sexta-feira, outubro 25, 2019

ESCORREGAR NÃO É CAIR


Foto: OJOGO online

UEFA EUROPA LEAGUE
Estádio do Dragão, Porto 
3.ª jornada - 1.ª mão 
Tv - Hora: 17:55h 
Tempo: bom/frio
Relvado: bem tratado 
Assistência: 31307 (visitantes: +-2700)
2019.10.24 (quinta feira)

          FC do PORTO, 1 - Rangers FC, Glasgow, Escócia, 1 
                                          (ao intervalo: 1-1)

FC do Porto alinhou com: Marchesin, Jesús Corona, Pepe, Iván Marcano, Alex Telles, Otávio, aos 60' Bruno Costa, Danilo Pereira (C), Uribe, Luís Diaz, aos 63' Nakajima, Zé Luís, aos 77' Tiquinho Soares e Moussa Marega.
Suplentes n/utilizados: Bruno Costa (gr), William Manafá, MBemba e Fábio Silva.
Equipamento: oficial tradicinal
Treinador: Sérgio Conceição

Rangers FC alinhou com: Mac Gregor, Tavernier, Goldson, Herlander, Barisil, Ryan Jack, aos 86' Alfield, Davis, Kamara, aos 86' Ojo, Morews e Kent, aos 76' Aribo.
Suplentes N /utilizados: Foderwgham, g,r., Flanagan, Nikola Katic e Jermaine Defoe.
Equipamento: oficial tradicional cor vermelha 
Treinador: Seven Gerrard

Árbitro: Nikola Dababnovic (Montenegro)
Auxiliares: Milovan Djukic/ Viadan Buskovic 
4.º árbitro: Milos Buskovic 

Escolha de campo: FCP S/N

GOLOS E MARCADORES: 1-0 aos 36' por LUÍS DIAZ; na reposição em lançamento na linha lateral do flanco esquerdo, no alinhamento da linha da grande área dos visitantes, a bola chega a L. Diaz junto ao bico da área que a controla e roda a procurar enquadramento com a baliza, tirando um estupendo remate de pé direito fazendo com que a bola entrasse no canto superior direito no poste mais distante sem defesa possível. O empate a 1-1, que viria a fixar o resultado do jogo, aconteceu aos 44'+1' na sequência de jogada rápida em contra ataque pelo flanco esquerdo do relvado, com lançamento preciso para o lado contrário até à grande área onde MORELOS surgiu em velocidade livre de marcação, batendo forte a meia altura junto ao poste sem chance para Marchesin.

Comentário sucinto sobre a partida 
        
         O resultado final do jogo não é de modo algum satisfatório para as ambições e interesses do Futebol Clube na prova. Do mesmo modo se pode dizer que a exibição global da equipa portista justificasse desfecho mais favorável. A equipa de Seven Gerrard demonstrou ao longo de toda a partida um ritmo elevado de jogo e seguro, enquanto os jogadores comandados por Sérgio Conceição mostraram à evidência não terem a mesma capacidade de ligar as jogadas e disponibilidade física para recuperar a bola e mantê-la o tempo necessário na sua posse. Ficou claramente justificada a diferença de ritmo jogo do conjunto portista relativamente ao adversário, o qual, ao contrário do FC do Porto, não terá interrompido a participação nas competições internas num inacreditável período de um mês! É "isto" o estado a que chegou a organização do futebol em Portugal.

         Em termos de ocupação do relvado e de posse de bola, foi o FC do Porto quem mais esteve por cima, no primeiro tempo, conseguindo um golo e duas ou três oportunidades passíveis de obter outros; nos vinte e cinco/trinta minutos do segundo período, foi o conjunto escocês quem assumiu o comando da partida praticando um futebol retilínio e coeso, muito acima de um FC do Porto incomodamente descrente e desconexo na articulação das jogadas, do que se recompôs, de certo modo, nos últimos quinze/vinte minutos através das boas atuações dos jogadores chamados a jogo, Bruno Costa, Tiquinho Soares e Nakajima. 

        Por outro lado não poderá escamotear-se a evidência de que a maioria dos jogadores que iniciaram a partida tiveram desempenho muito abaixo do que lhes é exigido. 

        O resultado é irritante para os seguidores do Dragão, mas não menos incómodo e desconfortante foi para os jogadores não terem nas bancadas da sua casa o apoio que os escoceses prestaram à sua equipa. Afinal, quem estava a jogar em casa e quem era o visitante? Não percebi. Talvez em Glasgow a equipa portista se sinta mais em casa...

       O juiz montenegrino arbitrou como se (ainda) fosse um estagiário. A atuação não divergiu da maioria dos árbitros portugueses, João Pinheiro não faria pior. Não faltam casos de dúvida no seu desempenho, sendo o mais incompreensível o não considerar falta dentro da área o empurrão dado a Otávio ocorrido aos 36' na sequência de canto estudado, e o preciosismo do relógio suíço usado na conclusão da primeira parte e no final da partida, negando ao Futebol Clube do Porto a marcação de dois cantos naqueles momentos, ainda que as leis do jogo não não tivessem sido infringidas.

       Quem desvalorizou os adversários do FC Porto considerando que o apuramento para a última fase da competição estava assegurado, terá agora dificuldade em reconhecer, cumpridos que estão metade dos jogos do grupo, que não há triunfos antecipados e equipas fáceis de derrotar. O FC do Porto está ainda dentro dos possíveis apurados, mas todos agora saberão que nenhum dos seus adversários lhe vai facilitar a vida, abrindo-lhes a baliza. Como vai jogar duas vezes fora do Dragão, permita-se-me a ironia, talvez possa tirar vantagem disso. 

       FC do Porto, sempre!

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