sexta-feira, maio 09, 2014

MENOS UM PARA JOGAR "À PORTO".

 
      OFICIAL: Castro assina com o Kasimpasa até 2017


                   Tinha a esperança de ver, um dia, CASTRO a jogar como titular na equipa principal do Futebol Clube do Porto. Pensava eu que as suas qualidades técnicas, a generosidade com que se entrega ao jogo, ser um jovem formado nas escolas do Clube, vindo ali de Gondomar onde nasceu e portista de coração, sobrariam para justificar que pudesse afirmar-se  como jogador "à Porto", seguindo o exemplo de outros que ao longo dos tempos souberam defender e honrar a camisola azul e branca. A desvinculação definitiva, hoje divulgada nos meios de informação para assinar um contrato com um clube turco, afasta definitivamente André de CASTRO Pereira de representar o FC do Porto.

                  O negócio tomou conta do futebol. Os jogadores são transaccionados como bens alienáveis, sujeitos às regras de mercado que perseguem o lucro e as mais valias. Leiloam-se em mercados mais ou menos abertos, negoceiam-se em acordos de complexa engenharia financeira onde entram empresários, fundos de investidores, bancos, permutas de mercadorias em forma de compensação, petrodólares, money, money, empréstimos e garantias. Negócio, comércio, compra e venda: mercadoria.

                A paixão e o amor ao clube já poucos sabem o que é. Só os adeptos mais ingénuos acreditam que é sentimento genuíno o gesto de beijar ou apontar para o emblema colado na camisola, mesmo que do lado esquerdo por cima do coração. Ou a abrirem muito a boca ou darem pulos e berros nos momentos de celebrar. Teatro, só teatro. Passa tudo logo no dia seguinte, com uma noticiazinha posta na boca de um "papagaio" a falar do interesse de um "grande clube" e o "produto" enche o ego em tal medida que se julga feito de ouro maciço! E, ou sai, ou mostra na realidade o que, de facto é: objecto de transacção.
               

             
                  

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