segunda-feira, outubro 08, 2018

FALHOU A ORQUESTRA PARA NOVO BAILE NO SALÃO DE FESTAS.

 













 Liga NOS
7.ª jornada
Estádio da Luz
Tempo: bom
Relvado: bom
Assistência: 61 000 (3200 claque portista)
Domingo, 17:30 horas
2018.10.07

            SL Benfica, 1 - FC DO PORTO, 0
                                   (ao intervalo: 0-0)

slb alinhou: Odysseas, A. Almeida, Rúben Dias, Gabriel Lemes, Grimaldi, Feija, Pizzi, Gabriel, Sálvio, Seferovic, aos 90' Samaris e Cervi, aos 58' Rafa. Suplentes não utilizados: Svilar, Gedson, Castilho e Jonas.
Equipamento: oficial
Treinador: Rui Vitória

FC do Porto alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Otávio, aos 52' Sérgio Oliveira, Yacime Brahimi, Tiquinho Soares, aos 76' André Pereira e Moussa Marega.
Suplentes não utilizados:  Vaná, Chidozie, Mbemba, ÓLiver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria). VAR: Jorge Sousa, AVAR: Nuno Manso. 4.º árbitro: Helder Pacheco.

GOLO: 1-0 aos 62' por Seferovic na sequência de um desalinhamento de Felipe que se adiantou no relvado na tentativa falhada de ganhar a bola para o início de um contar ataque, com o avançado suíço apertado por Éder Militão já dentro da área a meter primeiro o pé à bola e a rematar colocado junto ao poste do lado esquerdo de Iker Casillas.

Sinopse:

             O expectante primeiro embate entre os dois mais prováveis candidatos a vencedor da principal prova do calendário desportivo português, constituiu um espetáculo sofrível quanto à qualidade do futebol jogado. Muita entrega e disponibilidade dos jogadores na luta feroz pelo resultado, mas excessiva impetuosidade nas tentativas de obter a posse da bola, pouca preocupação no trato do esférico pontapeado sem cerimónias no momentos de aperto, excessivas quebras de ritmo de jogo por motivo do anormal número de faltas e de  escassas ocasiões passíveis de chegar ao golo criadas por ambos os conjuntos, sobretudo da equipa da casa. Para além do mais, o jogo desenvolveu-se em grande parte do tempo no miolo do relvado originando a concentração de uma floresta de elementos reduzindo o espaço e dificultando a fluência do jogo no seu desenvolvimento pelas alas.

             Territorialmente, a partida decorreu equilibrada no primeiro período tendo os visitados entrado de rompante no tempo complementar não dando oportunidade ao FC do Porto de se organizar e responder à supremacia dos encarnados até à abertura do marcador. Os campeões nacionais em título reagiram à desvantagem, conseguindo alguma supremacia atacante e criado duas excelentes ocasiões de empatar a partida nos derradeiros lances do encontro.

             Esperava-se um pouco mais dos Dragões que jogaram abaixo das expetativas dos seus adeptos que ansiavam por uma vitória que a acontecer causaria um tesunami na estrutura encarnada, dada a instabilidade latente na posição do técnico e na vida do clube, pelas razões que se conhecem. Foi feliz, fez um golo e o balão não estourou. Por agora...

             O momento para o FC do Porto se deslocar ao "seu salão de festas preferido" desde há sete anos, não terá sido o melhor. Sem Aboubakar, Conceição deu a titularidade a um voluntarioso Tiquinho Soares ainda numa fase de recuperação de lesão e da sua melhor forma. Moussa Marega jogou fisicamente diminuído não conseguindo ser tão influente como é habitual a partir do abalroamento que sofreu aos 34' por parte do karater Rúben Dias, em lance algo duvidoso dentro da área. Otávio, impiedosamente marcado pelos adversários e desinspirado e sob vigilância do árbitro, esteve longe do que pode e sabe. Hèctor Herrera não esteve à altura das necessidades e do cargo num jogo em que se esperaria fosse o desempenho de acordo com a sua valia como jogador; Danilo Pereira foi gigante e merecia melhor sorte no remate de cabeça em final de jogo, a sair sobre a barra; na defesa Éder Militão e Iker Casillas apenas uma vez foram batidos logo havia de ser no golo feliz do Seferovic; Alex Telles infeliz na marcação de livres e Maxi Pereira no seu ritmo e estilo habituais. Yacime Brahimi aplicou-se bem, deu trabalho aos adversários, e viraria herói tivesse o remate executado com perfeição aos 88' um trajeto de menos um palmo na sua linha para o golo. Sérgio Oliveira cumpriu muito bem no tempo em que participou na partida, como Jesùs Corona na ala direita.

            Tal como decorreu, o jogo não teria sido fácil de apitar para qualquer árbitro. O juiz leiriense mostrou claramente querer fazer trabalho imparcial, o que abona a seu favor. Apitou 44 (quarenta e quatro vezes!!), exibiu amarelos com generosidade evangélica e um duplo que deu expulsão do estreante Leme, e isso é sintomático: apito numa mão, regulamento na outra. No lance ocorrido entre Moussa Marega e o central dos encarnados que vai à bola de olhos fechados, esteve bem. Contudo, arrisco a dizer que se lance idêntico ocorresse na área dos portistas, não sei, não sei...Registo, ainda, dois fora de jogo, um em cada parte, não assinalados ao ataque dos encarnados admitindo porém que os auxiliares não levantaram a bandeira esperando o desfecho da jogada. Quanto ao cartão amarelo mostrado a Iker Casillas por pretensa perda de tempo na reposição da bola em jogo, quando eram decorridos escassos minutos de jogo e este nem estava difícil para o FCP, é de "partir a moca a rir". Mas, fique claro que o insucesso do "baile" não é culpa de Fábio Veríssimo...

            O percalço não é uma tragédia irreparável e de significado alarmante para o campeão nacional. O transatlântico navega ainda com a costa à vista, há muito mar para navegar e...voltar!

1 comentário:

  1. Desde que cortou as orelhas que os adversários têm mais espaço no meio campo.

    O problema é esse.

    Manuel das Neves

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