sábado, agosto 13, 2016

OBJETIVO CUMPRIDO.





 (O jogo online)

Liga NOS
1ª Jornada
Estádio dos Arcos, Vila do Conde
2016.08.12

             Rio Ave, 1 - FC do PORTO, 3
                                     (ao intervalo:1-1)

FCP: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Ivan Marcano, Alex Telles, Danilo Pereira, André André, Hàctor Herrera (C) Jesùs Corona, aos 81' Àdrian Lopez, André Silva, aos 77' Depoitre e Otávio, aos 68' Miguel Layún.
Equipamento: alternativo de cor amarela. 
Público: muitos adeptos portistas.                                                                                                                                                            
 Treinador: Nuno Espírito Santo

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

MARCADOR: 1-0 aos 36', por Marcelo;: 1-1 aos 40' por Jesùs Corona; 1-2 aos 52' por Hèctor Herrera e aos 60' por André Silva (g.p).

              
        A vitória é o primeiro objetivo de qualquer equipa e o triunfo em Vila do Conde na jornada inicial da Liga confere ao Futebol Clube do Porto uma dose acrescida de vantagens imediatas quer no sentido prático que os pontos alcançados representam quer pelos os ganhos de confiança  que o conjunto  em estruturação necessita face às alterações que o novo treinador tem vindo a fazer. No cômputo final a imagem que a exibição nos mostrou foi a de uma equipa lutadora, dinâmica, solidária e recheada da bons executantes, com princípios e processos novos em execução  mas ainda a necessitar de melhor entrosamento, aperfeiçoamento de passe e rotinas consolidadas. Há, agora, maior intenção de não lateralizar e duplicar passes, maior rapidez e mais unidades nas transições ofensivas embora de forma ainda demasiado precipitadas e demasiada instabilidade na resolução das ofensivas do adversário sobretudo no que compete ao entendimento da linha média com a defesa. Com a máquina no trilho certo só a marcha sem acidentes de percurso ajudará a expurgar as maleitas que por agora afetam a rápida recuperação da saúde do doente.

         Não sendo brilhante a  partida foi bem disputada e o futebol aceitável para início de época. O Rio Ave chegou primeiro ao golo num lance em que Marcelo aproveitou a passividade da defesa portista percorrendo dez metros para desviar de cabeça a bola para o segundo poste sem hipótese para Casillas. Quatro minutos depois Corona empate num remate acrobático na conclusão de lance iniciado na esquerda por Telles seguido de centro para o meio da área onde André Silva toca de cabeça para as suas costas e o mexicano remata de pronto. A reviravolta veio num excelente remate do capitão H. Herrera de fora da área ao ângulo da baliza, num serviço (mais um) de Otávio. Um grande golo! O resultado final foi fixado na conversão de um pontapé de grande penalidade a castigar falta de Marcelo sobre Otávio que lhe ganhara posição e se encaminhava para a baliza de Cássio, executada por André Silva e defendida pelo guarda redes vilacondense no primeiro remate e emendada pelo avançado portista em pontapé de recarga.

         Individualmente valorizo as exibições de Otávio, Corona e André Silva, os jogadores do momento da equipa. No miolo não esteve a virtude com pálidos desempenhos de Herrera (não obstante o belo remate do segundo tento), André André e Danilo Pereira, este a acusar claramente falta de ritmo embora tenha melhorado no dealbar da partida por afrouxamento da pressão do adversário. A defesa "despachou" tudo que pôde e resolveu a maior parte dos problemas de forma prática sacudindo o perigo à força do alívio sem preocupações da direção a dar ao esférico. Felipe melhorou mas ainda anda à procura do seu espaço. Alex Telles esteve aquem de desempenhos anteriores. Maxi Pereira joga na experiência e vai garantindo o lugar. Casillas com boas intervenções.

          Dos suplentes utilizados Miguel Layún entrou muito bem na partida e fez trabalho útil. Àdrian Lopez teve menos tempo, mal deu para aquecer. LAURENT DEPOITRE foi uma surpresa agradável. Nunca o tinha visto em ação (nem sequer em fotografia) e os dados conhecidos de 1,91 m de altura e 91 kg de peso levavam-me a configurar Santa Camarão, um pugilista dos anos cinquenta que batia como um desalmado nos rings. Mas o engenheiro belga mostrou não o ser apenas de diploma e de riscar plantas no estúdio. O jogador gosta de explorar as zonas do campo, cobre a bola, vai até à direita, recua ao meio campo a desbravar espaços, passa pela esquerda e faz tudo para estar no sítio certo a tempo de receber a bola -dentro da área. Foi pouco tempo, mas fiquei "com água na boca". Vamos esperar para confirmar o que me pareceu poder vir a valer para melhor o poder físico e altura dentro da zona da baliza adversária.

           Fábio Veríssimo, o árbitro de Leiria, salvo um ou outro pormenor conseguiu trabalho equilibrado. No lance da grande penalidade pareceu-me ter agido segundo as instruções atualizadas para estes lances dentro da área, as quais dão maior poder discricionário ao juízo das faltas que não deixarão de ser polémicas. Na expulsão de Alex Telles a punição da mão na cara do "artista" vilacondense foi  assinalada pelo juiz de linha, existe, todavia não pareceu agressão. Se houver critério igual com outros protagonistas, tudo bem.

        

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