terça-feira, dezembro 15, 2015

LEVANTEM O TAPETE E VEJAM O QUE ESTÁ POR BAIXO...

            Andam alguns adeptos do Futebol Clube do Porto muito empenhados em se juntarem à campanha orquestrada contra Julen Lopetegui, com origem nos salões palacianos da Corte alfacinha em benefício (evidentemente, do Dragão!?) que já mandaram para as calendas gregas o caso da Porta 18 e o tráfego das atractivas malas colombianas ou se desinteressaram do andamento de caracol doente do inquérito sobre os ingénuos vouchers dos jantarinhos e dos quentinhos pijamas de rosas encarnadas estampadas. A alguns, até terá passado pela cabeça (agora que o génio da táctica foi promovido a visconde), comprar uma game box ou ceder ao anúncio do clube da Dona Victória para aquisição de um lugarzinho na catedral saudita Emyrates e trocarem o estádio mais lindo da Europa pelo aborto taveirino de Alvalade.

            Ora leiam (e abram a boca de orelha a orelha) a seguir, e aprendam como fazer verdadeiros "negócios da China" que enchem de parangonas as primeiras páginas da informação escrita e ocupam semanas do espaço televisivo a imitar a propaganda bolchevistas doutras eras, sem mais comentários, sobre o que há dias atrás espantou a populaça do rincão "à beira mar" estacionado, transcrito, com a devida vénia, do jornal online do Público.Melhor do que "isto" só mesmo os 85 milhões da cláusula de rescisão do fenómeno do Renatinho, versão IV de Leonel Messi.

           

Opinião

Benfica, NOS e SportTV: Uma história muito mal contada


14/12/2015 14:01
Benfica, NOS e SportTV: Uma história muito mal contada

Há histórias muito mal contadas. Como parece ser o caso desta que envolve a Nos, os direitos dos jogos caseiros do Benfica, a SportTV e a BTV. Porque ficam algumas perguntas muito mal respondidas. O que leva a Nos a substituir-se à SportTV na compra de jogos de futebol que só esta última pode transmitir? O que levou o Benfica a recusar, em 2013, 23 milhões da SportTV pelos seus 15 jogos na Luz – avançando para a rutura e a aventura da BTV – e a aceitar, em 2016, 27 milhões por 17 jogos (praticamente o mesmo?) O que permitiu à SportTV ir perdendo conteúdos ao longo de três anos (ficou sem os desafios do Benfica ou sem a empolgante Premier League) e esvaziando a oferta aos seus assinantes sem ter baixado, correspondentemente, o elevado preço da sua assinatura?

Percebe-se que o marketing do Benfica tenha colocado grande parte da comunicação social a cantar hossanas a um suposto negócio das Arábias de 400 milhões (podiam até falar de 1.000 milhões, admitindo que o contrato se prolongue por 25 anos), um negócio que apenas tem validade segura por três anos e por valores inferiores aos inicialmente propalados. Também se percebe que a imprensa afeta ao clube da Luz tenha feito de Luís Filipe Vieira uma espécie de Rei Midas e de águia dos ovos de ouro. Quando, de facto, Vieira terá somado perdas, de 2013 a 2016, de 15 milhões de euros com a brincadeira da BTV, em relação aos 23 milhões anuais que a SportTV lhe oferecia. Fazendo, ainda por cima, a BenficaTV  regredir agora à pobre condição de canal residual e de audiências mínimas.
O que já custa mais a perceber é o que levará a comunicação social a omitir o grande vencedor deste negócio: Joaquim Oliveira, dono de 50% da SportTV (a Nos tem os outros 50%). Oliveira recupera tudo o que havia perdido para a BTV (jogos do Benfica, de Inglaterra e outros), não gastando, aparentemente, um tostão, pois a Nos chamou a si o encargo do investimento, dele dispensando o seu depauperado sócio (que já tivera que se desfazer da Controlinveste).
O que será ainda mais difícil perceber é um – já anunciado mas inaceitável – aumento da assinatura da SportTV em 2016, em troca dos mesmos jogos que oferecia há três anos. É  preciso muito descaramento. E ganância.
jal@sol.pt

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