segunda-feira, março 11, 2019

BOAS FOGAÇAS NA RESSACA DO FESTIVAL DE ACESSO AOS QUARTOS EUROPEUS.


Primeira Liga 
25.ª jornada 
Estádio Marcolino de Castro, Feira 
TV - Hora: 20:00 
Tempo: bom 
Relvado: bem tratado
Assistência: 5414 (a maior da época)
2019.03.10 (domingo)

        CD Feirense, 1 - FC DO PORTO, 2 
                                   (ao intervalo: 1-2)

CD Feirense alinhou com: Caio Seco, Edson Farias, Flávio Ramos, Briseño, Vítor Bruno, Tiago Silva, Aly Chazal, Babanco, aos 79' Edinho, Sturgeon, aos 50' Crivellano, João Silva e Luís Machado, aos 89' Ofori.
Equipamento: oficial tradicional de cor azul
Treinador: Filipe Martins.

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Éder Militão, aos 85' William Manafá, Felipe, Pepe, Alex Telles, Otávio, aos 85´Óliver Torres, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Jesús Corona, Tiquinho Soares e Moussa Marega, aos 70' Yacine Brahimi. Suplentes não utilizados: Vaná, Maxi Pereira, Adrián López e Fernando Andrade.
Equipamento: alternativo cinza
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Artur Soares Dias, AF do Porto. 
Auxiliares: Rui Licínio/Inácio Pereira
 4.º árbitro: João Pinho 
VAR: Vasco Santos
AVAR: André Dias.

Escolha de campo: CDF: s/n 

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 4' num auto-golo de FELIPE. Ao tentar cortar a possibilidade de remate de um adversário já dentro da área, o central portista desvia a bola fora do alcance de Iker Casillas; 1-1 aos 18' num fortíssimo remate de cabeça de DANILO PEREIRA, na conclusão de livre de canto elevando-se acima dos adversários concentrados à frente da baliza; 1-2 aos 35' por intermédio de PEPE, a pôr fim a uma "embrulhada" dentro da área com participação de vários avançados do FCP e do CDF e ressaltos de bola concluída com intervenção rapidíssima do internacional português.

    Na ressaca da extraordinária jornada europeia vivida no Dragão em que o Futebol Clube do Porto eliminou a equipa italiana AS Roma para entrar fulgurantemente nos quartos da Liga dos Campeões, numa partida épica com mais de cento e trinta minutos de duração, o Futebol Clube do Porto voltou à realidade do futebolzinho luso em Vila da Feira, aonde se deslocou para defrontar o último da tabela classificativa da competição. E, como era previsível acontecesse, a vitória sendo suada e difícil, foi inteiramente merecida. 

    O CD Feirense  cumpriu o plano que a sua equipa técnica concebeu e preparou especialmente para tentar obter o lucro possível de um adversário superior em valores coletivos e individuais. Tentou um modo de atuar prático e extremamente competitivo, com lançamentos longos quase sempre bem sucedidos tentando chegar o mais rapidamente possível à frente de ataque e beneficiar de um momento menos atento da defesa portista. Um golo obtido ainda as luzes do acanhado estádio feirense não tinham aquecido, foi um tónico para as esperanças dos fogaceiros que todavia não se veio a confirmar.

    E, depois, recorrentemente, todos se esfolam por abater o Dragão, ainda que seja a última façanha das suas vidas.

    Porque a energia do Dragão não estava esgotada e havia pela frente tempo que bastasse, os atletas portistas reagiram à improvável desvantagem inicial, tendo chegado à reviravolta antes de ir para o balneário, e muito perto de acrescentar outro valor antes do último bafo da primeira parte. Nem a desagradável e prejudicial quebra da luz de uma das torres os desmobilizou. No período complementar e apesar das mexidas introduzidas nos sistemas táticos e nas trocas permitidas nas peças do xadrez pelos respetivos técnicos, o panorama não sofreu alterações significativas mantendo-se até ao fim da partida algum suspense quanto ao desfecho final dos números, que, em abono da verdade e atendendo à escassa diferença, poderiam vir a ser alterados para qualquer dos lados em lances mais felizes.

    Artur Soares Dias não encontrou nem criou grandes complicações para dirigir a partida. Agiu com senso e moderação em jogadas mais viris dos jogadores feirenses julgando-as como atos decorrentes da sua entrega e da vontade em quebrar a série negativa de resultados que os levou à situação de despromoção iminente. Parece-me contudo que ficou muito aquem das compensações adequadas de tempo de jogo, ao conceder apenas sete minutos na interrução por avaria numa das torres de iluminação e esqueceu o referente ao primeiro tempo no decorrer do qual houve paragens para assistência a jogadores.

  

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