segunda-feira, novembro 10, 2014

PORTO (RES)SENTIDO.

      
O penálti de Tozé faz-nos bem à cabeça




           O FC  do Porto fica a dever a si próprio dois pontos que desperdiçou na Amoreira, numa partida em que tinha tudo para vencer. Sem esquecer que o resultado de qualquer jogo de futebol sejam os contendores que se confrontem não tem vencedor antecipado, poucos portistas não acreditariam de que o Futebol Clube do Porto não ultrapassaria a equipa do Estoril no António Coimbra da Mota, constituindo o empate final um desaire tão frustrante como se de uma derrota se tratasse.

           Teoricamente ninguém contestará que o valor da equipa do FC do Porto é muito superior ao do Estoril. Depois, os Dragões vinham de um desiderato moralizador indo a São Mamés garantir a passagem aos oitavos da champions a duas jornadas do fim e as últimas exibições a nível interno deram indícios de melhoria dos índices de confiança e de estabilidade. Havia ainda a vantagem teórica de o Estoril ter jogado na Rússia na quinta feira (o FC do Porto jogou na quarta e aqui ao lado na Espanha) e o fator da pressão de um ponto que poderia manter do primeiro classificado da geral.

          O início do jogo até correu de feição com o adiantamento no marcador com uma extraordinária jogada de Brahimi abrindo o caminho para um jogo sem nervos e de espetáculo. Só que os estorilistas tinham outros planos, reagiram com garra à desvantagem e 7' depois repuseram a igualdade a um golo, perante a passividade de meia equipa portista que abriu uma clareira na floresta para Kuca bater Fabiano.
Daí até aos 81' quando Fabiano "quis" derrubar Tozé para ele transformar o penalti e levar o resultado para o 2-1, quase nada de relevante aconteceu. O Porto dominou o que o Estoril consentiu, o Estoril atacou sempre que o FC do Porto o não impediu. O Estoril cedia espaço para os jogadores do Porto pensarem que atacavam os ganhavam terreno para mostrar ao adversário o que é ataque.

           A equipa do FC do Porto fez um jogo inconsequente, demasiado lento e previsível, muitas vezes desconexo e confiado na classe individual de alguns dos seus jogadores. A entrada de Ádrian é inexplicável, o seu rendimento valeu zero, -zero porque jogando no espaço que é de Jackson obrigou este a andar por outras paragens ingloriamente. O meio campo não conseguiu anular o início  do contra-ataque dos locais e a defesa vacilava perante a rapidez dos avançados contrários. Os remates de perigo quase não existiram salvo o que Keysek defendeu no último suspiro do jogo.

          Mau, muito mau mesmo porque qualquer um vê que o plantel do Futebol Clube do Porto é o melhor dos últimos cinco seis ou sete anos que o Clube teve.

          Mal vi o jogo da Madeira mas já pude confirmar o que me foi dado notar na arbitragem do paixão. A continuar assim, podem bem vender o Enzo, o Talisca ou outros quaisquer porque dificilmente não ganharão os pontos para continuar no primeiro lugar.

          Em Alvalade, sim, vi o jogo do início ao fim. Na primeira parte o Paços de Ferreira deu um show de bola ao Sporting! Reduziu os lagartos à sua verdadeira dimensão! Quem dera que o FC do Porto tivesse jogado desta maneira!

         No segundo, o Paços sofreu um golo logo no reenício num remate bom mas sortudo que apanhou Goucoxeia um pouco desatento. O Paços ainda assim lutou enquanto completo porque depois, em inferioridade por expulsão de um jogador pacence, claro, em Alvalade dificilmente o visitante termina com onze, lá conseguiu manter um justíssimo empate, pois que, fez uma primeira parte muitíssimo melhor que o sporting conseguiu na segunda.

        Marco Silva vê a vida a andar para trás e já diz que os árbitros é que são os culpados...

5 comentários:

  1. Caro Remígio,

    Então não era o sacrossanto sr Marco Silva que nunca falava de arbitragens? Extraordinário...quem tem telhados de vidro não atire a primeira pedra.

    Abraço e,

    Porto Sempre!

    Jorge Vassalo | Porto Universal

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  2. Jogar só com Indi, Danilo, Casemiro, Herrera, Brahimi e Quaresma é muito curto. Fazer 350 kms para ver o nosso treinador entregar 2 pontos de bandeja é muita carga. Assim não vamos lá nem de joelhos.

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  3. "A continuar assim, podem bem vender o Enzo, o Talisca ou outros quaisquer porque dificilmente não ganharão os pontos para continuar no primeiro lugar".Ora aqui está o problema, o FCP para ganhar este campeonato, não basta ser melhor que os adversários, tem que ser muito melhor.
    Abraço
    Manuel da Silva Moutinho

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  4. Caríssimo Remígio
    Agora ,passadas vinte e quatro horas sobre o jogo de ontem e a frio ,ocorre-me perguntar se foi você que pediu um Porto ... versão Adrian ? ... Mister Lopetegui ,que parecia ter - finalmente ! - estabelizado e apostado na equipa ,digamos , "certa " ,resolveu , de novo , inventar ,embaralhar e trocar o óbvio e razoável por esta versão dantesca (leia-se ,p.f. ,"adrianesca" ...). Encontrada a pior solução , qto a mim . A malta,sendo que òbviamente é a rapaziada da bancada -bancada e da bancada -TV , sofre e pena com estas dolorosas estocadas (salvo - seja ! ) , não consegue rever-se neste complexo lopeteguiano (volta , Sigmund Freud , ajuda-nos a "entender " !...) e começa a questionar se o defeito está na peça ou se são "as peças" que não alcançam o sentir de mister Julen . Desde tempos em que a bola ainda não era tão redondinha como estas adidas de agora ,que se aplicava a máxima : em equipa -que-ganha-não-se -mexe! Não é assim ,convenhamos, pª o n/ mister que se compraz em manter uma nulidade em campo (o FCPORTO jogou com dez : 63 -sessenta e três ! - longos minutos ) substituí-o por um confessado " Quintero ,não-estava - em-condições - pª-ir-a- jogo ..." e ,notou-se bem ! e deixou no banco um dos melhores e que realmente pode (E FEZ ! ) a diferença , OLIVER , òbviamente . Como definir e avaliar toda esta "estratégia " ? O bestial de há dias atrás é a "besta " de ontem ?! Sem dúvida ! Custa ver como se vai entregando "o ouro ao bandido " , sabendo-se e constatando-se para além do mais ,como as coisas " estão sendo tratadas pelo outro lado "... e de que maneira ! Não há jornada "virgem " ,tão pouco imaculada , lá pela Luz ou fora da mesma , decorridos que são dez prélios . Finalmente um : " BRAVO ! " para o Tó Zé pelo profissionalismo e mais ainda pela tristeza que o seu rosto espelhava ,por ter tido a tremenda responsabilidade de converter uma g. penalidade contra "o clube do seu coração " ... Imagine-se o que hoje se diria se ele fosse o Jackson Martinez - o dos falhanços ,faço-me entender ? ... Honra ao Tó Zé seja feita e tomara que metade da categoria espelhada no mesmo , se pudesse projectar no Sr. Julen Lopetegui ...
    Abraço-o com amizade
    João Carreira

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