Liga NOS
7.ª jornada
Estádio do Rio Ave, em Vila do Conde
Tv - Hora: 20:00h
Tempo: chuva leve, 20.ºC
Relvado: bom estado
Assistência: cerca de 5000
2019.09.29 (domingo)
Rio Ave FC, 0 - FC do PORTO, 1
(ao intervalo: 0-1)
O Rio Ave FC alinhou com: Kierzek, g.r., Nelson Monte, 2.ª parte Jambor, Borevkovic, Aperillan Santos, Mateus Reis, Tarantini (C), Filipe Augusto, Carlos Mané, Diego Lopes, 2.ª parte Mehdi, Nuno Santos e Bruno Moreira, aos 79' Ronan.
Suplentes /utilizados: Paulo Víctor, Messias, Pedro Amaral e Lucas Piazon
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Carlos Carvalhal
FC PORTO alinhou com: Augustus MARCHESÍN, Tecatito CORONA, aos 60' Willian MANAFÁ, PEPE, Iván MARCANO, ALEX TELLES, DANILO Pereira (C), Matheus URIBE, OTÁVIO, NAKAJIMA, aos 76' MBEMBA, ZÉ LUÍS, aos 83' Luís DIAZ e Moussa MAREGA.
Suplentes n/utilizados: Diogo Costa, Bruno Costa, Tiquinho Soares e Fábio Silva.
Equipamento: alternativo de cor amarela
Treinador: SÉRGIO CONCEIÇÃO
Árbitro: Nuno Almeida (AF Faro)
Auxiliares: Pedro Martins/
4.º árbitro: João Mendes
VAR: Jorge Sousa
RESULTADO: Rio Ave FC, 0 - FC do Porto, 1
MARCADOR: Moussa MAREGA, aos 12', com remate imparável de cabeça, na conversão de pontapé de canto apontado magistralmente à esquerda por Alex Telles.
SINOPSE DO JOGO
Moussa Marega corre o risco de ser tido em Vila do Conde como persona non grata. O maliano avançado do FC do Porto cada vez que defronta os vilacondenses, seja fora ou em casa, persiste em obsequiar a equipa rioavense com um golito, às vezes dois. Como ontem, no Estádio dos Arcos, ainda o jogo aquecia nos 12', depois da primeira tentativa gorada no decorrer dos sessenta e poucos segundos, quando, isolado frente ao guarda redes Kieszek, o convidava a experimentar o chapéu (de chuva), mas o presente roçou-lhe as costas e a prenda não abriu. Tanta persistência, produtividade e simpatia justificariam amplamente que ao pujante atleta do FC do Porto fosse concedida a honra de associar o seu nome de nascimento à bela cidade de Vila do Conde, isto é, "Vila do Conde Marega!"
Mais um pequeno passo para o caminho ainda a percorrer, mas um grande passo para a (re)conquista do título. Mais ou menos como a famosa frase de Neil Amstrong quando ele colocou a bota pela primeira vez na história de Humanidade, no solo da Lua. O feito não foi tão espetacular, expectante, emotivo como a conquista do nosso lírico satélite, mas difícil e (muito) suado lá isso foi
foi preciso um excelente FC do Porto para levar de vencida uma formação bem estruturada, combativa e sedenta de secar o equipamento suado apesar da chuva lenta e mansa que caía.
Há ainda na equipa em uma equação a resolver pelo mister Sérgio Conceição. A que se relaciona com a proporção de oportunidades criadas e os golos obtidos. Não diz "a letra com a careta", caro amigo Sérgio. Além de duas que abalaram a trave, (baixa a alça, Alex!) uma mão cheia delas goraram-se como raspadinhas da sorte nas jogadas corridas. Há que inverter o chipe. Menos, mas bem finalizadas! Pode ser? Pode! Obrigado.
A defesa está "como o aço". Pepe, imperial, resolve com Marcano, pontual; Telles faz da ala esquerda uma auto-estrada, um vai e bem que poucos têm, e quando puxa a colatra atrás, minha nossa!; na outra, é Tecatito, com a arte de fazer bem e bonito; no miolo é consolo ter o comandante Danilo Pereira a liderar a bateria da orquestra com o Otávio clarinete e o Uribe no fagote, a trote, e o brasileiro no foguete, diabrete, a fazer um brilharete se lhe dá no topete, sem menor apreço pelo debutante Nakajima, cópia daquela armações do fogo preso dos arraiais noturnos a rabiar, elétrico, faíscoso, tão teimoso quanto asiático patenteado; na frente (lá atrás, há gente suficiente, competente) está tudo feliz, é ver o Marega e o Luís, e, como o outro que diz, o Luís e o Marega conde da coutada em Vila do Conde. MBemba, é prebenda merecida e autorizada, Manafá vai lá, e o Diaz de tudo é capaz e bom rapaz.
"Almeida" é uma sugestão de profissão que recomendaria para quem não tem dotes adequados para arbitrar. Mesmo quando os jogadores não complicam.
Parabéns, mister Carlos Carvalhal. Pela equipa que tem e pela rara qualidade de comentar uma partida de futebol, sabendo como dizer, o que dizer, e espelhando o saber com elegância e fair play. Ainda se aprende na velha Albion.
Remígio Costa
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