domingo, novembro 25, 2018

CHUVA FOI MÚSICA NA SERENATA DE CORONA.

 Taça: FC Porto-Belenenses, 2-0 (crónica)

Taça de Portugal
4.ª eliminatória
Estádio do Dragão, Porto
Pela tv - Hora: 20:45
Tempo: chuva constante
Relvado: bem tratado
Assistência: 17700 (+ baixa da época)
2018.11.24 (sábado)

       FC DO PORTO, 2 - CF "Os Belenenses", 0
              (ao intervalo: 1-0)

FCP alinhou com: Fabiano, Jesùs Corona, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Hèctor Herrera (C), Óliver Torresm, aos 86' MBemba, Otávio, aos 66' Sérgio Oliveira, André Pereira, aos 76' Moussa Marega, Tiquinho Soares e Adrán López. Suplentes não utilizados: Vaná, Hernâni, Yacine Brahimi e Danilo Pereira.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

FC "Os Belenenses" alinhou com: Mika, Diogo Viana, Gonçalo Silva, Sasso, Reinildo, Nuno Coelho, aos 60' André Santos, Eduardo, Matija, aos 68' Dálcio, Lucca, na 2.ª parte Henrique e Keita.
Equipamento: alternativo azul escuro c/ símbolo da cruz de Cristo.
Treinador: Silas

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve); auxiliares: António Godinho e Paulo Ramos. 4.º árbitro: João Bento.

GOLOS E MARCADORES: 1-0, aos 12' por TIQUINHO SOARES; jogada de ataque de execução individual e entendimento coletivo perfeitos, iniciada por Jesùs Corona no flanco direito e a infletir para a cabeça da área onde cedeu a bola a Adrián López, com este a "picá-la" com carinho em arco para as costas dos defesas no interior da área onde, de novo Corona, a recebeu, controlou e assisitiu num passe cruzado rente  à relva no sentido do poste direito da baliza para Tiquinho Soares, que, com o pé direito bateu, sem precipitação,  para o fundo das redes. O 2-0 alcançado aos 58', foi obtido por OTÁVIO a culminar uma jogada individual em que cirandou com a bola colada aos pés por entre vários adversários (cinco ao que me pareceu), e já sobre o marca de penalti encaminhou serenamente a bola para o lado esquerdo de Mika o qual saíra ao seu encontro.
     Aos 54', na sequência de um lance de pontapé de canto apontado à direita por Alex Telles, o capitão Hèctor Herrera, perto de linha de golo, foi rasteirado por Reinildo quando se voltava para rematar; falta inequívoca que Nuno Almeida sancionou com a marcação de penalti do qual se encarregou Otávio, batendo a bola em pontapé a meia altura algo denunciado, e que o guarda redes de Belém defendeu batendo com os punhos a bola ao encontro de Adrán López (?) já dentro da área tendo este rematado ao lado do poste oposto.

     A noite fria e com a chuva a cair do início ao fim da partida, não estragou um jogo em que o Futebol Clube do Porto corporizou excelente exibição, logrando obter uma vitória a todos os títulos merecida cujo pecúlio traduzido em golos teve expressão bastante abaixo do mérito do trabalho realizado, quer pelos atletas individual e coletivamente, quer pela bem concebida e sucedida táica do mister Sérgio Conceição.

     Optando por jogadores não utilizados nas seleções a que pertencem dos países envolvidos na competição europeia que decorreu recentemente, Sérgio Conceição levou para esta partida relevante os atletas que mais tempo trabalharam com ele no Olival, tendo de reserva no banco dos suplentes ou não convocados, alguns dos que mais frequentemente são chamados à equipa, como Iker Casillas, Maxi Pereira, Danilo Pereira, Moussa Marega, Yacine Brahimi, designadamente. E, sem especial surpresa mas com visão estratégica e sobretudo muita coragem escalou Jesùs Corona, ponta direita da raiz, para om, lugar de lateral direito! E não é que o mexicano se saiu tão bem da leitura e incarnação do conteúdo do texto que lhe coube que foi considerado o MELHOR DA TURMA? 

      A equipa do Futebol Clube do Porto superiorizou-se ao FC "Os Belenenses" em, praticamente, todo o tempo da partida. No primeiro período a supremacia foi mais acentuada e visível na pressão exercida em todo o espaço, sendo menor no período complementar porque as condições do relvado, muito alagado, se tornaram menos favoráveis à rápida troca de bola travada na água sob a relva. Apesar de tudo, a equipa campeã nacional soube superar as contrariedades naturais, bem como as que o adversário resistente e insistente nunca desistiu de o confrontar na expetativa de acontecer e aproveitar um golpe de sorte ou deslize penalizador a que o futebol não é imune.

     A equipa do Futebol Clube do Porto, está bem, muito obrigado.

     No pouco trabalho a que foi sujeito, Fabiano cumpriu. Felipe e Éder Militão, pendulares como normalmente; Alex Telles, sempre muito ativo é dono e senhor do corredor esquerdo; no miolo está a virtude e o cérebro da equipa: Hèctor Herrera, a esbanjar experiência e ação, Óliver e Otávio, a precisão e visão do passe e o irrequietismo e o improviso dos predestinados, André Pereira, a querer mostrar-se e afirmar-se, Tiquinho obcecado pela baliza a esbanjar perigo na área florestal contrária, e um Adrián López obsequioso, delicado e cada vez mais prestável e...feliz!

     Mas em cima, na ara da glória, Jesùs, Jesùs, Jesùs CORONA.......!! 

     Nuno Almeida, reconheço, está melhor do que antes até há uma época. Mas, a melhoria, se for para continuar, não quer dizer que se converteu, repentinamente, num bom juiz de futebol. Competência pode ser inata. O que me parece é que (finalmente!) enveredou por assumir uma atitude de isenção e os erros que (ainda) comete são equitativamente distribuídos.

    



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