quarta-feira, setembro 12, 2012

GRANDE, FOI MOUTINHO.



       O jogo de ontem à noite no Estádio AXA contra o Azerbaijão, que terminou com o triunfo natural da equipa portuguesa pelo resultado de 3-0, é um exemplo de que não há vitórias adquiridas, pese embora a diferença de valores entre as equipas beligerantes e o largo favoritismo que as estatísticas e o seus sábios intérpretes possam atribuir a uma delas. Com efeito, sendo Portugal o quarto classificado do ranking da Fifa e os azeris não aparecerem na mesma lista até ao centésimo lugar, só a vitória seria considerado o desfecho natural.

              O jogo jogado confirmou o que era tido antecipadamente como garantido. Sem margem para qualquer dúvida Portugal não é da mesma Galáxia do Azerbaijão. Apesar do treinador alemão que foi jogador consagrado e do esforço evidenciado pela equipa em executar as ideias por ele transmitidas em termos de organização de jogo, tanto nesse aspecto como sobretudo na diferença da valia técnica dos seus jogadores, comparativamente aos portugueses,  há uma distância neste momento intransponível.



              Apesar da abissal diferença de valor, só aos 66' de jogo Portugal chegou ao golo. E, o segundo e o terceiro, só apareceram a escassos minutos do termo da partida.

              Entretanto, CINCO vezes a bola escolheu o ferro das balizas que sobraram de muitas outras que as mãos do guarda-redes seguraram ou afastou com os olhos para as fazer passa junto a eles. Outras vezes, oportunidades claras não foram concretizadas pelos nossos jogadores.

              Sorte deles? Faz parte do jogo...

              Do que acima fica dito e para quem viu o jogo percebe que só com muita concentração, trabalho, arte, colectivismo e astúcia dos jogadores e atenção e acção do seleccionador, Portugal chegou à vitória justa e inquestionável. Os intervenientes do jogo da equipa das quinas perceberam, a tempo, que sem aplicação, esforço, colectivismo e apelo à classe individual, o dissabor de um desaire vergonhoso e perigoso poderia surgir, de nada valendo vir depois chorar sobre as bolas nos ferros ou as oportunidades goradas. Como esteve na eminência de acontecer contra o Luxemburgo...

             Até a Ronaldo fez bem (e ainda mais à equipa) amansar a euforia desmedida do ego e deixar-se apanhar por alguma tristeza redentora e solidária com os "quebra pedra" que para ele trabalham.

             O seleccionador Paulo Bento está cada vez mais previsível. Espera pela hora de jogo para tomar (as mesmas) decisões sobre as substituições que antecipadamente tem estudadas, quando parece visível a um leigo que elas são inevitáveis muito antes. Nani, esteve tempo de mais em campo tal o desacerto e ineficácia da sua actuação desde o começo do jogo. Varela, até podia ter entrado e imitar os anteriores companheiros  rematando ao poste a bola que deu o primeiro golo. Mas provou, no resto do tempo que era melhor opção. Falta-lhe é, ESTATUTO... Amorim, terá entrado como prémio de fidelidade e recompensa pelo bom comportamento. O público talvez tivesse apreciado mais Rúben Micael, ou, até, Custódio.  Se Postiga não fosse o único à mão de semear, não estaria em campo para marcar o segundo golo, porque, então, andava escondido há já alguns minutos. Mas isso é matéria de seleccionador, não é para adepto.

              Grande foi MOUTINHO. E por aqui me deixo!

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