certa estrelinha tem faltado , mas isso é o fado , a fatalidade , o destino do povo de Camões ( veja-se como vamos na política ...) . Lembra-se ,o meu amigo, do filme que celebriza e eterniza o nosso Vate , naquela cena em que , varado,é certo , pelas flexadas dos inimigos mouros ,continua a matar neles gritando alegre, feliz e contente :"Não faz mal é por PORTUGAL ! " ? ! ...Pois talvez que o nosso (? ) P.F. pudesse começar por aí , nas palestras que - ouço dizer - faz aos jogadores : mostrar-lhes o filme "Camões " , como exemplo de sangue suor e lágrimas a verter no campo ...
    Que me diz ? !
    Abraço amigo do
    João Carreira

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  2. sr remigio acabaram as grandes equipas em Portugal

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  3. Saí de casa faltavam 7 minutos para acabar o Zenit - Atletico de Madrid, o resultado era 1-1 e por isso ainda fui a tempo de deixar um comentário na minha página do facebook com a frase: "Aguenta Atletico!". O Atletico aguentou, eu fiquei contente, não me passava outra coisa pela cabeça que não fosse o F.C.Porto ganhar e passar a depender só de si para chegar aos oitavos-de-final da Champions. Mas depois de ver a forma como o F.C.Porto entrou a jogar e continuou a jogar durante a primeira-parte, a pergunta que se coloca, é: sabíamos o resultado de São Petersburgo?

    Acho que a forma como entramos a jogar, depois do que a conteceu na Rússia, explica muita coisa, quase tudo. Falta aquilo que tínhamos e nos distinguia dos outros, a alma, a mística e o espírito guerreiro d eoutrora.

    Abraço

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  4. Amigo :

    Continuo sem perceber o jogo de ontem !

    Abraço

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