domingo, fevereiro 12, 2012

NEM TUDO ESTÁ BEM QUANDO BEM ACABA.

            (Visionamento do jogo na Sportv1, com total ausência de som durante todo o tempo de jogo)




James transforma vitória sofrida em goleada (4-0)




         Liga Zon Sagres

           Estádio do Dragão.

                                 FUTEBOL CLUBE DO PORTO, 4 - UD Leiria, 0

           Cinquenta e oito minutos decorreram para que à equipa do FC Porto tivesse chegado o antídoto  para acabar com a praga "cajudiana" de gafanhotos dos desertos do norte de África, que se julgava circunscrita de uma vez por todas lá para as terras do Profeta. Aos 30' de jogo, já eu tinha mandado há mais de dez o Varela à farmácia do Bolhão comprar uma caixinha de ...chicletes e antecipava a entrada do Jámes Rodriguez  mesmo que infringisse a regra contratual de só entrar a jogar a 25' do fim. E, como o Hulk não podia ser desviado para o centro do ataque e o Valter está lá para Belo Horizonte e não chegaria a tempo para este jogo e Kléber muito convenientemente lesionado, diria para dentro do campo, em inglês porque não tive tempo de estudar austríaco, para que Janko recuasse até à linha de meio campo da nossa equipa para evitar foras de jogo e deixar de estragar os passes que lhe eram dirigidos. Entretanto, porque ainda não terão decorrido os catorze dias que dão direito a devoluções, e, se Orlando Sá ainda joga futebol e está disponível talvez o Twente não tivesse mais tempo para esfregar as mãos de contente.

              Bem vi que Hulk jogou de acordo com o que de bom se lhe reconhece, que Danilo é um caso sério, Mangala vai impor-se aqui e, depois, no seu país, que o Álvaro é um excelente profissional, Moutinho a formiga que não cansa, Fernando imperial e Lucho (nós conhecemo-lo porque é da casa) nem sempre pode jogar a grande altura mas mesmo quando não cintila brilha, e, Jámes Rodriguez, se estava a ser ocultado para quinta-feira para jogar contra o Manchester Citty numa opção enigmática e improdutiva, MAICON tem o meu voto de MELHOR em jogo, esta noite.

                Este modelo de futebol cujo original se encontra em exclusividade na Catalunha e tem a patente registada em nome do excepcional Pepe Guardiola, é uma estupada contra equipas que não arriscam para além do seu próprio meio campo. Apesar de a nossa equipa ter ensaiado, ora pela esquerda com Álvaro, ora pela direita com Hulk e Danilo, o jogo em quase todas as tentativas de chegar ao golo através de cruzamentos esbarravam nas pernas milhentas dentro da grande área leiriense, interceptados pelos defesas e,ou, defendidos pelo excelente guardião da cidade do Liz quando o Janko não andava por ali a dar trabalho ao bandeirinha.

                Foi preciso um lance irregular para dar trela aos cães à solta para furar o bloco de cimento armado. Não seria o único erro do fiscal porque vários outros foram praticados em prejuízo grave dos nossos interesses legítimos, com dois penaltis escamoteados a Lucho, na primeira parte empurrado dentro da área (com benefício da dúvida para Rui Silva que poderia não ter o melhor ângulo para analisar o lance), e, uma entrada a Hulk, já na segunda, que até um morto se levantaria da tumba se tivesse lá TV para ver.

                        O texto termina aqui. Pode ser que ainda pegue nele amanhã, se o tempo e a disposição o consentirem. Talvez, até, o travesseiro ajude a encontrar mais aspectos positivos do que negativos e, porque não há razões para censurar a entrega e o grande empenho dos jogadores para alcançarem uma vitória que valia a redução de oito para cinco os pontos de atraso em relação ao que vai em primeiro, é muito reconfortante manter pelo menos três de avanço em relação ao que está abaixo de nós.

3 comentários:

  1. Quando um jogo só tem um sentido; quando só uma equipa quer jogar; quando a outra só quer defender e usa um sistema 5x5; concentram-se 21 jogadores num meio-campo e a vida não fica fácil para a equipa que tem de atacar... Mesmo que essa equipa pressione muito, jogue muito bem, seja rápida a pensar, a executar, encontre as melhores soluções para destruir os autocarros, seja eficaz na hora de finalizar. Ora, se como aconteceu nos 45 minutos iniciais, raramente a equipa portista foi capaz de fazer o que devia, está explicado o nulo ao intervalo. Embora e é justo referi-lo, apesar de tudo que ficou por fazer, a equipa de Vítor Pereira merecia ir para o descanso em vantagem, no mínimo, de um golo. Não foi porque Janko foi perdulário e o guarda-redes leiriense, fez uma grande exibição.

    A segunda-parte foi bem diferente.
    Primeiro, porque o F.C.Porto entrou com outra dinâmica, pressionava mais e com isso obrigava a equipa de Leiria a ter cada vez mais dificuldades em se defender, a recorrer a faltas sucessivas. Depois, porque numa dessas faltas, um passador argentino de nome Shaffer, jogador emprestado pelo clube do regime, entrou com tudo sobre Moutinho e foi expulso - o lance foi perto de mim e a decisão, sem ver imagens, pareceu-me correcta ... A seguir, talvez a razão mais importante, porque saiu um desinspirado Varela e entrou um inspirado e decisivo James. Com o colombiano a entrar bem e a procurar zonas interiores, não só os centrais da equipa orientada pelo marroquino, tiveram mais alguém, para além de Janko, com quem se preocupar, como o melhor e mais esclarecido dos médios, João Moutinho, teve um interlocutor capaz de perceber e dar seguimento às jogadas que o pequeno grande nº 8 portista, ia criando. Foi assim o primeiro golo. Bela jogada de JM, passe a rasgar para James e assistência perfeita para Janko encostar. Aberto o marcador, ficou a vida mais facilitada para o Campeão, apesar da equipa da cidade do Lis, mesmo a perder, nunca ter abdicado de ter os autocarros bem em frente da sua baliza.
    Só que nessa altura e em vantagem, o F.C.Porto já tinha outra confiança, as jogadas já saíam melhor e os golos foram entrando uns atrás dos outros, até ao quatro a zero final - só não entraram mais dois ou três, porque Palito, cismou que tinha de marcar e marcou, mas antes de fazer um belo golo, foi egoísta e não fez o que era devido, assistir, como fez James, Janko que estava em bem melhor posição para facturar.

    Nota final:
    É preciso ter uma grande lata, para depois de ter jogado com todos os autocarros marroquinos que tinha à mão, ao contrário da forma aberta e macia como jogou frente ao seu clube do coração, o SLB; ter levado quatro e poder ter levado mais outros quatro; ver a sua equipa a não ter criado uma situação de perigo, não ser capaz de saber o que fazer com a bola no último terço do campo - como podia, se só foi preparada para defender? -, Manuel Cajuda, o marroquino, aparecer no flash interview, armado em mártir, vitimizando-se, dando a entender que perdeu por causa do árbitro. É falso, é uma falta de respeito e é uma forma lamentável de sacudir a água de um capote que enfiou dos pés à cabeça.

    Abraço

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  2. Gostei do resultado, pois de nada vale jogar bem se não se ganhar. Mas até nem se jogou mal, o que não ajudou foi o primeiro golo ter demorado a entrar... como se viu que após o 1º foi sempre a aviar... e aqueles dois penalties, roubados ao F C Porto, caso tivessem sido assinalados poderiam ter resolvido aquilo.
    Quanto ao resto que move a actualidade:
    Já tive momentos de descrédito perante o treinador do F. C. Porto, Vitor Pereira, mas continuo na generalidade a confiar nele, apercebendo-me de diversas condicionantes com que se tem deparado e superado. Não só, mas também sobretudo na ideia de que devemos dar crédito ao treinador do F. C. Porto. Agora não tem cabimento essa onda que começa sobre o desemprego do Domingos, que afinal nem para o zborting serviu. E o que se passou no jogo com o Leiria dá mesmo ideia que a nossa equipa foi bem orientada, tal o que penso que o James poderá ser assim mais útil e rende mais entrando com o jogo a decorrer... Isto assim em leves abordagens, ao correr da escrita de pensamentos, que não sei se estou a conseguir fazer entender, mas também o que me interessa é que o Porto vença e como tal precisa de estabilidade.

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