Este quase apagamento sabático em que entrou o Dragão, Sempre! desde que terminou o campeonato da Liga com a consagração do Futebol Clube do Porto como grande e justíssimo vencedor, tem muito a ver com a minha aversão ao "futebol" que, saindo dos relvados que é o seu habitat natural, passa a ser jogado na comunicação social onde a bola deixa de ser chutada pelos jogadores para serem estes a ser pontapeados como coisas redondas a rolar ao sabor do teclado de um computador ou de um câmara de TV. Entrevistas feitas com frases mil vezes repetidas, leilões de estrelas novas ou decadentes aos milhares postas à venda por desinteressados empresários, regateados como era uso no tempo da escravatura, jogadas palacianas para vencer posições de decisão na engrenagem dos órgãos da estrutura desportiva com vista à salvaguarda de tramóias futuras, leitura de pasquins para drogar assembleias inocentes, passaram já há muito para o rol do folclore fastidioso e entediante das minhas apetências desportivas.
Aliás, este é um "campeonato" no qual o Futebol Clube do Porto é claramente suplantado pelo seu arqui-rival alfacinha do bairro de Benfica que sempre lidera, nestas saison, a bolsa das entradas e saídas da fina flor dos craques que sempre sonharam jogar no clube da Dona Victória. Levámos sempre cabazadas de encher o saco.
Claro que vai decorrer, já no próximo sábado, a estreia dos rapazes de Paulo Bento no campeonato da Europa de futebol e eu digo muitas vezes para mim próprio, mas como se nos ouvidos tivesse rolhas de cortiça, que esta é a selecção que vai representar Portugal numa prova internacional de grande projecção desportiva mundial. Eu sou português, do norte, e tenho muito orgulho nisso, mas emociono-me muito mais quando é o Futebol Clube do Porto a defender lá fora o prestígio do futebol de Portugal, contando apenas com o apoio dos seus adeptos e a frieza, quase indiferença ou mesmo anti-portismo, dos de outros emblemas, os quais, nessas ocasiões nem sequer pensam na nacionalidade de que são originários.
Apesar de tudo eu gostaria de estar optimista quanto ao que vai ser a sorte desta selecção.Mas não estou. Não pelas opções do seleccionador, porque ele tem autonomia para decidir quem escolher, quem há-de por a jogar. Foram estes, poderiam ter sido outros? Não vejo onde, tão reduzido é o campo de escolhas. E, depois, Bosingwa e Ricardo Carvalho, portaram-se tão mal...Estão lá o Miguel Lopes e aquele pequenote vendido ao grande Málaga, o João Pereira, por um saco de euros.
Ah, pois, temos o "grande trunfo", o melhor do mundo, (depois do Messi, ah, ah,ah), que vende como ninguém no BES e em Chamartin, a marca CR7.
Mas, olhem que o estágio em Óbidos foi uma maravilha: lindíssimos passeios pela típica Vila, imponentes desfiles de "bombas", massagens e passeios pelos oxigenados pinhais da região. Entrevistas, reportagens, campanhas "escolarianas", recepções oficiais. E uma belíssima (e muito em conta...) estância de férias lá para a Polónia.
Aproveitaram antes, porque depois...
... ainda faltarão dois meses (aproximadamente) para que regresse o futebol de que mais gosto!
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