Liga Zon Sagres
Estádio dos Arcos, Vila do Conde
Rio Ave, 2 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 2
Golos do FC Porto: Miguel Lopes, aos 33' e Jackson Martinez, aos 89'
" " Rio Ave: Tarantini, aos 78' e 85'.
Se alguma equipa se sentiu frustrada com este resultado não foi a do Futebol Clube do Porto, pois a equipa da casa recuperou a desvantagem no marcador quando faltavam 12' para o fim do encontro, passando mesmo para a situação de vencedor aos 85', resultado que se ajustava à superioridade colectiva dos vilacondenses e quem mais fez por vencer, até àquele momento.
Face à toada lenta imposta pelos Dragões e à clara retracção da maioria dos seus jogadores, mais notória na segunda parte, o Rio Ave foi crescendo de audácia e assumiu a liderança das operações, obrigando a defesa do FC Porto, até ali bastante coesa sobretudo por acção de Otamendi, a vacilar e a cometer erros que levaram ao empate e, depois, à desvantagem num grande golo de Tarantini que deixou Helton completamente siderado. Sem surpresa para quem seguia o jogo na TV, dado o relaxamento evidente da equipa portista e o excelente empenho dos jogadores de Espírito Santo.
O amorfismo de quase todos os jogadores não deixa muita margem para distinguir o nível das respectivas exibições. Otamendi, Lucho, Défour, Alex e Jackson (pelos apontamentos técnicos mas principalmente pelo golo obtido), Jámes e Atsu, conseguiram aproximar-se, pelo menos a espaços, ao seu real valor.
Quatro pontos deixados em Barcelos e Vila do Conde, pode não ser dramático nesta altura do campeonato. Mas que parece esbanjamento que pode vir a fazer falta para o acerto final de contas lá isso parece...
Amigo :
ResponderEliminar..."Sem surpresa para quem seguia o jogo na TV, dado o relaxamento evidente da equipa portista"...
Isso mesmo !
braço
Quando uma equipa está a ganhar pela diferença mínima, controla o jogo, mas faz pouco para aumentar a vantagem, limitando-se a trocar a bola, a deixar passar o tempo, sem intensidade, sem velocidade, não procurando marcar mais, para conseguir a tranquilidade, sujeita-se a sofrer um desgosto. Foi o que aconteceu. A perder apenas por um golo, como é óbvio, a equipa vilacondense acreditou e lá está, um erro - quando um jogador começa a fazer mais do que sabe, começa a jogar à craque, perde qualidades, comete erros primários. Maicon que costuma ser despachado a aliviar, quis inventar e deu-se mal. Fica a lição - golo do empate, outro erro, inacreditável e impensável, Rio Ave em vantagem e quem diria, o F.C.Porto a ter de correr atrás do prejuízo. Em Faro já tínhamos feito o mesmo e acabamos o jogo a sofrer. Hoje voltamos a cometer os mesmos erros, fomos surpreendidos e pagamos um preço justo pela apatia que demonstramos. Não adiantaram nada os avisos. Tanto controlamos que não ganhamos. Enfim, uma grande desilusão!
ResponderEliminarE nem precisaria de dizer muito mais... Se na primeira-parte ainda tivemos alguns períodos de boa qualidade, dominamos quase totalmente, nunca estivemos em risco e apenas faltou mais discernimento e mais decisão na hora de definir, se passar ou rematar, chegamos à vantagem, justa, com que fomos para o intervalo, na segunda, nem o aviso logo início da etapa complementar, em que a bola passou a rasar o poste, espevitou a equipa do F.C.Porto. Na segunda-parte faltou atitude, faltou raça, faltou meter na cabeça que sem o jogo estar resolvido, não se pode relaxar, desligar. Tirando a boa reacção ao dois golos do Rio Ave, o bi-campeão apenas esteve perto do golo, uma vez, num remate de James à barra. Muito pouco.
Não foi pelas substituições que o gato foi às filhoses... A saída de Atsu para a entrada de Varela foi natural; Fernando precisava de minutos e Lucho já estava a na fase de menor rendimento; Kléber entrou com propriedade para o lugar de Defour, na altura do tudo por tudo. Depois, antes das substituições, já a equipa jogava devagarinho, mais para o lado e para trás que para a frente, pouco fazia para matar o jogo.
Nota final:
Na época passada e também na quinta jornada, deixamos 2 pontos frente ao Feirense, em Aveiro; a seguir para a Champions, defrontamos o Zenit, em S.Petersburgo, perdemos; depois recebemos o clube do regime e empatamos. Agora, o calendário é semelhante: o próximo jogo, quarta-feira, também é para a prova rainha da UEFA, frente ao PSG; e na Liga, domingo, voltamos a defrontar outro rival, desta vez, o Sporting. Que os resultados sejam diferentes, é o que todos os portistas esperam. Mas a moral e a confiança, depois deste jogo e deste resultado, não serão os mesmos que seriam se tivessemos ganho. Transformar o desânimo e a frustração deste jogo, em "raiva", determinação e enorme vontade de vencer, é o mínimo que os profissionais do F.C.Porto podem fazer. Depois, até podemos perder, mas não pode ficar, como hoje, a sensação que não fizemos tudo para ganhar. Isso, nem pensar!
PS - Até acho que ficou um penalty por marcar na primeira-parte, Atsu isolado e empurrado por trás e tenho dúvidas no lance do Kléber, mas não contem comigo para dizer que não ganhamos por culpa do Bruno Esteves. A culpa foi nossa, ponto!
Abraço