domingo, novembro 04, 2018

COMO UM TORNADO, OTÁVIO DESMANTELOU EM TRÊS MINUTOS O VELHO FERROLHO

 
Otávio e Tiquinho (foto internet)

Liga NOS
8.ª jornada
Estádio do Marítimo, Funchal
Transmissão tv - hora: 18:00
Tempo: estável - temperatura: 13º
Relvado: razoável
Assistência: estimada em 9600 
(com elevada presença de adeptos portistas)
2018.12.03 (sábado)


          SC Marítimo, 0 - FC do PORTO, 2
                  (ao intervalo: 0-0)

MARÍTIMO alinhou com: Amir, Bebeto, Marcão, Zainadine, Lucas Áfrico, aos 73' Correia, Fábio China, Vucovic, Jean Cléber, Fabrício, aos 79' Carlos Valente, Danni, Joel, aos 90' Rodrigo Pinho.
Equipamento: oficial tradicional (verde e vermelho)
Treinador: Cláudio Braga

FC DO PORTO, alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, aos 67' Otávio, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torres, Jesùs Corona, Yacine Brahimi, aos 79' MBemba, Tiquinho Soares, aos 75' Hèctor Herrera e Moussa Marega. Suplentes não utilizados: Vaná, Hernâni, Adrián López e André Pereira.
Equipamento: oficial tradicional, cor azul e branca.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo BVranco). Auxiliares: Nuno Pereira-Luciano Mais. VAR: Jorge Sousa (Porto)

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 75' por OTÁVIO. Acabado de entrar, o pequeno médio brasileiro participa em mais uma iniciativa atacante da equipa do FC do Porto, recebendo na intermediária do Marítimo a bola e entregando-a célere a Brahimi, que, sempre em progressão a entrega a Mousa Marega, o qual por sua vez usando o calcanhar chama à jogada Tiquinho Soares, que por sua vez com idêntico gesto a remete para Otávio já desmarcado ao seu lado direito, este progride alguns metros contornando um adversário, e já dentro da área bate "com raiva" e fulmina Amir, paralisado ao dar conta das redes da baliza a abanarem. Lance de entrar em compêndios da arte e beleza do futebol! Três minutos depois do início do tornado, é outro pequeno génio da lâmpada mágica de Aladino mas espanhol, Óliver Torres, (conhecem?) que à saída da área defendida pelo FC do Porto, onde os jogadores da equipa madeirense raramente apareceram em todo o jogo, e condu-la como criança quando recebe um brinquedo até cerca do meio campo, e ai chegado cede ao pedido do "mano" Otávio que anseia afagá-la ainda mais um bocadinho, mas resolve chamar à alegria o "bonzão" Moussa, sem jeito para afagar meninas muito tempo porque, sendo MAREGA, tem obrigação de "marcá". E marcou, pois não! Três minutos durou o tornado, de nada valendo a "velha e retrógada" tática falhada (!!) do "manhoso" Cláudio.  


   
        Que credibilidade merece um treinador de futebol que vem para a comunicação social afirmar no final de um jogo em que a equipa de que é responsável mete dentro da área ONZE jogadores em muito do tempo da primeira parte, faz um único remate em toda a partida, soma menos de um dezena de esboços atacantes, tem posse de bola cerca de 38%, nem um quarto de ataques consegue em relação ao adversário, permite (ou manda?) distribuir lenha sem contenção nem vergonha e acha que "merecíamos pelo menos o empate?"  É preciso ter "lata"!


     Na primeira parte, o jogo não teve estória. Não se pode dizer que há futebol quando apenas um dos contendores sabe e quer jogar. Foi o que aconteceu e se viu no estádio dos Barreiros no qual a equipa de Cláudio Braga, principalmente, no decorrer de todo o primeiro em tempo, em que a formação da casa, seguindo uma tática de "tudo a monte" e fé nos deuses dos incompetentes, esperou por milagre de ter um pontinho de um pai natal generoso e compassivo. Cada treinador sabe da sua vida e manda os seus comandados jogar como bem entender. Mas quando tudo corre ao contrário do que esperava, deve ao menos saber conter-se e ter vergonha na cara. Empate? Dá graças por não ter o tornado durado apenas três minutos!

    Sérgio Conceição sabia o que ia encontrar, e teve a coragem e o discernimento de aguardar o tempo certo para intervir drasticamente. Contra o que teve de enfrentar na primeira parte, o antídoto não foi aplicado ou entendido pelos jogadores. Usando muitas vezes o cruzamento com a bola pelo ar, para um espaço onde o Marítimo concentrava TODA a equipa, muito raramente os ataques e livres que a equipa conseguia (e eram constantes) causavam mossa na muralha engrossada do " bafiento ferrolho" maritimista.

  No período complementar o espetáculo subiu de nível por ação da maior rapidez na troca de bola em progressão da equipa campeã nacional sendo nítida a intenção de chegar ao golo e desfazer de uma vez por todas as esperanças dos locais, designadamente do seu inepto responsável. Mas foi a partir da chegada ao relvado do vendaval (ou terramoto?) chamado Otávio que o Futebol Clube do Porto se exibiu à altura da sua valia. A partitura que a orquestra interpretou para chegar ao golo de abertura foi um genuíno louvor ao espetáculo futebol!

 Iker Casillas foi uma única vez posto à prova numa situação acidental ocorrida aos 28' quando um jogador do Marítimo encostado à linha e perto do poste rematou à figura. Mas onde Casillas tem vindo a mostrar-se importante para a equipa é sobretudo nos incitamentos e na correção das posições defensivas. Felipe e Éder Militão sobem a cada jogo no bom entendimento; quer Maxi quer Telles tiveram papel preponderante no desenrolar do jogo, mas não deixaram de cumprir. No miolo Danilo Pereira é cada vez mais a cambota de um motor disel, Óliver Torres a consolidar o voto de confiança que lhe foi (finalmente!) concedido; Brahimi não se adaptou à rudeza e densidade da floresta de pinheiros que pretendia desvendar, tal como Tiquinho, ambos lutadores, sem reparo mas sem o brilho habitual. Marega cjumpriu á sua maneira peculiar o TPM (trabalho de casa), executou como devia a grande penalidade que proporcionou ao guarda redes Amir uma defesa de grande aparato, Herrera entrou bem na partida, MBemba sem tempo para ser notado.

     Bendito tornado, este Otávio:  golo do desbloqueamento do catenácio e a colaboração na jogada e assistência no da afirmação da sentença. No melhor.

     Sem casos dúbios, Carlos Xistra aguentou os minutos iniciais violentos dos jogadores do Marítimo para travarem Corona, Danilo, Óliver e mais avançados portistas, com amarelos "avermelhados". Expulsou o avinagrado Danni (capitão do Marítimo!!!) por agressão sem causa a Otávio, (a não ser o do seu mau génio e hábitos vadios de urinar fora do penico...). Tal como se vem a constatar esta época com vários dos seus pares (atente-se na surpreendente arbitragem de Nuno Almeida na vitória do Moreirense na catedral dos casos de justiça), Carlos Xistra está diferente, para melhor. Quem diria!

  
 

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