sexta-feira, setembro 06, 2013

BOLADAS (9)


No jogo da última jornada entre o Estoril Praia e a Académica de Coimbra (1-1), da I Liga realizado no Estádio Coimbra da Mota, na Linha de Cascais, tinha nas bancadas uma assistência de 2800 espectadores, estimativa do locutor de serviço da sportTV que se manifestou surpreendido com tão elevado número de adeptos de ambos os emblemas a presenciar no estádio um jogo de futebol.

Compreende-se a surpresa do comentador se nos lembrarmos das imagens desoladoras de bancadas desertas dos estádios portuguesas na maior parte dos encontros das nossas competições, em contraste com o que acontece em muitos outras da Europa, sobretudo na Inglaterra, Espanha, Alemanha, França e, mesmo, em países com menor visibilidade e interesse competitivo onde afluem grandes e entusiásticas assistências. Quando passam na TV imagens de jogos no Funchal, Aveiro, Portimão, Setúbal, Belém, Faro, para só referir alguns, onde não estão o FC Porto, o Benfica, o Sporting, o Sporting de Braga, o Vitória de Guimarães (em casa), mesmo que o ingresso seja a preço low cost ou, até,"de borla" como foi o caso de ontem em Barcelos na vitória de Portugal, 5- Noruega, 1 que, à hora do início apresentava grandes clareiras nas bancadas, o ambiente em redor do relvado é o de um sentido velório.

                                                     Se os portugueses são assim  tanto apreciadores do jogo da bola, se por todo o lado existem locais onde se pratica a modalidade, desde escalões de amadores a profissionais e de todos os níveis etários, porque razão em grande parte deles só lá estão os jogadores, membros das respectivas famílias e namoradas, a equipa de arbitragem e, onde é obrigatório comparecer, uma força
 policial?


           Sempre estive e continuo apaixonado. O Futebol Clube do Porto foi, é, e há-de continuar a ser uma das minhas maiores paixões! Por isso vibro com uma nova canção, com a mensagem inscrita numa faxa, com um slogam ou desenho numa camisola, com uma bandeira ou cascol , com um grito ou explosão incontrolada de entusiasmo ou ao ver uma camisola no corpo de uma criança. 

           FC  Porto, incondicionalmente!

           Anuncia-se (pede-se) num  estádio (às vezes repleto) um minuto de SILÊNCIO em homenagem póstuma a alguém que partiu para a Eternidade. As pessoas levantam-se e, pela arena, estrondeia  o barulho das mãos a compor uma sonora salva de palmas.

          Noutros tempos, SILÊNCIO quereria significar, nesta circunstância, ausência de som, recolhimento, reflexão, prece.

          Não resultará inconveniente para quem é alvo da homenagem que o MINUTO DE SILÊNCIO passe a MINUTO DE PALMAS.

          A antepenúltima jogada para apuramento da selecção nacional para o campeonato do Mundo do próximo ano no Brasil ocorre logo à noite, em Belfast, contra a Irlanda do Norte. Espero bem que não haja alguém que  pense que os irlandeses "estão no papo". Não estão, e as coisas podem complicar-se para o nosso lado se se encarar o encontro como pro forma para  sacar os três pontos da ordem. 

         Parabéns aos sub-21. Pela vitória robusta e merecida e, principalmente, pela coragem e forma como encararam o jogo que principiou, até, com alguma malapata. É certo que o guarda-redes norueguês é do tipo de "cada tiro, cada melro", mas, mais pássaro menos frango, Rui Jorge pode estar satisfeito.

         Nós, também.

          

          

          

           
                                    






      







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