domingo, setembro 15, 2013

ESPECIALISTAS EM GALINÁCEOS.



                               O MAIS BELO DA EUROPA.

I Liga
Estádio do Dragão, Porto.
4ª Jornada
2013.09.14
 

                                     FC PORTO, 2 - Gil Vicente FC, 0
                                                   (1ª parte, 2-0)

                    GOLOS: aos 8', por Varela. Jackson Martinez, aos 26´)

                   É uma realidade de difícil aceitação por parte dos adeptos e por mais que os treinadores se empenhem em dizer o contrário, a experiência confirma que nos jogos  que antecedem os das competições europeias as equipas não rendem o que delas é suposto esperar. Foi assim no jogo de ontem à noite no Dragão, a partir do momento e que os jogadores do FC Porto entenderam fechar o jogo contra o Gil Vicente e entrarem na fase de preparação para o próximo compromisso em Viena. E, no final da partida, poucos dos mais de trinta e seis mil espectadores que foram para as bancadas com a expectativa aplaudir uma exibição convincente do FC Porto antes da deslocação a Viena, terão  saído  do Dragão com  "cara de amigo".
                    Por mais pertinentes argumentos que se invoquem, não é fácil aceitar uma segunda parte como a que ontem se viu o FC Porto  no magnífico relvado do Estádio Mais Belo da Europa.

                   Excelente, foi o constante apoio vindo do público, principalmente das claques dos Dragões, vibrante, incansável, tremendo. Estes nunca se cansaram!


                     O desencanto tornou-se maior após o termo da partida porquanto nos primeiros quarenta e cinco minutos se verificaram alguns bons momentos e motivos de agrado, auspiciadores de "bom futuro" no período complementar. Desde logo, os dois golos  obtidos nos primeiros 26' a transmitir tranquilidade aos jogadores, a disposição atacante da equipa e os destaques individuais nos pormenores técnicos.

                     E, obviamente, a estreia a titular de Quintero, a dar um toque de arte nos passes rectilíneos, a trabalhar muito e bem com Varela, a surpreender a defesa gilista, a abrir clareiras para Jackson abalar dos alicerces do muro de Barcelos.

                   O FC Porto foi para a segunda metade da partida como se fosse uma viatura pesada na nacional 13. Pára, arranca, primeira, segunda, uma vez por outra a terceira e, outras, ponto morto. Dir-se-à: o Gil Vicente tem uma equipa muito certinha, equilibrada, João de Deus fez duas substituições oportunas, o árbitro Hugo Pacheco foi canhestro, o Porto criou oportunidades para aumentar a vantagem os gilistas nuna estiveram perto de poder "cantar de galo", terça-feira é preciso muito trabalho, mais desgaste.



                   Tretas e tretas. Só em Portugal é que se fala disso. Bolas, um tipo resolve deixar o bem bom do sofá, sujeita-se a fazer quase 200 km, para assistir a um jogo de "futebol real" e regressa a casa mais arrependido do que Cardozo por ter ofendido Jesus, para ser brindado desta forma!



                   Helton, excelente: Danilo, quando acertar um passe eu faço-lhe um post a dezdizer o que nunca escrevi, mas penso, a seu respeito .Maicon, foi surpresa para mim, mas, depois de ter visto jogar Mangala, que o substituiu por lesão, fiquei ciente da decisão de Paulo Fonseca ao dar-lhe a titularidade. Otamendi foi, claramente o melhor, seguido de perto por Alex Sandro. Para avaliar Fernando não serve o que se vê na TV: só no campo. O Polvo, a meu ver, tem relva a mais para tratar e o muito trabalho prejudica-o na qualidade. Se tivesse menos tempo a bola, os outros completavam-lhe a tarefa. Défour, vai a caminho de conhecer bem o seu plano de trabalho. Licá, é já indispensável na equipa e o treinador tem ali um "homem de confiança". Não contava com Varela a titular, e tive a grata surpresa de reconhecer que foi o jogador mais útil no ataque portista. Muito bem, "drogba" da Caparica, o MST está, a esta hora. a digerir mais um sapo!



                   Quero destacar: Jackson Martinez! No estádio é que se pode ver a sua verdadeira dimensão. Não vou dizer que dá pouco nas vistas porque é bem alto e de cor. Mas anda por ali, na frente, subreptício, falsamente alheado, como uma serpente num silvado, não se vê mas sente-se. E, raio do cha cha cha, quando chega o momento, prás, factura emitida,  paga tolo! Por isso Ranieri andava de olho nele.


                  Quintero tem o futebol de Anderson no sangue. Ele e a bola são um só figura. Não lhe peçam para descer a linha do meio campo. Não precisa: entreguem-lhe a bola daí para a frente que ele bem sabe o destino a dar-lhe.

                  Oh, Pachoco, és bacoco ou maroto?
                       

                   

                     
Varela e Jackson Martinez, dois destaques.
                        

                 



                

               

2 comentários:

  1. Completamente de acordo. Tenho toda a tolerância para as condicionantes - selecções, vésperas da Champions -, mas é difícil aceitar que a qualidade exibicional, na segunda-parte - a partir do 2º golo já não foi a mesma coisa -, tenha descido para níveis pouco compreensíveis. Oxalá sejam essas condicionantes, as razões da pobreza do jogo do Tri-campeão nos segundos 45 minutos. Viena esclarecerá.

    Abraço

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  2. Amigo :

    ..."Varela e Jackson Martinez, dois destaques"...


    Só se foi pelos golos . Caso contrário ... bondade tua !

    Abraços

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