Vítor Pereira e Pinto da Costa cumprimentam-se ( lusa)
André Villas-Boas apareceu no Futebol Clube do Porto como um cometa deslumbrante, com um brilho tal que o mundo azul e branco andou seis meses a olhar para o firmamento ofuscado pela luz que irradiava da sua cauda de poeira incandescente, nem querendo saber que os fenómenos desta natureza têm tanto de efémeros como fortuitos. Como um mago da prestidigitação, conseguiu na sua primeira época no Clube (e, praticamente, na carreira de treinador) construiu um equipa pouco menos que imbatível, vencedora em todas as competições em que prioritariamente entrou com o objectivo de as ganhar, arrasadora para a concorrência emudecida pela falta de argumentos perante a evidência comprovada.
Contribuiu, de forma inequívoca, para uma das mais gloriosas páginas da história do Futebol Clube do Porto.
Sendo um confesso simpatizante do Clube azul-e-branco os seus êxitos eram duplamente festejados o que lhe conferia uma estima acrescida no seio da família portista. A afirmação; à chegada, de que tinha conseguido aceder à sua "cadeira de sonho", foi glosada à exaustão e os adeptos orgulhavam-se dela.
Depois de tudo o que foi vivido em tão reduzido espaço de tempo, não é fácil aceitar sem mágoa aquilo que, à primeira análise, se pode confundir com uma traição. André Villas-Boas, cedeu ao chamamento dos seus interesses materiais, terá abafado as razões profundas que o seu coração lhe ditava e "vendeu" o sonho que, há muito, tinha sonhado.
Compreende-se, a decisão mas não é difícil a aceitação. Tudo decorreu de forma legal, sem dúvidas ou quezílias e a entidade onde prestava os seus serviços foi ressarcida da compensação indemnizatória. É o funcionamento normal da indústria futebol e mais uma estocada fatal no amor à camisola de tempos idos de que, actualmente, já poucos restam vivos para o atestar.
De tão rápida que foi a escolha de Vítor Pereira para ocupar o cargo de técnico principal do FC Porto, não me ficam quaisquer dúvidas de que as suas qualidades há muito são reconhecidas no seio da estrutura portista. Sem hesitação, Jorge Nuno Pinto da Costa confiou-lhe a grande responsabilidade de assumir o comando de uma equipa ganhadora, moralizada, que vai disputar a maior prova do futebol europeu. Aplaudo, sem reservas, esta decisão reveladora da organização que impera no Clube, parecendo denunciar que a alteração era esperada e a nomeação de Vítor Pereira a que melhor satisfará as exigências do lugar.
O Futebol Clube do Porto continua. Os homens passam...
Agora Vítor Pereira é o nosso treinador, com o qual eu já simpatizava e, depois do que aconteceu, desejei como solução. E vamos continuar a ganhar!
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Excelente post!
ResponderEliminar... "André Villas-Boas, cedeu ao chamamento dos seus interesses materiais"...
Quanto a isto , não tenho as tuas certezas !
Um abraço