segunda-feira, setembro 03, 2018

MAIS BISPO DO QUE CÓNEGO


1/35
Liga NOS: FC Porto x Moreirense

Liga NOS
4.ª jornada
Estádio do Dragão, Porto
Via tv - hora: 20:30
Tempo: de verão
Relvado: excelente
Público: + de 43000
2018.09.02 (domingo)

            FC DO PORTO, 3 - Moreirense SC, 0
                  (ao intervalo: 2-0) 

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Eder Militão (estreia absoluta), Alex Telles, Otávio, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, aos 74' Óliver Torres, Yacine Brahimi, aos 82' Danilo Pereira (regresso após 5 meses de ausência por lesão), Vincent Aboubakar, aos 64' Jesùs Corona e Moussa Marega.
Não utilizados: Vaná (g.r.) Diogo Leite, Marius, Adrián Lopez.
 
Equipamento: oficial tradicional

Treinador: Sérgio Conceição

MSC alinhou com: Jhonathan, João Aurélio, Mohamed Aberhoum, aos 71'm Nené, Ivanildo, Bruno Silva, Neto, aos 61' Alan, Loren, Heriberto, Chiquinho, aos 80' Pato, Bilel, Pedro Nuno.

Equipamento: alternativo de cor roxa

Treinador: Ivo Vieira

Árbitro: Helder Malheiro (AF Lisboa)
VAR: Luís Ferreira

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 15' por HÉCTOR HERRERA, na sequência de canto apontado à direita por Alex Telles, com  desvio de cabeça dentro da área de Militão, com a bola a chegar ao capitão do FCP e este a desviar para a baliza; 2-0 aos 28', por VINCENT ABOUBKAR a completar na pequena área remate de de Moussa Marega ao poste na sequência de excelente jogada individual por ele desenvolvida pelo flanco direito; 3-0 aos 90'+4' por MOUSSA MAREGA, a finalizar uma incursão espetacular de Otávio até junto do poste da baliza do Moreirense e a assistir o maliano com um passe curto que este concluiu sem dificuldade.

    Para bem do espetáculo e de quem assiste aos jogos na bancada, as ditas equipas de "segunda linha" estão apostadas em jogar no Dragão sem complexos de inibição perante o ambiente e do historial e valor da equipa que vão enfrentar. Foi assim na jornada anterior contra o Vitória SC a quem o FC do Porto não logrou superiorizar-se, no desempenho como nos golos (2-3), e agora contra o Moreirense SC em que tendo obtido uma vitória consensualmente merecida, mas que esteve longe de ser fácil como ficou demonstrado em largo período da partida.
    Menos notada nos primeiros trinta minutos do confronto em que a equipa portista se esforçou por dominar e assumir o controle das operações obtendo lucro de dois golos, foi a partir daí evidente, de modo inesperado para a bancada, a partilha da bola e do relvado pelos dois conjuntos, e apenas no número de remates enquadrados com a baliza e nas melhores oportunidades para golo o campeão nacional em título conseguiu números bem superiores ao seu opositor. Pela excelente réplica que ofereceu e contributo que deu para o espetáculo, a equipa de Moreira de Cónegos orientada por Ivo Vieira (mais um excelente técnico a trabalhar na Liga) fez jus a uma diferença menos desnivelada no resultado final.

   O FC do Porto venceu sem deixar totalmente felizes e descansados os seus seguidores. A equipa parece ter entrado no relvado afetada pelo insucesso do jogo anterior o que não abona quanto à capacidade interior em superar o que de menos bom lhe possa acontecer. É óbvio que não se esperaria nem quiçá recomendável que a equipa estivesse hoje ao nível que possa vir a alcançar quando principiar a Liga dos Campeões, e depois em março ou abril do próximo ano quando mais provavelmente a renovação do título estiver a ser decidida, mas seria normal constatar no campeonato um comportamento compatível com as responsabilidades que o título de campeão nacional exige.

   Como apontamentos mais relevantes em relação à equipa portista há que saudar o regresso de Moussa Marega, o MVP da partida, à titularidade e aos golos; ao regresso do Comendador Danilo Pereira afastado da equipa por lesão no tendão de Aquiles desde há cinco meses. A estreia absoluta do brasileiro Eder MILITÃO, o qual atuou com a descompressão de um atleta maduro e com qualidades que amplamente justificam a contratação. E o papel da claque dos dragões do início ao fim da partida.

   A arbitragem da equipa lisboeta comandada por Helder Malheiro e do VAR Luís Ferreira não foi confrontada com situações de difícil julgamento, salvo num lance ocorrido dentro da área do Moreirense aos 10', ainda com o marcador em branco, em que Vincent Aboubakar parece ter sido derrubado em falta passível de marcação de penalti, e prontamente assinalado pelo juiz de campo. Já com Alex Telles mentalizado para a marcação, Malheiro é chamado a visionar as imagens e regressa com ordem para reverter a decisão. A verdade é que nas sucessivas repetições se vê a razão inicial do julgamento do lance, porque no chão, o defensor moreirense toca com a bota esquerda no pé do avançado portista. Menos evidente terá sido o lance no mesmo local que aconteceu na partida contra o Vitória SC, e que originou o penalti da reviravolta do resultado. Como é muito mais fácil aos árbitros decidirem em prejuízo do Futebol Clube do Porto. 

    Quinze dias de interregno no campeonato serão bem aproveitados por Sérgio Conceição.

   


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