domingo, novembro 29, 2015

YACIME BRAHIMI E IKER CASILLAS ROMPERAM O MANTO PROTETOR.


Paulo Novais/Lusa
Casillas defende penálti e permite ao FC Porto vencer o Tondela

Liga NOS 2015/16
11ª Jornada
Estádio Municipal de Aveiro


                   GD de Tondela, 0 - FC do PORTO, 1
                                         (Ao intervalo: 0-1)

FCP: Casillas, Maxi Pereira, Martins Indi, Ivan Marcano (aos 48, Rúben Neves), Miguel Layún, André André, Danilo Pereira, Héctor Herrera, Iacim Brahimi (aos 77', Maicon), Aboubakar, Bueno (56', Crsitián Tello).

Árbitro: Manuel Mota (AF Braga)

GOLO: Yacim Brahimi, aos 28', num remate de pé esquerdo com a bola em arco iris a descrever uma trajetória com efeito até ao canto superior direito da baliza sem a mínima chance de defesa! Uma jóia da valor incalculável que faz a fortuna de qualquer garimpeiro e define a categoria de um predestinado do futebol!


                  A jogar como se viu nestes dois últimos jogos, o Futebol Clube do Porto corre grande risco de repetir os resultados desastrosos da época anterior. Defrontando um adversário primodivisionário em campo neutro e a ocupar (quiçá  imerecidamente) a última posição da tabela classificativa, a equipa portista só escapou ao um empate seriamente comprometedor graças ao génio argelino Yasmim  Brahimi que "inventou" um golo para a galeria do Museu by BMG e da sagacidade de Iker Casillas que travou outro, defendendo uma grande penalidade a pouco mais de dez minutos o termo do encontro.

                  A juntar ao desnorte e entorpecimento do Dragão em crise, a interferência no desenrolar do jogo de uma das pragas (a outra é o Cosme...) de Braga, um tal Mota dos ratés pelo apito, que dos três olhos o único que verá alguma coisa anda tapado com os calções...

                  O que menos se entende no Futebol Clube do Porto é a apatia generalizada da equipa e do ritmo com que a bola gira de jogador para jogador, bem como a incrível estatística dos passes falhados ou intercetados pelo adversário. Não há nervo, raiva, velocidade na equipa azul e branca, a não ser em André André (alma portista!) e poucos mais.
Talvez os portistas como eu tenham alimentado grandes expectativas quanto ao valor do individual dos jogadores desesperando, agora, perante a constatação de que muitos deles não são assim tão valiosos nas suas capacidades como era suposto, estando longe da cotação que lhes foi atribuída. Não raras vezes, vejo em equipas modestas mais virtuosos do que alguns que vestem a gloriosas camisolas das listas azuis e brancas. Por onde anda Aboubakar, Imbula, Maxi e...

                  Não entro no número dos que acham que Julen Lopetegui deve ser despedido nesta altura da época. Como qualquer outro treinador no mundo tem direito e obrigação de tomar decisões e só erra quem as toma. O que a nós,. treinadores de segunda feira, nos parece óbvio não conta para quem tem todos os dados na mão e, com base neles, faz opções. Posso admitir sem esforço que André André terá necessariamente que fazer parte de um onze, seja em que estratégia for, mesmo que para isso tivesse que sacrificar-se o guarda redes! Mas, ninguém pode desmentir que o Futebol Clube do Porto já ganhou imensos jogos, até contra o fiável e extraordinário poveiro, para mais filho de uma glória do nosso Clube. Já agora, um desafio para quem entende que o nosso Presidente não avalia os méritos das equipas do Olival: peçam-lhe que contrate o Petit, acaba de pedir a demissão de treinador do Boavista, ou, um treinador de atletismo para obrigar os jogadores a correr.

                 Iker Cassillas e Brahimi ressarciram-se ontem da noite negra da derrota contra o Dínamo de Kiev, no Dragão.  Depois deles, a vulgaridade com exceção óbvia de André André, e depois  Bueno, Rúben Neves, M. Indi. Pouco, muito pouco. 

                 Mota & Cª só viram no campo uma equipa e um treinador. Aos 17´e 26´já tinha notificado para a expulsão, Martins Indi e Marcano, repetivamente. Assinalam, um em cada parte do jogo,  dois fora de jogo inexistentes; numa jogada em que André André entra na área com a bola à sua frente e é tocado num pé com o golo à vista desarmada, desequilibra-se mas não se atirou para o relvado e, sendo assim,  não houve penalti (nem amarelo, claro). Mas viu, como um abutre um cadáver, falta para o golpe de misericórdia no Dragão num desarme de Maicon dentro da área; Julen Lopetegui estava "debaixo do olho" virtual do magarefe Mota e, como não vai em sinais, expulsa-o. É de Braga, uma praga!

                 Se tenho algumas virtudes a esperança é uma das maiores. Sou crente em questões religiosas. O Futebol Clube do Porto é, para mim,  uma religião.
                

                 

                 

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