quinta-feira, setembro 19, 2013

TIROS NOS PÉS.

                        Os apoiantes do FC Porto já não se dão por felizes apenas pelas vitórias da sua equipa porque aspiram a que elas correspondam a uma clara supremacia relativamente ao adversário sobre o qual ela foi alcançada. Não basta vencer no campo, que é o primeiro objectivo de qualquer jogo, mas, ainda assim, ganhar ao mesmo tempo a confiança dos adeptos e consolidar o prestígio que o Clube alcançou entre as maiores formações europeias produzindo uma exibição agradável.

                    Nesta época cresceram as expectativas quanto ao progressivo aumento do valor da equipa, alicerçadas no reforço do plantel com várias unidades e a chegada de um treinador que tinha sido a revelação do campeonato anterior ao levar um clube  "de província" como o Paços de Ferreira ao terceiro lugar do podium da classificação final da Liga e à consequente qualificação inédita para a eliminatória de acesso à Liga dos Campeões.

                   Nada há a apontar quanto aos resultados conseguidos que são até agora 100% positivos nas provas oficiais em que o FC  Porto entrou. Todavia, esta carreira que para alguns mereceria loas de glória e inflamados panegerícos, não são bastantes para contentar a exigente "massa crítica" da família azul e branca.

O Jogo
                    Em Viena, o fogoso e poderoso Dragão conseguiu manter a tradição de sucesso no estádio Ernst Happel vencendo o Áustria de Viena. Apesar da utilidade da vitória e da justiça que ela tem face ao que as equipas produziram, nem todos foram para a cama tranquilos para um repouso da emoções vividas. Porquê, se a equipa cumpriu o seu principal objectivo que era a conquista dos três pontos em disputa? Bem, quanto a mim porque se instalou a convicção errada generalizada, sustentada pelos comentadores da praça,  de que o adversário era "de menor qualidade", vindo a confirmar-se, na prática, que não era bem assim. Depois, porque o jogo era disputado no mítico cenário da vitória de 1987 e, aqui, o Futebol Clube do Porto será sempre imbatível, pensam alguns. 

                Além disso, o jogo com o Gil Vicente foi incipiente, mal conseguido na segunda parte, quando era suposto os Dragões exibirem-se de modo a agradar e aumentar os índices de confiança dos seus seguidores, o que os  terá levado a transferir para Viena a esperança de que as coisas seriam bem mais animadoras.

                  Não sendo assim, o azedume anulou o gosto que a vitória teria se obtida com uma exibição mais conseguida. 

                 Vamos deixar para melhor oportunidade, os jogos dificílimos que hão-de acontecer no Dragão contra o Atlético de Madrid, sem qualquer dúvida o candidato mais forte do grupo,  e o Zénit, e confiar que até lá, Paulo Fonseca vai encontrar as soluções para aquilo que não anda bem com a equipa mas há condições para andar. Ele sabe melhor que ninguém o que deve fazer para o conseguir, porém, não pode adiar por muito mais tempo o que tem que ser feito para evitar dissabores traumatizantes. 

                 O Estoril, que é até agora a melhor equipa a praticar futebol na Liga e a mais temível no seu terreno, é já a seguir..

               .E, aos portistas, principalmente os de alguns bloggers, um pouco de moderação nos comentários também ajudaria a restabelecer a confiança dos adeptos portistas nos jogadores e na equipa técnica. Nada agrada mais aos nossos adversários do que os tiros que damos nos próprios pés...

                  

                  

                  

                   

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