domingo, julho 31, 2011

PORTO PRONTO.

 
          O resultado final do jogo foi desfavorável (1-2), mas o Futebol Clube do Porto deu sinais claros de se encontrar pronto para entrar nas provas oficiais que se avizinham.

           Durante os primeiros 75´ do jogo-treino realizado na Suíça contra o Olympic Lyonais (França), os campeões nacionais tiveram sempre a iniciativa do jogo, controlaram com naturalidade o seu adversário em todo o espaço do relvado conseguindo gizar algumas jogadas de bom recorte ofensivo, sem prejuízo de garantir boa coesão defensiva apesar da falha que resultou no primeiro golo do Lyon, obtido pelo "nosso" Lisandro iam decorridos apenas 8´de jogo e no primeiro remate dos franceses à baliza de Helton.

           Três minutos após o 1-0, o Futebol Clube do Porto obteve o empate por Rúben Micael na sequência de um excelente desempenho de Kléber no lado direito, seguido de cruzamento para a entrada da área onde o madeirense fez o remate que, tabelando num defesa adversário tirou da bola o guarda-redes francês.

           Numa toada não muito alta mas onde era evidente a movimentação de todos os jogadores, Moutinho, Micael, Varela, Kléber e, incontornavelmente, Hulk, não deixavam respirar os jogadores do Lyon que recorriam exageradamente à falta para travar o caudal ofensivo da nossa equipa. Souza, impunha-se no meio campo ora descendo para a posição de líbero ora juntando-se às jogas de ataque e, na esquerda Fucile jogava já em ritmo de competição, enquanto no lado direito, Sapunaru, (fala bem português, este romeno...) atacando menos que o colombiano não deixava de ir lá à frente, tendo desperdiçado até uma boa ocasião por ter tentado fazer o que só os pontas de lança sabem, isto é, marcar golos em golpe de bicicleta.

           Um número muito razoável de oportunidades de golo não foram concretizadas, a última das quais configurada num remate de Fucile ao terminar a primeira, num pontapé a concluir uma iniciativa individual batendo a bola na base do poste, sem hipóteses para o excelente guarda-redes do Lyon.

           Aos 62´, Vítor Pereira procedeu às primeiras substituições, saindo Rúben Micael e entrando Belluschi e Souza deu o lugar a Fernando. Tanto Rúben como Souza, estiveram em excelente plano. Aos 65' sai Kléber para entrar Djalma e aos 77' Sapunaru foi rendido por Sereno, Otamendi cedeu o lugar a Maicon, Castro foi fazer de Messinho e Christian fez descansar Varela. Embora Djalma tivesse entrado forte e dado algum trabalho à defesa adversária, a verdade é que a equipa cedeu bastante nestes minutos finais permitindo algum ascendente do Lyon, que acabou por obter o segundo golo a 10' do fim da partida, em resultado da dupla falha de Maicon (cortou para a frente a bola) e de Fernando ("assistiu" o marcador do golo), este ainda numa fase de déficite técnico, quiçá físico, fixando para a estatística um resultado que está muito longe de traduzir a realidade de um jogo que o Futebol Clube do Porto poderia ter vencido com toda a naturalidade, pois foi muito superior em tudo ao seu opositor.

           Como já deixei transparecer agradou-me o futebol praticado pela equipa, dando de barato um ou outro lance de descoordenação admissíveis em jogos desta natureza, nos quais os atletas estão longe de jogar nos limites do esforço e, diga-se,.do empenho.

           Helton, esteve seguro e não tem responsabilidades nos golos sofridos; os dois laterais (Fucile e Sapunaru) cumpriram sem reparos, aliás, como Otamendi e Rolando; no miolo a virtude está toda no João Messinho, a jogar como se estivesse já a meio da época, tendo eu ficado com a impressão de que não tem a cabeça ocupada com fantasias e sonhos irrealizáveis; Souza, continua a somar pontos para a titularidade e é visível a sua progressão na leitura do jogo e combatividade; Rúben não desiste de ser alternativa de peso ao lugar de Belluschi e Varela, brilhante até aos 30', desapareceu para voltar ao jogo num bom período antes de ser substituído.

            Tanto Kléber como Hulk, estiveram ao nível de Moutinho, sendo que o Incrível não é comparável a nenhum deles e é, só por si, o espectáculo. Nem tudo lhe sai como improvisa mas no que consegue não tem igual por essa Europa dos milhões e dos...balões!

            Jogar menos de 10´na parte final de uma partida com carácter de jogo de preparação não ajuda muito a quem tem vontade de brilhar. Sendo assim, nem será justo falar de Maicon (culpas no golo da derrota), Castro, Sereno ou Christian dadas as diminutas vezes que tiveram a bola na sua posse.

            Tudo dito, conclusão final: o Porto está Pronto, vamos lá jogar "a sério".

          


           

2 comentários:

  1. No último jogo de preparação, frente a uma boa equipa e já com um andamento forte - o campeonato francês começa para a semana -, um Porto de boa cepa, fez uma excelente primeira-parte, dominou claramente, criou boas oportunidades e só não chegou ao intervalo em vantagem, porque o guarda-redes do Lyon e o post, evitaram golos certos. Foi um Campeão já com um ritmo muito aceitável, boa pressão, bonitas jogadas e a jogar no campo todo, que obrigou o conjunto gaulês praticamente só a defender-se, nunca incomodando Helton.

    Na segunda-parte e enquanto não começaram as substituições, foi mais do mesmo: Porto a dominar, a criar e a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades, umas vezes por inépcia, outras porque Vercout deve ter feito a exibição da sua vida... Depois, com as substituições, perdemos alguma qualidade, concentração e claramente contra a corrente do jogo, num erro grosseiro de Fernando - é melhor nem dizer nada! -, sofremos um golo e saímos derrotados de um jogo em que fomos muitíssimo superiores.
    É uma derrota e nunca gostamos de perder, mas uma equipa que joga sem jogadores do nível de Falcao, Guarín e Álvaro Pereira, titulares indiscutíveis na época passada, sem esquecer James e apresenta esta qualidade, para mim, o resultado é apenas um pormenor.
    Fomos perdulários, é certo e falhamos em dois lances, mas estamos prontos e temos gente para mais uma temporada à altura dos pergaminhos e da exigência que é apanágio do melhor clube português.

    Agora, é preciso arrumar rapidamente a casa e começar a preparar a Supertaça que, como é óbvio, queremos muito ganhar. Estamos muito bem e no caminho certo para o conseguir.

    Um abraço

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