domingo, agosto 26, 2018

VENCEU A EQUIPA QUE MERECEU



FC Porto-V. Guimarães, 2-3 (destaques)

Liga  NOS
3.ª jornada
Estádio do Dragão
Sportv - Hora: 21:00
Tempo: verão. Temp.ª  18.º
Relvado: MBom
Assistência: esgotado
2018.08.25 (sábado)


             FC DO PORTO, 2 - Vitória SC, 3
                                (ao intervalo: 2-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Filipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Hèctor Herrera (C), Otávio, Yacine Brahimi, aos 51' Jesùs Coorona, aos 74´Óliver Torres, Vincent Aboubakar, aos 62' Moussa Marega e André Pereira. Não utilizados: Vaná, Chidozie, Militão, Hernâni e Adrian Lopez.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Vitória SC: Douglas, Sacko, Pedro Henrique, João Afonso, Florent, Wackaso, André André, Joseph, Josquinha, aos 35' Tozé, Tyler Boyle, João Teixeira, aos 77' Davidson, Welthon.
Equipamento: alternativo preto
Treinador: Luís Castro

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria): 4º árbitro: Vítor Ferreira; VAR: Bruno Paixão; AVAR: Paulo Ramos.

VAR: fora de serviço entre os 15' e os 45' da partida por alegada avaria técnica.

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 37' por YACYNE BRAHIMI, num portentoso remate de pé direito à entrada da área com assistência perfeita de André Pereira; 2-0 aos 43' por ANDRÉ PEREIRA, num toque subtil de cabeça a concluir livre apontado por AlexTelles. O avançado do FC do Porto estava claramente na posição de fora de jogo no momento da execução da falta: 1-2 aos 63' por ANDRÉ ANDRÉ na conversão de uma grande penalidade por derrube de Sérgio Oliveira a Ola Jhon perto da linha de fundo: 2-2 aos 76' por Toxé, num remate forte e colocado rente à relva executado sem oposição já dentro da área: 2-3 aos 87' por DAVIDSON rematando à vontade na posição da marca de grande penalidade, perante a passividade dos centrais portistas.

      Lembrando o modo como decorreu o jogo antecedente em que o Futebol Clube do Porto venceu no Jamor a equipa de "Os Belenenses", curiosamente pelo mesmo resultado com que o Vitória SC derrotou o campeão nacional no Dragão, o desfecho não será tão surpreendente como numa primeira conclusão poderá afirmar-se. Isto, porque, tal como na jornada anterior, a equipa da bandeira azul e branca não logrou atingir o nível a que habituou os seus adeptos, não deixando de evidenciar os mesmos erros e insuficiências, tendo sido até demasiado tempo de jogo inferior, como equipa, aos seus adversários. A diferença está em que no estádio nacional o FCP foi mais eficaz e feliz na concretização do que os lisboetas de Silas, e no Dragão foram os vitorianos de Luís Castro quem aproveitou sadicamente todas as oportunidades que lhe foram dadas no período complementar, durante o qual assumiu coletivamente o domínio do jogo como equipa, com exceção de alguns minutos no recomeço e nos derradeiros dez, incluindo o tempo de compensação dado por Fábio Veríssimo de 5'. 

     A exibição portista coletiva e individual ficou bastante aquem do universalmente previsível, podendo haver quem estivesse ciente de que a dúvida do triunfo do anfitrião estaria no número de bolas no fundo das redes do visitante. Poucos terão pensado na atual permeabilidade da defesa e nas reduzidas opções para o ataque que se põem a Sérgio Conceição, nem no pormenor dos gualterianos  não terem ganho as duas primeiras jornadas da prova.
 

    O Vitória soube aproveitar as únicas três jogadas possíveis de concretizar em golos que produziu em toda a partida, todas na segunda parte quando esteve por cima no jogo jogado como equipa; e pela destreza e precisão do remate e pelo acerto defensivo empregue na preservação da vantagem alcançada.

    A uma equipa com as responsabilidades e aspirações do FC do Porto não é admitido que esbanje uma vantagem no marcador de dois golos, no seu próprio espaço e contra uma equipa que, não obstante o valor que tem, não possui o mesmo potencial de um conjunto da Liga dos Campeões. Não pode cometer uma falta inútil que dá origem a uma grande penalidade que convoca o adversário para a discussão do resultado, não é desculpável que permita dois remates dentro da área sem oposição aos executantes dos dois últimos golos. Mal na reação em tempo útil ao não impor a velocidade exigida na circulação da bola para ganhar margem confortável no resultado, falta de discernimento na conclusão dos lances passíveis de chegar ao golo nos últimos dez minutos.

   Nenhum dos jogadores do FC do Porto ultrapassou o nível médio da exibição. Maxi Pereira, Hèctor Herrera, Otávio, Yacine Brahimi (com um golo obtido em remate fenomenal), e André Pereira, estiveram melhor. Brahimi saiu por lesão, Corona que o substitui deixou o jogo alguns minutos mais tarde, pelo mesmo motivo. A equipa sentiu a falta do talento de ambos para a reação final.

    Douglas foi obstáculo de vulto e o poste e trave também. Faz parte, não há volta a dar quando a sorte não está a ajudar. O Vitória mereceu. É dirigido por um grande treinador, possui excelente plantel.

    Fábio Veríssimo não evidenciou avanço na condução dos jogadores. Está igual à sua marca. Tentou a "roda livre" mas os atores não estavam para isso. O grande erro esteve na validação do golo de André Pereira o qual no momento da marcação do livre por Alex Telles estava "acampado" atrás da linha da defesa vitoriana. O VAR não carecia de intervenção, num lance tão evidente, doutro modo os auxiliares não eram precisos. Esteve bem na marcação da falta de Sérgio Oliveira sobre Ola Jon, e ao não dar seguimento à simulação de João Teixeira que pretendeu "sacar" carga ilegal de Otávio, dentro da área.

    Uma derrota à 3ª jornada não é o fim do mundo. Antes agora que a três jornadas do fim da prova com a vitória no campeonato em risco. Sérgio Conceição deu a conhecer que está na posse do diagnóstico e o remédio está na sua capacidade de curar males bem identificados.

Remígio Costa

  

     

    

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