segunda-feira, julho 25, 2011

DRAGÃO EM MARCHA.



40 mil aplaudiram ao ritmo da dança do dragão
  
           O Estádio-Mais-Belo-da-Europa recebeu em festa a equipa campeã nacional que, pela primeira vez esta época, se apresentou perante os sócios e simpatizantes. Como sempre lindas as imagens que nos chegam do Dragão quase lotado (mais de 40 000 espectadores), com muitas crianças (e adultos) vestindo as camisolas e bonés alusivos do FC Porto, com os rostos estampados de satisfação e alegria, demonstrativo da confiança que reina na nação portista.

           São escassas as épocas em que ao longo de muitos anos perdi a "rentrée"do meu clube do coração e, este ano, foi uma delas. Não podendo estar presente fisicamente no Dragão, consegui com algum empenho e não pequeno sacrifício, acompanhar a partida contra o Peñarol desde o seu começo até ao seu termo, mas não ganhei ânimo bastante para fazer este post logo a seguir. Hoje, já um pouco mais refeito do dia algo desgastante de ontem, vou tentar fazer uma pequena resenha do que penso sobre o jogo ainda sem estar influenciado pelas crónicas dos jornais ou de outros blogues, os quais ainda não tive oportunidade de ler.


           Não notei na equipa diferenças muito significativas em relação ao seu estilo de jogo comparado com o que foi o ano transacto. Estruturalmente, não há inovações cuja diferença se tornasse visível aos olhos do adepto comum, como me considero, ainda que não venham a faltar os especialistas que as detectem. Quatro defesas, três médios, três avançados, que se revezam e trocam de posições conforme as exigências do jogo que acontece, defesa solidária, meio campo muito operoso, uso das alas para atacar preferencialmente mas com incursões para dentro ou cruzamento para o centro da área e pressão alta em recuperação da posse da bola. E HULK. Em excesso, penso eu. Pareceu-me notar um uma tendência treinada da equipa em entregar sempre a Hulk a decisão de resolver a jogada de ataque, o que não me parece ser muito bom. A equipa tem, necessariamente, de jogar com o INCRÍVEL, mas não deverá jogar APENAS para ele, com o fito na sua capacidade excepcional.. O senhor "100 milhões" é tendencialmente individualista e, conhecendo as suas características, é um alvo especial dos adversários e objecto de guarda reforçada; se a equipa exagerar na procura do HULK, abdicando de variar as opções do último passe para jogadores que melhor finalizariam as jogadas de ataque, desperdiçar-se-à muito jogo.

             Gostei da serenidade demonstrada pelos jogadores e da confiança que parece respirar. Apesar de no plantel ainda não estarem jogadores fulcrais, mesmo que alguns possam não vir a dele fazer parte, a ideia que sobra é que o Futebol Clube do Porto está forte e apetrechado para o combate nas frentes várias em que vai estar envolvido.

             O jogo de ontem não foi muito brilhante mas teve bastantes motivos de interesse. O futebol jogado esteve algo abaixo do bom, mas não merece nota negativa. Disputado num ritmo quase de treino, com os jogadores em esforço q.b., teve porém alguns momentos meritórios e mais teriam sido, penso eu, se os jogadores do Peñarol tivessem optado por correr mais um pouco e não recorressem à falta sistemática para evitar que os nossos jogadores o fizessem.

             Individualmente, estiveram bem os que de uma forma quase habitual, o estão sempre. Moutinho, foi um deles. Porém, SOUZA, agradou-me porque me pareceu bem melhor do que na época transacta, dando indicações de que poderá vir a fazer um grande campanha este ano. KLÉBER, já não é surpresa para ninguém: está ali um "senhor jogador" e...ponto final!

            Dos que lutam para se manter no clube não há muito a dizer porque foi curto o período em que actuaram e uma apreciação vista pela TV ainda reduz mais a análise que se pudesse fazer. CASTRO, faz tudo para ficar e é um "jogador à Porto" Sinceramente, gostaria lhe fosse dada essa oportunidade. CRISTIAN ADDU, fez tudo bem no pouco que se viu e KELVIN, deixou água na boca. (Olha lá, "cara", um jogador de bola não tem que parecer um músico pank, né?. Porque ossê, não rapa a cabecinha toda como o teu compatriota Maicon?) Pois, e VALTER, o Maciço; belo golo, nos pouco minutos para me dar razão de que tem futuro, no Porto. Obrigado, seu moço.

            E pronto, fiquei com apetite para o próximo banquete, ao qual penso fazer-me convidado, e vai ser contra o Lion. Nessa altura, ainda não estarão os campeões na Argentina, Álvaro Palito e Cristian Rodriguez, nem James, nem Iturbe, nem Sandro ou Danilo. FALCAO? Certeza certa, um ou dois não vão estar. Quem? Quais?


            Moutinho? Por favor, NÃO!


     

            

            O resultado foi de 3-0 a favor do FUTEBOL CLUBE DO PORTO e os golos foram apontados por KLÉBER, aos 9', por HULK, de penalti (muito bem apontado) cometido sobre si próprio aos 72' e, VALTER, servido por Kelvin numa bom lance de futebol, num remate rasteiro, à primeira.
   
            A equipa alinhou inicialmente com: Helton. Sapunaru, Rolando, Maicon e Fucile, Moutinho, Souza e Ruben Micael; Varela, Kléber e Hulk. As substituições começaram logo a seguir ao segundo golo, tendo entrado Bracalli, Beluschi, Otamendi, Castro e Djalma de uma assentada e, aos 72 Valter, Sereno e Addy, e, aos 84', entraram David, (também esteve muito bem) Cristian Addu e Kelvin.

            Sairam, Kléber, Helton, Sapunaru, Fucile, Moutino, Souza, Varela e Rúben Micael.

2 comentários:

  1. ...e ainda mais fortes que na época passada !


    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Apesar de não termos observado todos os jogadores (e confesso que quero muito ver o Iturbe, em especial, jogar com a nossa camisola!), gostei do que vi; tem sido uma pré-época no mínimo positiva, onde podemos observar bons pormenores dos novos reforços e dos 'da casa'.

    Espero que a invencibilidade - apesar de, na pré-época, pouco ou nada significar - se mantenha e que façamos um bom jogo frente ao Lyon. Depois é entrar em grande com a conqusita da(s) supertaça(s)!

    Um abraço

    ResponderEliminar