O Dia Em Que O Futebol Clube do Porto passou a ser o Clube Com Mais Títulos em Portugal!
TAÇA DE PORTUGAL
Vitória Sport Clube (Guimarães), 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 6
Jamor - Oeiras
Quando, ainda hoje de manhã, deixava aqui algum sentimento de preocupação quanto ao estado físico e anímico dos jogadores do
Futebol Clube do Porto e alertava para os perigos de ir enfrentar um adversário ambicioso e motivadíssimo, não fui capaz de prever a totalidade do que em boa verdade se veio a passar. Com efeito, se em relação ao que previ para o FC Porto quase nada tenho a alterar, foi um tremendo fiasco o que esperava acontecesse em relação aos vimaranenses.
Vou tentar clarificar o que pretendo dizer no parágrafo anterior.
Não assisti aos primeiros minutos de jogo mas tive oportunidade de ouvir repetidamente os comentadores da RTP1 (na segunda parte deixei-os a falar sozinhos e mudei de estação) que o FCP tinha entrado no jogo muito forte, afirmação justificada pelo golo obtido logo aos dois minutos. Mas, quando ainda mal tinha acabado de me acomodar no sofá, foi-me dado ver a forma como a defesa permitiu o primeiro empate, com
Rolando e
Álvaro, à porfia, apostados em dar o golo da igualdade ao adversário. E, se na jogada imediata, livre de obstáculos,
Varela recoloca a diferença (1-2) no marcador foi porque a jogada que gerou o golo beneficiou das mesmas facilidades que as forças da NATO tiveram na invasão da Líbia. O segundo empate (2-2) foi permitido porque o pernilongo Edgar, ao contrário do que várias vezes lhe vi acontecer nesta época, acertou a testada para a baliza fazendo bater a bola antes de chegar a
Beto, o que constitui sempre maior grau de dificuldade em parar o remate, sem que possa ilibar completamente o nosso valioso
keeper.
Para gáudio dos muitos abnegados portistas
que estiveram no antigo cenário das imperiais celebrações, o insólito mais uma vez aconteceu: na sarrabulhada costumeira dos pontapés de canto,
Maicon atira à barra e no ressalto, Rolando rechaça para a frente o que o defesa vimaranense não conseguiu para trás e marca o 2-3; logo depois
Hulk, na transformação de um livre de canto, proporciona o momento hilariante do jogo e consegue um golo, este sim, à
Incrível, com Nilson a roubar-lhe o epíteto, e aí está o 2-4.
E veja-se:
Fernando, trouxe a cópia da besteira que fez em
Dublin e resolveu exibi-la no Jamor. Nem vou questionar se deveria, ou não, lugar à grande penalidade mas acabou por dar jeito que o militar a marcasse pois foi uma excelente oportunidade para confirmar que havia entre os nossos jogadores pelo menos um que estava empenhado, a sério, em levar a Taça para o Norte.
Beto, especialista que é, negou que o simpático ex-portista rejeitado se pudesse vingar do desaproveitamento que dele tiveram. Se dúvidas ainda alguém tivesse, na reposição nasce um contra-ataque
"à Villas-Boas" e o puto (sim, a este pode chamar-se-lhe), ainda "gozou" com o Nilson antes de passar o
score para um 2-5.
Claro que se o leitor chegou até aqui, já deve ter percebido, se não viu o jogo directamente, que esta primeira parte teve uma equipa abaixo de meio gás, o FCP, a jogar ao ritmo de futebol de praia, do vai lá tu que eu fico, se não fizer agora faço mais logo que estes gajos não jogam merda nenhuma.
O jogo dispensava bem a segunda parte, porque se na primeira o FCPorto tinha jogado contra a própria sombra, na segunda não tenho a certeza se os vimaranenses não teriam ficado no balneário de vez e, jogando assim sozinho os Dragões entretiveram-se numa peladinha, a qual, desde que Mariano entrou, mais parecia um peditório para ele marcar o último golito com a nossa linda camisola. Depois de
Guarin, Hulk e
Messinho e sei lá quem mais, andarem à procura dos defesas do Vitória para que estes lhe ficassem com o esférico, lá apareceu o sexto e o
hat-trik de James para a Colômbia celebrar. Entretanto, já mais de metade da famosa claque dos guerreiros tomava o caminho dos autocarros, já que foram lá para ver a sua equipa jogar e ela já tinha deixadoo relvado.
E fez-se, então, o resultado histórico do 2-6, ao que julgo inédito em jogos de final de Taça.
Para mim a ter que nomear o "h
omem do jogo", teria que eleger
Beto; para além da magnífica movimentação no penalti que evitou o 3-4, logo nos primeiros momentos da segunda parte roubou exemplarmente (se se pode dizer que os roubos são exemplares...), a hipótese de Edgar se vingar.
Helton teve substituto à altura, como se esperava, aliás. Depois
James Rodriguez, porque três golos numa final é coisa de se lhe tirar o chapéu, ainda para mais quando o marcador podia jogar nos júniores. E
Hulk, inevitavelmente, pelas assistências e luta esforçada que manteve durante todo o jogo.
Vinha mantendo desde há muito a ambição de ver o Futebol Clube do Porto à frente dos clubes portugueses com mais títulos conquistados, facto hoje concretizado com mais esta vitória. Também em quantidade (porque na qualidade já era um facto indesmentível), chegámos, hoje, ao topo.
Ouvi, na conferência de imprensa,
André Villas-Boas, a fixar os primeiros objectivos do
Futebol Clube do Porto para a próxima época, nos quais não prevê a conquista da
Taça da Liga, classificando-a como integrante na
formação do Clube. Que pena! E eu que estava capaz de lhe escrever para o convencer a fazer da conquista de tão importante troféu o objectivo primordial a atingir o mais rapidamente que fosse possível.
Deve dar cá um gozo conquistá-la!
Para a história, a equipa alinhou:
Beto. Sapunaru, Rolando, Maicon e Álvaro Pereira; Moutinho, Fernando e Belluschi; Varela. Hulk e James Rodriguez. Jogaram ainda: a partir do início da segunda parte, Guarin rendeu Fernando; aos 63' saiu Belluschi para dar o lugar a Souza; e, aos 75', entrou Mariano e João Messinho, foi completar o descanso para o banco.
OS GOLOS do FCP: aos 2',
James Rodriguez, que repetiu aos 46' e aos 72´;
Varela, aos 21', colocou o resultado em 1-2, para
Rolando, aos 34' fazer o 2-3; de canto, foi
Hulk, a marcar o 2-4, aos 42,30', de parceria com o compatriota Nilson:. o VSC, fez os seus da forma e através dos jogadores acima referidos.
Como nota final e para ilustrar até certo ponto o que foi este episódio do "enterro do machado" que pôs fim a esta guerra da época de 2010/2011, atente-se no "entusiasmo" exibido pelos nossos jogadores perante as máquinas dos fotógrafos em serviço....
Sê-de felizes nas férias CAMPEÕES! E regressai TODOS!