sábado, agosto 20, 2016

SENTIDO ÚNICO.



(Corona: "Estes jogos são os mais difíceis")

(O Jogo online)
Liga NOS
2ª Jornada
Estádio do Dragão, Porto.
2016.08.20

                       FC do PORTO, 1 - Estoril Praia, 0
                                  (ao intervalo: 0-0)

GOLO de ANDRÉ SILVA, aos 84', na sequência de um passe de Miguel Layún para o centro da área com desmarcação perfeita do ponta de lança portista a contornar o defesa e a desviar a bola com a cabeça para o poste contrário sem defesa para Moreira. Belo golo!

O Estoril Praia fez um jogo excecional em termos de estratégia defensiva, nunca recorreu ao anti-jogo ou à dureza na disputa dos lances e em dois momentos em que atirou à baliza de Casillas causou algum perigo. Não merecia perder por maior diferença, ainda que o FC do Porto tivesse criado boas oportunidades para avolumar os números finais.

JESÙS CORONA foi o que mais trabalhou no conjunto das camisolas azuis e brancas.

A defesa e Casillas conseguiram manter a baliza do Porto inviolada. 

O guarda-redes do Estoril Praia, MOREIRA, defendeu tudo o que tinha defesa.

Se o FC do Porto jogar em Roma como fez o Estoril no Dragão talvez a Liga dos Campeões não seja um caso perdido.

O FC do Porto alinhou: IKer Casillas, Maxi Pereira, Ivan Marcano, Felipe, Miguel Layún, Rúben Neves, Hèctor Herrera (C), aos 69' Sérgio Oliveira, Otávio, aos 69' André André, Jesùs Corona, André Silva e Silvestre Varela, na segunda parte Ádrian Lopez.

Árbitro: Luís Ferreira (AF Braga)

          Estavam decorridos apenas 4' de Jogo quando Jesùs Corona fez o primeiro de meia dúzia de bons centros para a área que executou no decorrer da partida e Silvestre Varela foi impedido com um empurrão de um defesa de concluir o lance. Penalti por assinalar que, a ser transformado, alteraria completamente o rumo do que o jogo tomou depois durante 84'.

          O FC do Porto jogou todo o primeiro tempo num ritmo de cruzeiro o que, dispondo apenas de metade do relvado porque quase toda a equipa do Estoril Praia defendia nesse espaço, com muito acerto, quase todos as jogadas morriam nos passes e dribles tentados ou eram desperdiçadas nos remates sem perigo para a baliza de Moreira, ou a bola devolvida pela defesa forasteira quando não era enviada fora dos três postes da baliza. O Porto atacava muito e mal, os centros caiam na zona da defesa do Estoril como chuva no inverno, quase sempre enviados por alto, repetidos e previsíveis e, quando eram precisos e perigosos como os que Jesùs Corona executava, eram desaproveitados pela ineficácia dos avançados portistas. No meio campo Hèctor Herrera baralhava o jogo, passava mal emperrando o desenvolvimento dos lances, Silvestre Varela não dava seguimento adequado a uma jogada, embrulhava-se com a bola, driblava para trás, entregava-a ao adversário que atuava sereno, concentrado e astuto só se aventurando duas vezes em corridas de contra ataque que morriam nos cortes da defesa da casa.

          NES só reagiu depois do intervalo deixando Silvestre Varela a "descansar" no balneário fazendo entrar Ádrian López. O espanhol não teatingido ainda o melhor grau das suas capacidades mas o novo esquema introduzido pelo treinador dos Dragões revelou que a sua convocação era necessária e foi atempada. Por outro lado a velocidade de jogo da equipa da casa aumentou e a pressão sobre a sólida defesa estorilista  anunciava a proximidade do golo da tranquilidade que, contudo, só viria a verificar-se a 5' do tempo regulamentar num lance simples nas fatal para a equipa da linha, entre Miguel Layún e André Silva. 

         A equipa portista está ainda numa fase de consolidação das mudanças introduzidas com a chegada da nova equipa técnica, estando ainda longe de constituir uma equipa mandona e temível. Passa ainda por dificuldades de entrosamento e de confiança sendo contudo notável a sua vontade de fazer bem as coisas e de fazer o melhor possível. Há que melhorar o passe, evitar que dois jogadores vão à mesma bola sem adversário por perto, aperfeiçoar as rotinas básicas de entendimento e aumentar muitas vezes a eficácia de remate. É inacreditável que nem um dos dezassete (!!!) cantos que executou terminasse com a bola no fundo da baliza e que, sendo isto constatável, todos eles tivessem sido executados da mesma maneira.

       O Estoril Praia apresentou-se no Dragão com um sistema de jogo ultra defensivo confiando na sorte para causar uma surpresa que até poderia ter acontecido. Mariano Soares tem o direito de aplicar a tática que melhor serve os interesses da sua equipa e se o seu plano não inclui o anti jogo, como ontem se verificou merece todo o respeito. o Estoril Praia foi ontem uma equipa disciplinada taticamente, muitíssimo solidária, serena e sólida a defender e honesta nos processos que utilizou, tendo sido bafejada pela sorte que dá um trabalho de caraças a ganhar as suas graças.

       Iker Casillas não trouxe a "gralha" do costume e Maxi Pereira, Ivan Marcano e Felipe não tiveram que resolver problemas complicados. Miguel Latún, mais médio que defesa foi dos que mais participou para que a equipa reagisse ao marasmo do primeiro período. O capitão Hèctor Hererra tarda em limpar o seu espaço e tropeça demasiado com a bola nos pés. Rúben Neves conseguiu ultrapassar o trauma da "desfeita" do NES contra a Roma e realizou um bom jogo. Otávio terá feito o pior dos jogos desde que entrou na equipa. Aceita-se pelo esforço que tem feito e pela proximidade da visita a Roma. Silvestre Varela decepcionou, teve meia parte a mais dentro do relvado. Jesùs Corona trabalhou muito para a equipa e da meia dúzia de centros executados nem um merece menos de vinte valores. André Silva batalhou muito contra uma defesa de betão, forte e assertiva, marcou de novo um golo decisivo, contudo não esteve muito feliz na conclusão dos lances e no domínio de bola que possui em alto grau. Dos que entraram no decorrer do jogo, Ádrian López foi o que melhor efeito causou na melhoria do ataque; movimentou-se muito tentando abrir o bloco defensivo e aliviar a pressão sobre o ariete André Silva, sendo a sua exibição positiva. Sérgio Oliveira entrou mal mas melhorou e André André não teve jogadas de rasgo individual.

         Em dois jogos iniciais da prova maior desta época, o Futebol  Clube do Porto já pode concluir que as arbitragens não irão mudar. Depois de Vila do Conde haver acontecido uma expulsão forçada para equilibrar as contas, ontem foi um penalti que ficou por marcar logo aos 4' minutos que, a ser convertido, teria necessariamente reflexos decisivos no desenrolar da partida. De resto, Luís Ferreira da AF de Braga, até nem teve trabalho difícil de fazer porque, vejam só, o Estoril Praia apenas cometeu TRÊS faltas em toda a partida contra dez dos Dragões.

3 comentários:

  1. e ainda ha alguem que acha o adrian um jogador da bola..........

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  2. Amigo :

    Nunca deixei de acreditar ... Resultado justo !

    Abraço

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  3. Esperemos agora que o Estoril não vá jogar "olhos nos olhos" contra outos candidatos ao título...

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