sexta-feira, fevereiro 19, 2016

NÃO SERÁ FÁCIL MAS NÃO É IMPOSSÍVEL A REVIRAVOLTA NO DRAGÃO.


 Dortmund-FC Porto: Peseiro esteve em risco de perder o único central que tinha
 (Maisfutebol)

Liga Europa
1/16 - 1ª Mão
Em Dortmund - Alemanha
Estádio Westefalenstation, 66 000 espect.
2016.02.18

             Borússia Dortmund, 2 - FC do PORTO, 0
                                  (Ao intervalo: 1-0)

FCP - Iker Casillas, Silvestre Varela, Martins Indi, Miguel Layún, José Angel, Sérgio Oliveira (76' Evandro), Rúben Neves, Héctor Herrera (cap.), Yasim Brahimi (59' André André), Aboubakar (aos 86' Suk) e Marega.
Treinador: José Peseiro
Equipamento: tradicional.

Árbitro: Luca Banti (Itália)


Marcador: 1-0, aos 6', na sequência de pontapé de canto, com Iker Casillas a defender um primeiro desvio da bola e Piscezelk a atirar de cabeça, perante a passividade da defesa portista.

 2-0, aos 71' na sequência de uma jogada coletiva do ataque dos alemães com o esférico a sobrar para Reus, que à entrada da área executou um remate forte o qual foi desviado por Martins Indi tirando Casillas do lance.

      A vitória do Borússia Dortmund não surpreende face ao que foi a realidade do encontro para o qual o Futebol Clube do Porto partiu em condições de debilidade por não poder contar nesta deslocação muito difícil com alguns dos seus jogadores mais relevantes. Com Maxi Pereira e Danilo Pereira a cumprirem castigo, Ivan Marcano lesionado, Chidozie não inscrito na Liga  e com Maicon excluído por decisão interna disciplinar, o treinador foi forçado a alterações profundas na constituição e estrutura da equipa numa partida antecipadamente considerada de grande valor competitivo. Silvestre Varela, com uma carreira longa a jogar no ataque, foi ocupar o lugar de Maxi, Miguel Layún de defesa esquerdo passou a central e, para o seu lugar entrou José Angel. O meio campo com o impedimento de Danilo e André André em gestão de fadiga muscular foi entregue a Rúben Neves e, com alguma surpresa, a Sérgio Oliveira. No ataque, com Brahimi e Aboubakar como habituais titulares, entrou Marega em detrimento de Jesús Corona.

      Os primeiros trinta minutos decorreram com muita dificuldade para o conjunto portista com os jogadores incapazes de acertarem as marcações e denunciando incapacidade em ter a bola e a errar muitos passes nas tentativas de saídas para o ataque. Os alemães evidenciavam muita tranquilidade e segurança no desenvolvimento das jogadas e assumiram claramente a sua supremacia na partida. Com o meio campo a subir de produção a equipa portista deu um ar de poder suster a avalanche inicial do boldozer alemão e, aos 34' chegou à baliza contrária numa boa jogada com Sérgio de Oliveira a executar um remate forte mas à figura do guarda-redes.

      Em termos de maior produção de jogo o segundo período foi melhor do que o primeiro e, após ter sofrido aos 71' o segundo golo e com as substituições feitas por Peseiro, o FC do Porto foi mais agressivo e poderia mesmo ter feito um golo quando Suk, dentro da área rematou contra um defesa. Foi a grande oportunidade do Porto nesta partida, mas, antes, foi Iker Casillas, aos 85' a desviar com a ponta da luva para o poste direito da sua baliza uma cabeçada para golo, na melhor defesa do encontro.

      A derrota por dois golos sem resposta não é bom resultado mas não fecha a discussão da eliminatória. Há para jogar, agora no Dragão, a segunda parte e não obstante a categoria do adversário não está de modo algum impossibilitada uma reviravolta que permita o FC do Porto prosseguir na prova podendo contar com os jogadores neste momento impedidos.

       Yassim Brahimi foi totalmente anulado e a sua menor influência refletiu-se na baixa fluidez do ataque Terá saído do jogo demasiado tarde. Héctor Herrera tentou sem conseguir unir as pontas do meio campo portista, apenas saindo da mediocridade quando Rúben e Sérgio assentaram o seu jogo. José Angel esteve sempre muito comedido nas suas ações e não comprometeu. 

       Destaque maior merece Miguel Layún; Martins Indi, Iker Casillas, Silvestre Varela, Aboubakar e Marega, lutaram pelo melhor desempenho possível; Evandro, André André e Suk foram opções de Peseiro bem sucedidas.

       Luca Banti, se não estudou em colégio alemão, deve ter lido muito sobre o que representou o compatriota Mussolini para a Alemanha nazi. Os jogadores do FC do Porto e os seus dirigentes não participaram na derrota da Itália.



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