domingo, agosto 07, 2016

SINAIS, BONS SINAIS.


(O Jogo online)

Jogo de preparação (último)

Estádio do Dragão, Porto, Portugal.
2016.08.07 - 21:30 horas
Espectadores: 46 110
Equipamento: 1ª parte: tradicional
                     2ª     "     alternativo (preto)

                     
                  FC do PORTO, 1 - Vilareal (Espanha), 0
                                       (ao intervalo: 1-0)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Ivan Marcano, Felipe, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), André André, Corona, André Silva e Otávio. Jogaram mais: aos 72', Diego Reis, Rúben Neves, Miguel Layún, Ádrian Lopez. Aos 89' entraram: João Carlos Teixeira, Bueno, Silvestre Varela e Evandro. Suplentes não utilizados: Yassime Brahimi, Aboubakar e José Sá (g.r.).

Treinador: Nuno Espírito Santo.

Árbitro principal: Manuel Oliveira (AF Porto)

GOLO: aos 13' Alex Telles lança, pela esquerda, Otávio que ganha o lance na disputa com um defesa e,  na linha de fundo, controla a bola sobre o risco, serve André Silva que liberto de marcação emenda de pé esquerdo sem dificuldade. Grande mérito de Otávio.

     Já não restam dúvidas quanto às escolhas definitivas de Nuno Espírito Santo que ontem à noite num Dragão cheio de esperança repetiu a constituição da equipa que atuou em Guimarães, trocando apenas José Sá por Iker Casillas, ficando deste modo confirmada a intenção de criar uma equipa com nova atitude, capaz de produzir bons espetáculos e melhores resultados do que tem vindo a obter nas últimas épocas. Sem que se possa dizer que o FC do Porto logrou uma grande exibição contra o quarto classificado da primeira Liga espanhola, é incontestável a existência nesta equipa de sinais encorajadores que auguram excelentes perspetivas quanto ao êxito das prestações futuras. Encontradas as pedras certas e o modelo de jogo ajustado às intenções do novo técnico, a esta "nova" equipa precisará (apenas) de um maior asserto dos movimentos coletivos e rotinas consolidadas para atingir um nível competitivo de maior exigência e qualidade.

       O FC  do Porto experimentou dificuldades em assumir a liderança da partida conseguindo ultrapassar o melhor jogo coletivo do seu adversário através da garra, solidariedade entre todos os setores e uma entrega inexcedível dos jogadores à luta pela posse da bola. Marcou cedo num lance bem executado e melhor concluído, um tanto feliz e quiçá imerecido face ao que até ao momento tinha feito. A par de algumas jogadas bem gizadas com intervenção de vários jogadores, sucederam-se outras que nem sempre acabaram como seria desejável com perigo para os espanhóis, acabando anuladas por ação dos adversários mas,  também, por imprecisão de passes e más opções. Haja tempo (e sorte) para melhorar sem que a fatura a pagar seja dolorosa.

         Ao contrário do que tinha feito em Guimarães a defesa fez, agora, bem melhor. Quer Marcano, quer Felipe lograram não cometer erros de vulto e começam a entender-se nas posições que cabem a cada um. Maxi faz-se valer da experiência para superar algumas carências de princípio de época e, no lado oposto, Alex Telles afirma-se como candidato firme ao lugar. No meio campo esteve a virtude com a  tolerância devida nesta fase inicial, com Danilo Pereira a perseguir a melhor forma física, tal como André André. Hèctor Herrera é valor confirmado e dentro em breve estará ao seu melhor nível. Na frente, Jesùs Corona sacrificou ontem o brilho individual aos interesses da equipa e cumpriu muito bem. Quer Otávio, quer André Silva são a coqueluche do momento nesta equipa promissora, com o jovem português de apenas vinte anos a confirmar a sua classe de futuro grande ponta de lança da equipa, ao  nível de um Falcao ou Fernando Gomes.

         Entre os que entraram no jogo vindos do banco, Miguel Layún, Ádrian Lopes e Bueno, exibiram pormenores com a qualidade que lhes é reconhecida.

         Há um espírito novo que anima e transformou esta equipa. Para bem melhor. O Dragão recupera a alma, o ambiente desanuviou-se e os adeptos acreditam. Retomado o rumo, é a hora de unir esforços, acreditar, saber sofrer e ter esperança de alcançar os objetivos que hão de conduzir de novo o glorioso Futebol Clube do Porto ao caminho do sucesso que foi capaz de alcançar ao longo da sua História.

         Bom trabalho da equipa de arbitragem conduzida pelo árbitro portuense Manuel Oliveira.


   




3 comentários:

  1. Gostei do jogo sem dúvida , mas não é dele que venho falar, se bem que esteja relacionado. André e Octávio são a prova de que temos de começar a olhar com mais seriedade para os valores internos em vez de procurar sempre lá fora o que precisamos na equipa. Se formos a ver os valores gastos até agora (crédito mal parado...) nos jogadores importados que temos ( ou gostaríamos?) de despachar nesta época e de pôr as mãos à cabeça...
    Senão fosse o desespero, o André Silva teria agora reconhecido o potencial que tem???
    E outro caso de desperdício o Gonçalo Paciência, alguém viu o golo dele à Argentina? Posso estar enganado, mas para mim o André não seria agora o que se lhe reconhece senão tivesse oportunidades em casa na primeira equipa. E que eu me lembre sempre, que se deu oportunidades ao Gonçalo na equipa principal sempre se portou bem. Há jogadores que se deixam ir mais abaixo quando não são reconhecidos e o Gonçalo é Portista e como tal sofre maior do que os outros...

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  2. Não discordo totalmente do conteúdo do comentário acima inserido. Muitas coisas diferentes do que antes se verificava acontecem hoje no Clube sem que haja explicação plausível para serem compreendidas por um adepto comum. Eu acredito que havemos de voltar às boas práticas antigas.

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  3. Ainda é cedo para se ter melhor ideia, mas neste momento reina a esperança. Gostei de muito do que vi no sábado, embora estes jogos sejam o que são. Há que esperar por sábado próximo e sobretudo pelo futuro adiante. Tenho fé no Nuno, ainda que também pense que o trabalho de casa dos dirigentes ficou muito a desejar, por enquanto. Contudo temos de ter fé em melhores dias.
    Armando Pinto

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