quarta-feira, outubro 17, 2012

DO GELO AS ESTEPES RUSSAS ATÉ AO FRIO CLIMA DA IRLANDA DO NORTE.

         

              Não tinha muita intenção de falar no blogue destes dois últimos jogos realizados pela selecção portuguesa, mas acabei por mudar de ideia sobretudo para anular os efeitos da ausência de actividade que vai já bastante longa. Tudo por causa da interrupção da Liga que obriga, à falta de jogos das competições internas, a desviar as atenções para os jogos da selecção. E a mim, o que verdadeiramente me motiva é o Futebol Clube do Porto e tudo a que ele diz respeito.

              Já lá vai o tempo em que sofria e bom sofrer com os jogos da "selecção portuguesa". Especialmente nos tempos em que ela se compunha na sua grande maioria por jogadores que actuavam em clubes nacionais e, se pertencessem ao Futebol Clube do Porto, a motivação era maior ainda. Actualmente, assisto aos jogos com muito menos emoção, vendo-os mais sob o ângulo da qualidade do jogo e dos jogadores que propriamente no sentido patriótico da defesa e representação de Portugal. Aliás, considero que é manifestamente excessiva e populista, a importância que se atribui a uma selecção nacional desportiva quanto à missão de representação da Nação portuguesa...

             Do gelo das estepes russas até ao clima de inverno que os irlandeses do norte trouxeram para o Dragão, há um percurso de enorme insucesso para a selecção que, em seis pontos possíveis que pareciam estar ali para colhermos de "mão beijada", apenas somou um, quase nada, que poderá significar a aposição do carimbo de "recusado" no acesso ao mundial de 2014, no quente, frenético e louco Brasil brasileiro!

            Na Rússia não foi só a falta que faz Raul Meireles na selecção de Ronaldo CR7, que justificou o justo triunfo dos czares. Foi a competência do italiano Capelo sobre um Paulo Bento tarimbeiro, que aposta tudo no madrilista "melhor do mundo" sujeitando todos os seus súbditos à servidão do senhor deus da bola, rival de Messi. Depois houve um Nani que, EM TODO o jogo não logrou UMA única jogada com sentido. 

            No Dragão, o que foram lá fazer cinquenta mil generosos e sempre confiantes cidadãos? Ver Portugal ganhar, quem admitiria outra coisa? Frustração! Nem Meireles, nem (outra vez!) Nani, nem Postiga, nem Cristiano (estaria em boas condições físicas?), nem ninguém, e, de novo, um treinador a ter que ver um adversário e jogar melhor que a sua equipa, muito segura do que queria fazer ao contrário da sua (nossa), serena, feliz também, bem adaptada às condições do tempo que fazia e a aproveitar cinicamente, à irlandesa, o brinde do golo que lhes garantiu o triunfo ainda nem estava sequer jogada a primeira parte.

            Adeus, primeiro lugar no grupo, vamos lutar para o segundo, diz o treinador. E nós não temos razão para discordar dele. Afinal, tem sido até agora o seu desígnio.

          

2 comentários:

  1. Amigo :

    De facto , a importância dada à Selecção Nacional
    (e ,lá fora , é igual ou pior) não se percebe.
    O futebol é mesmo um fenómeno !

    Abraço

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  2. Foi muito fraquinho, parece que só se motivam frente a grandes equipas e nos grandes acontecimentos...
    Já começamos a fazer contas, espero que não usem a calculadora do Gaspar... senão, xau Brasil!

    Abraço

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