sábado, setembro 07, 2013

BOLADAS (10)

     


   Portugal obteve o que precisava ao vencer a Irlanda do Norte (2-4), em Belfast,  mas equipa portuguesa só na segunda parte do jogo mostrou superioridade em relação ao seu adversário.

          Estava convencido das dificuldades que a Irlanda do Norte iria criar à selecção portuguesa, em virtude da forma com (ainda) é praticado o futebol naquele país do Reino Unido, mas o que acabaria por me surpreender foi o nervosismo, o destempero e a desorientação dos jogadores portugueses nos primeiros quarente e cinco minutos do encontro.

          Para agravar o cenário tétrico que se desenhava à selecção de Paulo Bento, CR7 deambulava no relvado como um sonâmbulo a tropeçar no tapete ou a bater com a cabeça  nas portas, com os colegas a embirrarem com o polícia belga e a protestarem como se estivessem a ser autuados por estacionamento indevido.

         Adversário intratável, árbitro com "excesso de zelo", génio exacerbado surpreendente da maioria dos internacionais portugueses, gesto incrível do Postiga  a "exigir" o vermelho, levaram-me a pensar no desastre fatal  do apuramento para a Copa do mundo.

O Jogo
          
          Para bem da "pátria" Cristiano Ronaldo cansou-se de ser Messi e resolveu retribuir a simpatia dos anfitriões irlandeses do norte, mostrando que é, de facto, o CR7 dos milhões, dos golões, das paixões e o rei das emoções. Zás, trás, pás! e, de 2-1, com menos um, muda a sorte para 2-4, fica com a bola do campeonato e foi-se embora para Madrid, de jacto! 

          Gentis, os irlandeses boas gentes, bateram palmas, contentes!


 Vou esquecer a primeira parte sem juizinho dos bentinhos, o Coentrão trapalhão, o Pepe protestante, o árbitro tratante embirrante, o Postiga criança, o João Pereira com jeito de peixeira, as barbas de sem abrigo do Meireles já sem peles para as tatuagens e o Moutinho discretinho, e pensar que se não acontecessem jogos como o Irlanda do Norte - Portugal, de ontem à noite, assistir a um um jogo de futebol pela TV seria um acto tão estóico como ver um filme completo de Manoel de Oliveira sem adormecer antes do intervalo...

           

        

1 comentário:

  1. Enquanto estivemos com a atitude errada, mais preocupados em discutir as decisões do árbitro que jogar, tivemos problemas. Quando os igualamos na atitude, porque somos melhores, ganhámos naturalmente.

    Abraço

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