quarta-feira, novembro 21, 2012

DÉFOUR DE ALTA TENSÃO DINAMIZOU O CAMPEÃO.

        
 
Maestro Moutinho assina 150.ª vitória internacional
   Liga dos Campeões

             Estádio do Dragão (O Mais Belo da Europa)
             2012.11.21

               FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3 - Dínamo de Zagreb, 0
                                 (ao intervalo: 1-0)
             (GOLOS: 20', Lucho; 67', Moutinho; e, aos 85', Varela)

             Todas as condições estavam reunidas para que o Futebol Clube do Porto alcançasse esta noite no Dragão uma vitória tão tranquila quanto esperada. Nem a bola que bateu no interior do poste da baliza do senhor guarda-redes do FC Porto, de seu nome Helton, logo aos 13', recusando o golo ao Dínamo teve um efeito de descrença em relação ao que haveria de ser o resultado final.

             A equipa do FC Porto passeou pelo relvado de princípio ao fim sem nunca ter necessidade de recorrer à quinta velocidade, sem que, por outro lado, tivesse adormecido ao volante. Poder-se-à dizer, para manter a linguagem automobilista, que a jogou em "velocidade controlada", querendo eu dizer com isso que só uma equipa segura de si, moralizada e sem estar sujeita a pressões tem categoria para seguir este comportamento.

             É evidente que esta atitude tem perigos, sobretudo se em momentos de desatenção ou falha como teve Otamendi, o adversário souber aproveitar. É também de bom senso não confiar no 1-0 durante muito tempo, porque, o adversário tem objectivos, e, no caso desta noite o Dínamo, que não é uma grande equipa europeia teve futebol bastante para concretizar, pelo menos em parte, alguns deles.

             A vitória é claríssima e permite ao FC Porto manter a liderança. Os números poderiam ter atingido outra expressão, mais altos para os Dragões e, com alguma justiça, um pelo menos para o Zagreb se o Varela tivesse estado pelos ajustes. 

             Já que falei no "drogba da caparica" devo dizer que deve ter sido o que esta noite mais toques deu na bola, o que não significa ter jogado muito bem. Marcou um golo e mereceu-o. Teve as luzes dos holofotes sempre em cima mas faltaram as lantejolas para se ver o brilho.
         
        Quem esteve muito bem foi o Défour. É óbvio que estou a ser polémico porque o belga não marcou nem jogou o tempo todo. Mas, meus caros: enquanto lá esteve foi excepcional:  sempre onde era preciso, procurando dinamizar e acelerar o jogo, servindo à frente e ajudando na rectaguarda, tenho para mim que nenhum outro dos nossos o suplantou. Muito bem, concordo, o João Messinho, aliás Moutinho, quando passou para a posição onde mais gosta jogou com é próprio dele, marcando um golo de livre (!) soberbo. Otamendi, penitenciou-se do pecado que lhe apontei, está perdoado. Mangala, talvez o mais certinho e o jovem Abdloyie também "cheirou" a asneira mas não provou. Lucho é D. Lucho, el Comandante, e anda por ali sempre com os outros debaixo de olho. Vocês viram onde ele estava e como concluiu a partitura composta por Moutinho e Jackson que deu o primeiro...É preciso mais? Danilo, bastante discreto sem nota negativa, James Rodriguez à solta, a andar por ali a fazer diabruras  como acontece com os meninos dotados sem necessidade de fazer os TPC (trabalhos para casa) que o professor (Vítor Pereira) lhe exige noutras ocasiões mais exigentes. Jackson Martinez, alternou o excelente, com o bom e, algumas outras vezes, o suficiente. Não marcou, mas quem é que o faz em todos os jogos?

         Fernando e Alex, depois Atsu, com mais e menos tempo de jogo, respectivamente, entraram para dar a conhecer à plateia que estão prontos para todo o serviço.
        Já em Braga?

        O "barbeiro" italiano, se lhe descontarmos uns leves cortes de navalha mal segura nas mãos deve ser considerado um fígaro de qualidade.

         Acho que me "alarguei" mais do que inicialmente pensava fazer. Por isso, aos que tiveram a pachorra de chegar até aqui só tenho a desejar-lhes bom sorte para a dose dupla de Braga...

         
        

  
                                       

                            

3 comentários:

  1. Boas,

    Antes de mais uma palavra de pesar para o comentador residente da Sporttv, Luis Freitas Lobo ... só 15 minutos da sua sapiencia saiu mais um comentário brilhante depois de uma bola ao Poste da baliza do FCP ... o Dinamo merecia o golo !!! lolllllllll ... mais uma excelente analise desse dinossauro dos comentarios.
    Agora para as pessoas inteligentes, o Porto fez um jogo brilhante, primeiro pela pressão ofensiva e pelo querer dos jogadores, é este Porto que eu quero e que gosto a primeira parte foi mais calculista, mas no segundo tempo fomos para cima e estivemos muito bem.
    Mais uma vez acho que o Danilo tem que render mais, quer com bola e fundamentalmente sem bola. Quando recebe não pode jogar para tras e quando não a tem, deve ser mais ofensivo ... o Mangala apesar de adaptado é muito mais interventivo apesar das suas limitação.
    Resumindo e concluindo, mais uma vitoria, mais 1M€ para o saco, mais consolidação da equipa, por isso só posso estar contente.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  2. Amigo :

    Valeu só para deixar o Luis Freitas Lobo ...
    mal disposto com a nossa vitória !

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. No jogo 150 do F.C.Porto nas provas europeias e no jogo 400 da carreira desse pequeno grande jogador que é João Moutinho, os 27.603 espectadores que na nesta noite fria se deslocaram ao Dragão, viram um Porto de duas caras, vencer justamente e por margem confortável, um Dínamo que só jogou aquilo que o bi-campeão português lhe permitiu.

    Nos 45 minutos iniciais foi um Porto de cara feia. Lento, desconcentrado, pouco disponível, sem agressividade e sem pressão, pouco inspirado e em ritmo de treino, que chegou ao intervalo em vantagem - excelente golo de Lucho -, mas sem fazer muito para o merecer. Tendo mais bola, mas trocando-a sem pressas, com jogadores muito parados e pouco dinâmicos na procura dos espaços, o conjunto de Vítor Pereira foi deixando que os croatas com espaço e tempo para pensar e executar, arrebitassem, criassem alguns lances de perigo, que só não tiveram consequências porque esta equipa tem claras limitações e não foi competente na hora da finalização.

    Na segunda-parte, o ritmo de treino continuou, com trocas e mais trocas de bola, mas houve mais pressão, mais rapidez e sem grande exuberância, mais inspiração. Ora como a superioridade portista em relação aos campeões croatas é flagrante, não admira que os golos aparecessem com naturalidade, primeiro num livre superiormente executado por João Moutinho e depois por Varela, com uma assistência de calcanhar do nº8. Sem deslumbrar, procurando não se desgastar e tendo até oportunidade para Vítor Pereira dar tempo de jogo a Alex Sandro e Fernando, os segundos 45 minutos mostraram a outra face do F.C.Porto, perante um Dínamo que foi incapaz de reagir, que nunca mais foi perigoso.

    Gostei muito de Otamendi e por isso até lhe desculpo aquela displicência da primeira-parte. De João Moutinho, pelo golo, pela assistência e pela forma como põe a bola a girar, quando é preciso pôr a equipa a descansar. Gostei também de Jackson que não marcou, mas jogou e trabalhou muito. Estes foram os três mais. Houve dois ou três que estiveram abaixo do normal, mas não os vou referir...

    Nota Final:
    Mais 3 pontos, mais 1 milhão, mais um jogo, o 17º, sem perder.
    Vem aí um ciclo difícil, Braga no Axa, para o campeonato e a Taça de Portugal e PSG em Paris. Não faço futurologia, mas posso dizer que estamos bem preparados e prontos para enfrentar o que vem aí.

    Abraço

    ResponderEliminar