sábado, abril 21, 2012

A "HORA DE CAMPEÃO", (TAMBÉM) PARA VÍTOR PEREIRA E YANKO.

           
foto Ricardo Júnior/Global Imagens
Vítor Pereira promete um F. C. Porto diferente e não pensa em demissão
   
              Vítor Pereira tem toda a legitimidade ao lembrar aos relapsos de memória que a Liga deste ano não deixou de ser competitiva pelo facto de o Futebol Clube do Porto ter conquistado a liderança mantendo uma diferença pontual de algum conforto em relação aos seus dois mais directos concorrentes, um dos quais, o sensacional Sporting de Braga, que, todavia, ontem à noite, foi a Paços de Ferreira enterrar as remotas possibilidades que ainda alimentava de chegar ao título nesta época. Partindo da desconfortável diferença de CINCO (!) pontos que há semanas atrás lhe conferiam a condição de simples candidato a um lugar de acesso à prova maior da Europa, a resposta dos Dragões às críticas dos especialistas fazedores de campeões da treta coloca-o nesta altura como o principal favorito à vitória final. 

                Preparando já o cenário de vir a ser o Melhor Clube de Portugal o justo vencedor da Liga, já não surpreende ninguém que as colunas de alguma imprensa e os microfones dos mídea afectos ao clube do regime, interessados em manter a clientela do mito da grandeza inatingível do clube da Dona Victória, venham agora opinar que este campeonato não (tem) teve competitividade por aí além, que o nivelamento das melhores equipas está feito por baixo, que o FC Porto só subiu na escala e nas exibições porque os outros estão mais fracos. Difícil, sim, complicado é encontrar argumentos que expliquem de forma entendível, para que toda a gente perceba mesmo aqueles que não se apercebem das lavagens cerebrais que lhes fazem, porque é que os azuis e brancos foram ao salão de festas sem luz do bairro de Benfica e ao AXA (nada mais nada menos que os dois mais ambiciosos candidatos ao título) arrancar dois triunfos claros e concludentes, e, a equipa que alimentava o sonho de estar na final de Munique ter acabado "no osso" no covil do leão em Alvalade, depois de se ter livrado por obra dos litros de cera ardida em louvor dos santinhos da "catedral das trevas", do Sporting de Braga, a segunda melhor equipa deste campeonato.

               Dependendo, apenas e só, de si próprio cabe ao Futebol Clube do Porto pôr os trunfos em cima da mesa e aguentar, firme, a parada. A situação privilegiada a que acedeu com toda a justiça é um tónico que vai favorecer e consolidar a sua condição de maior e mais valoroso aspirante à vitória final. Tem argumentos que os seus adversários não tiveram. É a altura de os apresentar, sem tibiezas ou hesitações.

               Vítor Pereira tem à sua disposição para o jogo de logo à noite contra o Beira- Mar o melhor plantel do campeonato, com apenas uma baixa: Álvaro Pereira, por suspensão disciplinar. Não há, teoricamente, riscos acrescidos neste confronto que ponham em dúvida o favoritismo do leader, quiçá futuro campeão. O FC Porto é muito melhor equipa, a maioria dos seus jogadores tem craveira de elite, joga perante um Estádio que vai encher por completo o recinto Mais-Belo-da-Europa, não deve desperdiçar esta oportunidade de manter as distâncias que angariou, e, em homenagem a Jorge Nuno, tem obrigação de  oferecer-lhe uma vitória concludente em forma de homenagem pelos gloriosos TRINTA anos que já leva a azucrinar a multidão de "infiéis" que ainda terão de rezar anos a fio para se verem livres dele.

                 Apesar de não ser a primeira prioridade (a vitória no jogo e no campeonato é que devem ser), acho que, quer Vítor Pereira quer Yanko, podem (e devem) agarrar nestas últimas quatro jornadas as oportunidades de provarem que foram (são) apostas ganhas do PRESIDENTE DOS PRESIDENTES.

              
               

            

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