Os cuidados que rodeiam a preparação das equipas de futebol envolvidas na alta competição são tidos em conta até aos mínimos detalhes, sendo os pormenores a ter com a alimentação aqueles que mais atenção merecem.
Na Suíça, em Prangins,onde está a preparar a nova época, um nutricionista administra ao plantel incompleto do Futebol Clube do Porto um regime alimentar que comporta nada menos que sete refeições diárias: pequeno almoço, almoço, jantar e ceia e, intercaladamente com aquelas, mais três suplementos são receitados. Parece um calendário apertado para quem também foi lá para treinar e não só para comer, descansar e passear, mas a rapaziada levanta-se cedo e lá vai cumprindo, à risca, o plano de trabalho congeminado pela equipa técnica de Vítor Pereira.
O programa das festas prevê, lá para as 20 horas TMG de hoje, na sportv e nos canais concorrentes da internete para aqueles que ainda vão resistindo à erosão provocada pela digníssima dama D. Troica, e rapam da carteira os últimos cêntimos para a pagar, a transmissão de um treino público arbitrado e com contagem de golos (se ou houver...), para proporcionar uns minutos de gozo pessoal a alguns atletas e dar-lhes o privilégio de vestir a camisola azul e branca. E serve, para os simpatizantes, de lenitivo compensatório.
Por enquanto não vão entrar nesta fase de preparação, os jogadores que iniciaram mais tarde o período de férias por estarem envolvidos nos jogos das respectivas selecções que integraram. Hulk, Alex Sandro e Danilo também estão descartados, pois estão convocados para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, em Londres. Moutinho e Varela e Álvaro Pereira, por razões diferentes, falham por agora os trabalhos da pré-época.
As atenções vão estar concentradas deste modo em Jackson Martínez, que muito dificilmente entrará no jogo para fazer golos, isso virá a seu tempo, mas para desfilar diante do público que ali vai ocorrer e exibir as suas características físicas, dando-lhe oportunidade de poder contrariar a opinião do Miguel Sousa Tavares que, para além de desconfiar da sua capacidade de goleador, acha que ele é ainda mais feio do que Bruno César ou Carlos Martins.
Ao que li, também os suíços de João Alves não levarão muito a sério este encontro. Têm um jogo mais importante na sexta-feira. Tanto faz, para nós portistas. Desde que apareçam Atsu, Kelvin, Fabiano, Castro e o Yanko (ai, que saudades ai, ai...). Não teremos o Servete, mas, no fim de jantar cai sempre bem um sorvete para sobremesa.
Os jogos particulares valem o que valem, não lhes dou grande importância, quer quando as coisas correm bem ou pelo contrário, correm mal. Já assisti a grandes pré-épocas que se transformaram em grandes desilusões, como já vi o contrário. Mesmo assim, é sempre melhor ganhar que empatar ou perder, embora e às vezes as vitórias escondam limitações que mais tarde, quando é a sério, vêm ao cima, notam-se mais.
ResponderEliminarFoi com esse espírito que vi o Servette/F.C.Porto e o que vi? Um jogo entretido, uma clara superioridade do Bi-campeão e uma juventude inquieta e que promete. Um Porto a trocar bem a bola, a pressionar alto, a conseguir coisas bonitas, mas o grau de dificuldade, mesmo que tenha aumentado em relação ao jogo frente ao Valadares, ainda foi baixo.
Dos novos, gostei de Atsu, Iturbe e Pedro Moreira; Mikel entrou tarde; Kelvin a querer mostrar serviço todo de uma vez e a ser prejudicado por essa sofreguidão; David melhor à direita que à esquerda; Castro muita vontade. Dos "velhos", Helton não teve que fazer, idem para Bracali; Sereno não evoluiu nada; Maicon e Otamendi não tiveram problemas; Mangala pode, em caso de necessidade, ser uma boa alternativa na lateral-esquerda; Fernando, Lucho e Defour, cumpriram; Djalma começou bem, mas depois que mudou de botas nunca mais fez nada de relevante; James ainda está com pouco andamento, normal em quem tem uma semana de atraso e só três dias de estágio; e Kléber, mal na recepção, mal a dar seguimento, mas no sítio certo para finalizar, ao fim e ao cabo, o que se pede ao ponta-de-lança.
Passou-se assim. Agora vamos esperar por novos jogos, outras dificuldades, para podermos fazer uma análise mais clara e concreta sobre o valor de alguns dos talentos azuis e brancos.
Abraço
Foi um treino interessante, nada mais que isso. Ainda é cedo para tirar conclusões e faltam ainda algumas das estrelas mais cintilantes.
ResponderEliminarHouve coisas positivas e negativas obviamente. A pressão alta, a posse de bola e a organização defensiva enquadram-se nas primeiras; a dificuldade de penetração e muitos passes transviados, nas últimas.
Gostei do desempenho de Atsu, entre os novos, e de alguns apontamentos de Iturbe, Castro e Kelvin. Entre os consagrados, destaco a boa exibição de Lucho, a eficácia de Kléber e de alguns apontamentos de James.
Do que menos gostei foi da clara inadaptação de Sereno na ala direita, da imprecisão de Defour e no baixo rendimento de Djalma.
Vítor Pereira vai ter de ser muito arguto para escolher o melhor plantel possível.
Um abraço