domingo, dezembro 16, 2018

JUSTO TRIUNFO "CAVADO" COM SUOR.

 

Liga NOS 
13.ª jornada
Estádio de S. Miguel, Ponta Delgada
TV - Hora: 20:30
Tempo: bom
Relvado: bom
Assistentes: + 6000
2018.12.15 (sábado)


            SANTA CLARA, 1 - FC DO PORTO, 2
                                  (ao intervalo: 1-1)

SANTA CLARA alinhou com: Marco, aos 32' Serginho, Patrick, César, Fábio Cardoso, Mamadu, Chrien, aos 70' Caio, Anderson, aos 77' Uckra, Osama Rashid, Bruno Lamas, Zé Manuel e Fernando. Suplentes n/ utiloizados: Rui Silva, Accioly, Pacheco e Clemente.
Equipamento: oficial tradicional cor vermelho
Treinador: João Henriques

FC DO PORTO alinho com: Iker Casillas, Jesùs Corona,  aos Felipe, Èder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira,  Hèctor Herrera (C), Óliver Torres, na 2.ª parte Otávio, Yacine Brahimi, aos 88' Maxi Pereira, Moussa Marega e Tiquinho Soares, aos 83' Sérgio Oliveira. Suplentes não utilizados: Vaná, Hernâni, MBemba e Adrián López.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora); auxiliares: Pedro Mota e Jorge Cruz.
VAR:  Bruno Esteves.
AVAR: Rui Teixeira

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 38', por ZÉ MANEL; já dentro da área e junto à linha de fundo, Óliver Torres permite que o jogador local que conduzia a bola tirasse, à vontade,  um centro para o interior da área onde, sem oposição, o marcador executou um remate com a cabeça para o golo fácil. Passividade evidente da defesa portista dada a previsibilidade do desenrolar do lance e a liberdade dada na zona aos dois executantes do Santa Clara; 1-1 aos 45'+1' (dos 7´concedidos para compensação), por TIQUINHO SOARES; na sequência da marcação de canto por Alex Telles, a sobrevoar a defesa, a bola chega a Óliver Torres já fora da área, este executa um remate potente com a bola a bater na defesa a ressaltar para Soares que desvia para dentro.1-2 aos 56' por MOUSSA MAREGA, com Tiquinho Soares em luta direta com um adversário a ganhar a bola, a progredir com ela no relvado e a rematar à baliza, com desvio do guarda redes para o lado direito onde, oportuno, surge rápido o maliano a bater forte e colocado ao poste contrário.


   Foram quiçá mais do que as esperadas as dificuldades que o Futebol Clube do Porto encontrou em Ponta Delgada para vencer o Santa Clara; umas por força da qualidade e empenho demonstrados no decorrer desta partida pela formação  adversária, outras porque o desempenho global da equipa campeã nacional não terá conseguido manter de princípio ao fim do confronto a regularidade necessária para ficar a salvo de um resultado menos positivo. Prevaleceu o empenho posto por todos os elementos da equipa continental na consumação do triunfo e a eficácia a que nos vem habituando a dupla implacável Moussa Marega e Tiquinho Soares, para garantir os três pontos preciosos em jogo e a consequente permanência isolada no topo da classificação geral.

    O jogo não foi bonito mas não faltou emoção dada a a aplicação dos atletas para alcançar o triunfo e alguns lances perpetrados nas imediações das respetivas balizas; e quer Iker Casillas, como Marco, até à lesão sofrida, e depois, Serginho que o substituiu, puderam "dormir na forma", isto é, foram obrigados a intervenções difíceis e bastante frequentes. Por outro lado, verificaram demasiadas interrupções e excesso de recurso à intervenção do VAR, com prejuízo para o ritmo e fluidez do jogo. 

    (Não aprovo, nem penso mudar de opinião, com a introdução do vídeo-árbitro no futebol com a abrangência de competências que atualmente lhe estão cometidas. Mantenho a convicção de que, continuando o recurso sistemático do juiz de campo para a todos os lances de decisão mais difícil de assumir, o árbitro de campo não passará de um banal oficial da justiça, e um jogo de futebol uma sala de audiências...). Parafraseando o "palavroso" comentador Lobo, o "futebol em estado puro" será uma miragem no futuro.

   O Futebol Clube do Porto não tendo logrado atingir uma exibição convincente foi o globalmente melhor do que o aguerrido e esforçado Santa Clara, sendo o triunfo incontestável. Há que lembrar, contudo, que estando o marcador com a diferença mínima, o empate a dois golos poderia ter acontecido numa jogada imprevista como foi a que decorreu no fim do tempo, aos 90'+4', quando Luís Godinho assinalou, erradamente, uma falta a favor do Santa Clara no enfiamento da grande área portista, o qual acabou com intervenção feliz da defesa portista.

    Iker Casillas teve bastante e bom trabalho; Felipe fez o seu posto de central e o de lateral direito Jesùs Corona quando este lá não estava; mas, não apareceu onde devia, como Éder Militão, no lance do golo dos ilhéus; Alex Telles, parece periclitar no seu posto de raiz e abre demasiado o seu flanco; no "coração da equipa", Danilo Pereira não deu tanto nas vistas como Hèctor Herrera, quiçá ontem o mais lúcido, calmo, ativo e assertivo, e Óliver não esteve em dia sim, aliás como Yacine menos eficiente do que pode e sabe fazer; Moussa Marega e Tiquinho Soares, são as "armas" letais a que recorre Sérgio Conceição para "matar o inimigo". Dos chamados a jogo em substituição, Sérgio Oliveira entrou melhor do que Otávio e muito melhor do que Maxi Pereira.

     De Luís Godinho e da arbitragem está dito acima o que penso. Não se lhe aponta tendência para favorecer qualquer dos clubes, usou demasiado e vezes de mais erradamente o apito, sendo quiçá o erro mais grave um empurrão pelas costas a Óliver dentro de área do Santa Clara não sancionado.

   

Remígio Costa
  


   

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