quarta-feira, dezembro 19, 2018

FRENÉTICO E ELÉTRICO JOGO DE TAÇA!

 FC Porto vence Moreirense e apura-se para quartos de final da Taça de Portugal

Taça de Portugal 
8.ºs de final 
Estádio do Dragão, Porto 
TV - Hora: 20:45
Tempo; frio s/chuva
Relvado: bom
Assistência: 16000 apx.
2018,12.18 (terça feira)

         FC do PORTO, 4 - Moreirense FC, 3
                              (ao intervalo: 2-2) 

FCP alinhou com: Fabiano, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, aos 78' Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 12' Hernâni, Adrán López, André Pereira, aos 61' Yacine Brahimi e Moussa Marega. Suplentes N/utilizados: Iker Casillas, MBemba, Jesùs Corona e Tiquinho Soares.
Equipamento: alternativo de cor azul
Treinador: Sérgio Conceição

MFC alinhou com: Pedro Trigueira, D'Alberto, Iago, Ivanildo, Bruno Silva, Neto, Halliche na 2.ª parte, Loum, Alan Schons aos 70', Pedro Nuno, Chiquinho na 2.ª parte, Heriberto Teixeira e Paulo Rodriguez. 
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Ivo Vieira

Árbitro: Carlos Xistra, AF Castelo Branco. Auxiliares: Pedro Ricardo e Luciano Maia.

     Escolha de campo: Moreirense, a jogar de N/S

GOLOS E MARCADORES: aos 9' 0-1, por HERIBERTO TEIXEIRA: numa saída rápida em contar-ataque pelo flanco esquerdo do relvado, o jogador que conduzia a bola tira um centro com peso e medida a atravessar a área até ao lado oposto onde aparece Heriberto, livre de marcação a desviar serenamente para a baliza sem chance para defesa de Fabiano; 1-1 aos 13' numa cabeçada "à FELIPE", na sequência de canto apontado à direita por Alex Telles; aos 21' por HERNÂNI, em remate no bico da área com o pé esquerdo, numa assistência de Adrián López, com o esférico a entrar como um bólide no canto superior direito da baliza de Trigueiros; 2-2 aos 45'+1' (foi de 2' a compensação) na sequência de livre excelentemente apontado, por falta de Alex Telles, num golpe de cabeça de IAGO a fazer a bola entrar no ângulo superior direito da baliza de Fabiano, sem que este pudesse fazer algo para o evitar; aos 66' o FC do Porto adianta-se de novo no marcador com o 3-2 apontado por MOUSSA MAREGA, o qual ganhou a bola em luta individual com o defesa que o marcava, e isolado com apenas o guarda redes pela frente, atira rasteiro para as redes; o 4-2 viria a acontecer aos 89' num bis de MOUSSA MAREGA, acorrendo a uma assistência "a rasgar" de Yacine Brahimi vinda do flanco esquerdo, e frente a Trigueiros que havia saído da baliza ao seu encontro, executa calmamente um avantajado "sombrero" ao desolado guarda redes da equipa visitante; quando se tinha por encerrada a girândola da celebração da vitória, heis que, HERIBERTO, aos 90'+ 2' (dos 4' de compensação) colhendo à vontade a bola à entrada da área, "inventa" uma bomba com o pé esquerdo que vai rebentar as redes à guarda do infeliz Fabiano, furando pelo canto entre o poste e a trave: um golaço! E o "caldo" não azedou aos 90'+4', no último lance do jogo, porque o guarda redes portista desviou no chão junto ao poste esquerdo da baliza para a linha de fundo o que se pensou fosse o oitavo do somatório dos golos do jogo.

    Espetáculo frenético e elétrico, a lembrar os tempos do genuíno futebol!

    Começo por saudar o técnico Ivo Vieira, treinador da equipa da vila minhota de Moreira de Cónegos, pela coragem de ter levado a sua equipa, numa prova a eliminar, ao Estádio do Dragão para enfrentar o campeão nacional em título e recordista de vitórias consecutivas nas provas nacionais e internacionais em que está envolvido, e jogar de igual para igual, sem calculismos estribados em "táticas" de tudo a monte dentro da área e fé em Deus, de anti-jogo em simulações de lesões e de estratégias de perda de tempo, agressividade violenta e intimidante, sem o mínimo de respeito por quem paga para assistir, e se desilude com o espetáculo degradante que os atores lhe proporcionam. Apoio desde sempre os princípios que Ivo Vieira defendeu na excelente conferência que deu no final do jogo, incitando os jornalistas a serem críticos implacáveis com aqueles que constroem as suas equipas para salvar o lugar a qualquer custo, sem se preocuparem com a imagem que constroem e com a qualidade do futebol que propagandeiam. Parabéns, Ivo Vieira!

   Foi um jogo aberto e extremamente disputado de princípio ao fim. Nem sempre com futebol de maravilhar, mas com extremas doses de emoção e dúvida quanto ao vencedor. 

   Com o Futebol Clube do Porto, como lhe competia, a dominar territorialmente no primeiro período e a criar muitas situações para iniciar e acelerar o andamento do marcador, foi o Moreirense, destemido e descomplexado, a denunciar as suas ambições ao adiantar-se na abertura do placard com o golo obtido aos 9'. A boa reação do Dragão resultou na viragem do resultado a seu favor, mas foram os Cónegos quem mais tranquilos foram para o balneário ao restabelecerem a igualdade no expirar do período inicial da partida.

   No tempo complementar, Ivo Vieira trouxe ao jogo da sua equipa a frescura e a ratice de duas armas secretas, e Sérgio Conceição, que já fora compelido a substituir Otávio no primeiro tempo por lesão, preparava-se mentalmente para boicotar a estratégia do arguto e calculista adversário. Já tinha chamado a jogo com sucesso o velocista Hernâni, mas foi a entrada em cena do mágico argelino Yacine Brahimi aos 61', para sair o André Pereira improdutivo e previsível, que forneceu o veneno a Moussa Marega para dar a volta ao resultado. Foi a eficácia do ataque portista que até ali não rendia no muito que investia, que fez a diferença ao atenuar o incómodo que estava a causar o rabugento Moreirense, a denunciar ambição justificada na entrega e sobretudo frescura física que, aparentemente, no Dragão estava a esgotar-se. E, verdade seja dita, que o final do espetáculo foi um alívio para os adeptos portistas.

   Só uma forte motivação no balneário mantém a força individual e coletiva da equipa do FC Porto, mas é impossível não reconhecer que tantos jogos seguidos, distanciados no espaço onde decorreram e em tão curto intervalo de tempo e com tão grande emoções, não afetam o rendimento dos atletas e se reflete no jogo da equipa. Só uma excelente gestão do plantel e a sua qualidade justifica o mérito e os resultados obtidos até agora. Que a equipa anseia por repouso é visível, urgente e necessário.

  Reitero o que há anos venho a comentar sobre Carlos Xistra. Não consegue manter um critério uniforme na avaliação de faltas, não sabe relacionar-se com os jogadores para apaziguar conflitos ocasionais entre eles nem é capaz de impor uma autoridade natural e informal. 

  E, como (não) acontece nos jogos em que os rapazes se divertem a ver imagens do jogo na central da cidade do futebol, quem o seguiu pela tv viu que Xistra,mais uma vez, errou.

(Consolou-me a opinião expressa por António Oliveira, no passado domingo, 16.12.2018, no programa "Trio de Ataque", na RTP3: -"O VAR É UM MONTRO. CRIARAM UM MONSTRO").  Por outras palavras, tinha dado opinião similar no post escrito de manhã relativo ao jogo realizado em Ponta Delgada entre o Santa Clara e o FC do Porto).

 

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