segunda-feira, janeiro 08, 2018

VITÓRIAS DIFÍCEIS DÃO MAIS GOZO.

 
(Foto OJOGO online)

Liga NOS 
17ª jornada (última da 1ª volta)
Estádio do Dragão, Porto
Sportv - Hora: 20:15
Tempo: frio e s/ chuva
Relvado: excelente
Espectadores: 40 309 (cerca de 1000 do Vitória)
2018.01.07 (domingo)


      FC DO PORTO, 4 - Vitória de Guimarães, 2
                                       (ao intervalo: 0-1)

FCPorto alinhou com: José Sá, Ricardo Pereira, Diego Reyes, Ivàn Marcano (C), Alex Telles, Danilo Pereira, Óliver Torrer, Jesùs Corona, aos 64' Hernâni, Yacine Brahimi, aos 80' Miguel Layún, Vincent Aboubakar e Moussa Marega, aos 84' Tiquinho Soares. Convocados não utilizados: Iker Casillas, Maxi Pereira, André André e Sérgio Oliveira.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Artur Soares Dias (AF do Porto)

GOLOS E MARCADORES: 0-1 aos 22' por Raphinha, numa saída da equipa em contra ataque, assistência para a entrada da área, com o avançado vimaranense a antecipar-se a Diego Reyes e a rematar de primeira fora do alcance de José Sá. A jogada terá sido precedida de falta no seu início na área do Vitória que Soares Dias deixou por marcar; 1-1 aos 57' por Vincent ABOUBAKAR num remate fortíssimo com o pé direito sem preparação e acossado por um defesa, "à ponta de lança", na conclusão de uma assistência de Jesùs Corona. A jogada resultou de uma iniciativa de Danilo Pereira no centro do relvado, ao ganhar a posse da bola e a conduzi-la alguns metros "na raça", a lançar para a direita onde o mexicano portista a controlou e concluiu a assistência; 2-1 aos 62' por Yacine BRAHIMI, numa inspirada obra de génio com reserva de direitos de autor, fluindo  sinuosamente com a leveza de serpente ao encontro do guarda redes vitoriano por entre a defesa contrária, e a levantar a bola por cima de Matheus. Encantamento e inspiração só ao alcance dos génios da bola! 3-1 aos 79' por Moussa MAREGA a bater de pé direito com oportunidade e acossado, já dentro da área, numa assistência perfeita de Hernâni pela direita; 4-1 aos 83' com Moussa MAREGA a bisar, agora assistido por Ricardo Pereira: 4-2 aos 88' por Héldon em jogada individual concluída à entrada da área com remate feliz a embater no interior do poste para onde se lançara José Sá numa excelente estirada sem êxito.

     
       A vitória conquistada pelo Futebol Clube do Porto ontem à noite no Dragão, justa e indiscutível, não foi obtida "de mão beijada", como se tinha visto antes um pouco mais a norte... Para concluir como líder isolado a primeira volta da competição, a equipa liderada por Sérgio Conceição foi obrigada a ultrapassar dificuldades com as quais ainda não se tinha confrontado no Dragão nos jogos da presente temporada; teve pela frente um adversário que se apresentou com uma formação que integrava todas as suas melhores pedras, o que se verificou pela primeira vez no campeonato em curso, superar uma primeira parte pouco inspirada ao nível de eficácia na conclusão de jogadas de do remate, e como já vem sendo previsível e notório uma arbitragem a todos os níveis verdadeiramente deplorável.

       O Vitória não surpreendeu ao adoptar uma tática de bloco baixo e de contra ataque de que se saiu com êxito no primeiro período do encontro. Com efeito, o Futebol Clube do Porto, não obstante o empenho dos seus jogadores, não conseguia concluir da melhor maneira as muitas iniciativas de ataque que encetava por erros no último passe e pela incapacidade em ultrapassar a forte competência da ação adversária, e pelo desperdício das oportunidades de que ainda assim teve para chegar ao golo. O adiantamento feliz do Vitória no marcador, se não trouxe grandes alterações no maior caudal ofensivo dos dragões, concedeu aos visitantes uma maior confiança quanto à hipótese de regressar a Guimarães em euforia.

        Mas o intervalo foi importante para o restabelecimento da boa ordem na equipa portista, no domínio da confiança das capacidades individuais e na melhoria do futebol que normalmente os atletas conseguem construir. A bola ganhou velocidade de jogador para jogador, o número de passes falsos caiu drasticamente, a eficácia despertou do empobrecimento e as bancadas ganharam confiança e vibraram no apoio apaixonado. O Dragão, o competente e forte Dragão, entrou em ação, as hostes inimigas baquearam e o Futebol Clube do Porto reforçou a confirmação do retorno à sua brilhante História de sucessos.

        José Sá pouco mais poderia ter feito nos golos que a equipa sofreu. A defesa talvez pudesse ter conseguido mais, pelo menos no segundo golo do Vitória. Óliver Torres cresceu no desempenho como se estivesse a subir uma escada em caracol, Danilo Pereira protagonizou uma exibição de raça e apego à camisola no segundo período da partida, Ricardo Pereira de uma utilidade notável neste caso mais a defender mas a colaborar no ataque com uma assistência que terminou em golo, Vincent Aboubakar a jogar sem bola como ele sabe e a ser mortal no remate de mais um golo importante, Moussa Marega que alia agora a qualidade técnica e à eficácia no remate à robustez física impressionante que possui, Hernâni, Miguel Layún e Tiquinho Soares a integraram-se com indisfarçável vontade em dar o melhor de si em benefício do grupo, e BRAHIMI, YACINE BRAHIMI, mágico, criativo, artista, lutador, motivador, inconformado, persistente, irreverente, imprevisível, JOGADOR, a brilhar como estrela maior em constelação de eleitos.

         O "melhor árbitro português", ah, ah,de nome Artur Soares Dias, filiado na AF do Porto, especialista em BAR, perdão VAR (sou de Biana troco o V pelo B), internacional, indigitado para integrar a equipa técnica do visionamento dos jogos no próximo campeonato mundial de futebol, só podia ter um desempenho à sua altura (não sei quanto mede mas andará pelos 180 cm e tal), sobretudo nos jogos em que um dos competidores é o Futebol Clube do Porto, e evidentemente, que o conseguiu. Muitos parabéns (palmas). E agiu por sua conta, nem do seu colega Nobre qualquer coisa frente aos televisores precisou para validar o primeiro golo do Vitória obtido numa posição mais do que duvidosa, não ter visto três grandes penalidades (duas a favor e uma contra o FC  do Porto), ter poupado à expulsão dois elementos da equipa vimaranense por deixar o cartão amarelo no bolso à segunda falta, não ter visto à sua frente o cotovelo na cara do Danilo Pereira que obrigou a tratamento dentro e fora do relvado e com uma postura de "fleumático catedrático", rosto de sargento do quadro na parada á frente de uma formação de recrutas, tudo coisas menores que qualquer Manuel Mota assume como a mesma autoridade e competência de um juiz que manda para a cadeia um pilha galinhas e perdoa a ladrão assaltante de bancos que rouba milhões e chega a presidente de clube. Fantástico "meu"!

       Gostei, mas gostei mesmo, da conferência de imprensa de Sérgio Conceição. Tratar os "bois pelos nomes" não é para todos. Só para quem é homem...

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