domingo, fevereiro 19, 2012

REFRESCO DE LARANJA ACABOU AO INTERVALO.

        (Visionamento pela TVI, com ausência total de som enquanto o jogo decorreu)



Dragões cumprem a tradição no Bonfim (1-3)    
      Primeira Liga
            Setúbal, Estádio dos Arcos
            2012.02.19

                  Vitória de Setúbal, 1 - FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 3

                       Com uma primeira parte de bom nível e a outra a pensar na viagem a Manchester, o Futebol Clube do Porto foi a Setúbal cumprir a tradição e somar os três pontos que estava proibido de perder, obtendo uma vitória sem contestação assegurando, pelo menos até amanhã, as distâncias pontuais para o primeiro e terceiro lugares.

                       Nos primeiros quarenta e cinco minutos os campeões nacionais foram senhores do jogo do princípio ao fim, entrando praticamente a vencer com o golo de Ianco, logo aos 2' de jogo, respondendo de cabeça ao centro vindo da direita com a chancela de Moutinho. Um golo vistoso com estragos psicológicos nos setubalenses que não contariam tão cedo com ele, nem com o ímpeto dos Dragões que pareciam determinados a resolver a questão o mais cedo possível. Poucos minutos depois de Moutinho ter ensaiado o golo com um belo remate fora da área que Ricardo desviou com uma grande defesa para canto, surgiu aos 25' o 0-2 por Fernando (!) solicitado num contra ataque rápido por um passe de Hulk, batendo lesto e forte fora do alcance do guardião ex-internacional protegido do Scolari.

                      A segunda parte não tem história, ou melhor, tem uma história das substituições de Vitor Pereira a tirar do jogo Lucho, Moutinho e Hulk e a fazer entrar Défour, Jámes e Cristian Rodriguez, e os golos, primeiro o do Setúbal aos 75' em resultado de um livre à entrada da área para punir uma falta de Otamendi sobre Mayong, que logrou comover o árbitro depois de ter ensaiado o lance em todas as vezes que a bola lhe chegou aos pés enquanto esteve em campo. Mas valeu a pena: fez um grande golo com uma bela execução e conseguiu que, durante pouco mais de 2', pairasse nos Arcos um ambiente de milagre para chegar ao 2-2, pois, num lance em que Cristian Rodriguez teve o maior mérito ao ir à linha e servir para trás Varela como mandam os cânones, que este só teve de encostar e encerrar o jogo, eram passados 78', o Bonfim não aconteceu.

                     Globalmente, o Futebol Clube do Porto fez uma exibição aceitável, sem deixar transparecer qualquer pressão ou sequelas da derrota de quinta-feira na Liga Europa. Houve entre-ajuda, aplicação e bons desempenhos individuais e a harmonização das ligações defesa ataque estabelecia-se com naturalidade. Helton não foi posto à prova com excepção de uma defesa muito boa a um remate mal intencionado, Sapunaru regressado ao lado direito actuou no seu registo habitual, dando nas vistas na parte final do jogo com um lance de boa iniciativa concluído com um remate à trave.Rolando bastante activo não teve falhas e Otamendi, hoje, pareceu-me que está preocupado com Mangala, ou, até Maicon. Continua, porém, a dar motivos ao árbitro para assinalar faltas. No miolo, foi Fernando quem imperou e, com ele, a casa nem treme; Moutinho agradece e cada vez sobe mais de rendimento. Lucho, estabiliza, ordena e coordena mas parece pouco "fresco". Hulk, bem melhor do que contra o City, ora à direita ora à esquerda, não há dique que resista à sua força. Quanto a Varela, hesito entre ele e Fernando, mas acho que merece ser tido como o melhor, esta tarde-noite. Défour, Cristian e James, que entraram para dar folga aos jogadores nucleares, dos três, o melhor terá sido o Cebola e James mostrou-se algo apático.

               Deixei para o fim Alex Sandro e Ianko. O brasileiro é bom. Tranquilo, postura no lugar, defende, ataca, não recorre à falta, alto nível de concentração e joga limpo. Álvaro Pereira será um dos melhores do mundo, agora; mas o miúdo segue na sua peugada e vai longe. O austríaco assemelha-se a um pau de vassoura com a  piaçaba para cima. É um mastro sem bandeira, um violão sem cordas. Não encaixa numa equipa de Moutinhos, Luchos, James, Hulks, etc.. Destoa na arte e a bola rejeita-o. Marcou um golo. Marcou, e então? É assim tão difícil  marcar um golo ao Setúbal se a bola lhe é apontada à cabeça com uma bala saída da espingarda de um exímio atirador? Basta estar la, de pé. E já refila, como se fosse o árbitro o culpado. Muito maus devem ser Kléber e Valter!

          Só árbitros devem ser avaliados. De futuro, se encontrar um, darei a minha opinião.

              


                     

2 comentários:

  1. Bom dia,

    Cumprimos o objectivo que era a vitória.
    Ter marcado cedo, permitiu gerir o jogo, que por vezes mais parecia um treino, tão baixo era o ritmo.

    Para portista ver, não foi um jogo agradável, mas vencemos com toda a justiça, e continuamos na luta pelo título.

    Hulk mais uma vez desiludiu. Muito trapalhão, individualista e sem poder de arranque, definitivamente a lesão afectou o seu ritmo de jogo.

    Grande jogo de Sapunaru, que ontem confirmou que o treinador pode e deve contar com ele.

    Alex Sandro teve uma estreia tranquila, embora lhe falte entrosamento com a equipa.

    Fernando o melhor elemento do FC Porto de à uns jogos para cá, está a realizar uma excelente época.

    Varela e Janko no ataque fizeram uma excelente partida.

    No meio campo Moutinho e Lucho são o motor da equipa, e só é pena Lucho ainda apresentar algumas debilidades físicas.

    Vamos continuar, até onde for possível, a acreditar que podemos dar a volta à classificação.

    Abraço e boa semana

    Paulo

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  2. Sem Maicon, uma surpresa, talvez a pensar no jogo de quarta-feira, onde o brasileiro, com mais ritmo que Sapunaru - que atendendo ao tempo de paragens esteve bem e podia ter marcado... - será necessário e na estreia de Alex Sandro - quero ver mais e o jogo de quarta-feira vai ser um bom indicativo sobre o lateral brasileiro - em jogos da Liga Zon Sagres, no lugar do castigado Alvaro Pereira, o F.C.Porto entrou bem e logo aos 3 minutos adiantou-se no marcador. Jogada simples de Moutinho pela direita, cruzamento e no sítio certo, Janko - 3 jogos, 3 golos, é isso que se pede a um ponta-de-lança - carimbou.
    Se é verdade que ainda não havia uma tendência, parecia claro que a pressão a meio-campo e depois saídas rápidas para o ataque, parecia ser a forma pretendida para o Campeão resolver as dificuldades que esperava encontrar. A dar razão a esta teoria, o segundo golo: Fernando recuperou, deu, recebeu e marcou, coisa rara, mas merecida, de um jogador que tem sido dos melhores da equipa portista. Nos entretantos, entre o primeiro e o segundo golo, uma ou outra desconcentração defensiva - contra equipas mais fortes pagam-se caro...-, como cabeceamento de Mayong, por exemplo, e mais um penalty cristalino a favor do F.C.Porto que Paulo Baptista não assinalou. A ganhar por dois golos o F.C.Porto geriu e até ao intervalo só deu Porto. Mesmo sem forçar e num ritmo baixo, o Campeão dominou e controlou totalmente o jogo, com uma posse esmagadora, podia ter marcado mais um ou outro golo e nunca esteve em risco de sofrer. Tudo somado, talvez o 0-3 expressasse mais fielmente o que foram os primeiros 45 minutos.

    Na etapa completar nada de novo... Porto a dominar a seu belo prazer, gerindo e poupando, até que aos 60 minutos, Vítor Pereira a pensar no Manchester City, começou a rodar. Aos 60 minutos saiu Lucho, mais tarde, aos 68, saíram Hulk e Moutinho, para as entradas de Defour, James e C.Rodríguez. Mesmo com as alterações tudo continuou igual e só se alterou quando e sem fazer muito por isso, a equipa de José Mota diminuiu... mas como Varela - voltou a jogar bem -, passados apenas 4 minutos colocou novamente a vantagem portista em dois golos, o jogo ficou definitivamente decidido. Embora o marcador pudesse ter sido alterado, valendo uma excelente defesa de Helton e a barra da baliza sadina, para que o resultado final não tivesse mais um golo para cada lado.

    Em resumo:
    Quando uma equipa tem 5 pontos de atraso, sabe que só lhe resta ganhar e ganhar. Foi o que o F.C.Porto fez esta noite. Conseguiu-o com naturalidade e tranquilidade e uma exibição que sem ser brilhante, foi suficiente para um triunfo claro e justíssimo.

    Notas finais:
    Uma palavra de apreço para os muitos portistas que se deslocaram ao Bonfim. Mesmo com a época a não correr como esperavamos e desejavamos, o apoio tem sido constante e isso merece ser destacado.

    O duo Valdemar Duarte, João Manhã, igual a ele próprio, mais uma vez não se aguentou - eu desisti aos 6 minutos quando um penalty, claro, de Ricardo Silva, corte com o braço na área, não mereceu nenhum comentário.

    Abraço

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