quinta-feira, outubro 25, 2018

A LOCOMOTIVA PORTISTA APITOU TRÊS VEZES

 

Liga dos Campeões
Fase de Grupos (D) 
3.ª jornada - 1.ª mão 
Estádio do Lokomotiv, Moscovo
TVI - Hora: 20:00
Tempo: frio s/chuva
Estado do relvado: bom
Público: 16 000 +-
2018.10.24

       
            Lokomotiv Muscou, 1 - FC DO PORTO, 3
                          (ao intervalo: 1-2) 

LOKOMOTIV alinhou com: Guilherme, Kverkwella, Iguatyew, Krychowick, Ignatyew, Demisov, Barinov, Aleksey Muanchut, Anton Muanchut, Manuel Fernandes, aos 66' Zhemaletchinov, Éder, aos 81' Lysov.
Equipamento: vermelho
Treinador: Yuri Semin

FC DO PORTO alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Éder Militão, Alex Telles, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), ÓliverTorres, aos 84' Ádrian López, Jesùs Corona, aos 69' André Pereira, Yacine Brahimi, aos 84' Bazoer e Moussa Marega. Não utilizados: Vana, Chidozie, Sérgio Oliveira e Hernâni.
Equipamento: oficial tradiciona.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitros: Bobby Madden (Escócia); auxiliares: Francis Conner e Alan Mulvanny; 4.º árbitro: Douglas Potter.

GOLOS E MARCADORES: aos 25' Alex Telles aponta um canto do lado direito e na movimentação dentro da área, Éder bloqueia com os braços e derruba Felipe o árbitro assinala grande penalidade e pune o português com cartão amarelo; aos 26', MOUSSA MAREGA, bate forte e colocado e faz o primeiro golo; aos 35' no flanco direito Maxi Pereira e Alex Telles fazem o ataque, a jogada prossegue com Jesùs Corona a tirar da frente um adversário, a centrar com peso e medida para o poste da baliza mais afastado onde HÈCTOR HERRERA aparece com oportunidade a bater para o fundo das redes no lance que viria a ficar como um dos mais bem conseguidos na partida pela equipa do FCP; aos 38' Éder Militão não chega a tempo à bola e ANTON MIRANCHUCK, ali perto, isola-se e à-vontade remata e bate Iker Casillas; aos 47' numa excelente arrancada de quarenta metros, Yacine Brahimi serpenteia pelo relvado com a bola colada aos pés, assiste JESÙs CORONA, à direita, o qual segue alguns metros até à área e remata fortíssimo para o golo. Segunda jogada de espetáculo e de eficácia da equipa portista.

PENALTI DEFENDIDO POR IKER CASILLAS: aos 10' Alex Telles na tentativa de cortar para canto a bola conduzida por avançado da equipa russa, toca com o joelho no adversário sobre o risco da grande área e derruba-o. Erro do defesa portista dado que a bola sairia pela linha de fundo sem consequências. Na marcação da grande penalidade a punir a falta, o português Manuel Fernandes encarregado da marcação bateu forte a meia altura para o poste direito da baliza, com IKER CASILLAS a escolher bem o lado aonde a bola entraria e executa uma espetacular defesa que assegurou a inviolabilidade da baliza. Lance determinante para as aspirações da equipa portuguesa que evitou a vantagem no marcador do Lokomotiv numa altura ainda precoce do jogo.

   Ainda mal se extinguia a afirmação do "CR7" das Finanças europeias ao gabar-se do OE que preparou para o governo do país, de que "a sorte dá um trabalho dos diabos", pensamento que não é dele, e logo, o mesmo aforismo popular poderia ajustar-se como luva ao Futebol Clube do Porto ao vencer em Moscovo o Lokomotiv, campeão em título da Rússia; não que o triunfo útil, saboroso, e também justificadamente previsível não tivesse sido merecido, mas também porque a evidente superioridade na partida do Futebol Clube do Porto sobre o Lokomotiv não foi assombrada por lances de azar ou de imperícia dos seus jogadores ou opções táticas do mister Sérgio que tivessem condicionado ou mesmo impedido a justa vitória alcançada. Antes pelo contrário.

    Por impedimento de Otávio, lesionado, e em  função das características e potencialidade do adversário, a equipa do FC do Porto foi a jogo com algumas mexidas no sistema habitual coletivo, e posicional de algumas pedras do xadrez, designadamente de Hèctor Herrera e Moussa Marega. Óliver Torres é diferente de Otávio nas movimentações e no passe, logo haveria que colmatar a ausência do pequeno brasileiro dando a Hèctor Herrera mais campo de ação e liberdade de posicionamento, sobretudo no apoio ao ataque e na recuperação de segundas bolas; umas vezes o mexicano brilhou, noutras nem por isso. Moussa Marega, não sendo alheio ao lugar de primeiro ponta de lança, joga normalmente com apoio próximo de outro companheiro, descai para as alas, o que nem sempre aconteceu nesta partida.

     Sob uma avaliação do valor artístico, o espetáculo não foi mais brilhante que emotivo, salvo numa ou noutra jogada mais bem sucedida das equipas confrontantes. A importância que uma vitória representaria para o sucesso nesta fase da prova para o Futebol Clube do Porto não permitia "rodriguinhos" e passes de letra, mas músculo, suor e raça. E isso aconteceu, foi notório e...rendeu. Mais três pontos para "o país de Gales".

     Iker Casillas foi enorme na defesa do penalti, esteve bem no jogo todo, mas no lance em que o árbitro anulou (mal) um golo a Éder por fora de jogo que não existiu, foi lento a levantar-se para recuperar a bola de um remate que não segurou. Maxi Pereira melhorou com o andamento da partida e comportou-se à altura do que a experiência lhe concede; Felipe e Éder Militão, adotaram uma atitude prática de resolver os lances mais apertados mas com  algumas hesitações e desconexão. Éder fica ligado ao golo de honra do vencido, e Alex Telles esteve no melhor e no pior. No melhor aconteceu dentro da área aos 56' ao defender no chão dois remetes sucessivos com rótulo de golo iminente; no melhor a assistência impecável para o golo do capitão HH. Danilo Pereira destacou-se na solidez demonstrada no desarme e assistências ao ataque, cotando-se como uma pedra fundamental, abrandando contudo à medida em que o tempo se esgotava; Óliver Torres, cumpriu tentando manter o seu estilo de passe longo e preciso o que conseguiu algumas vezes; Hèctor Herrera, que me pareceu mais errante pelo relvado, isto é, com missão determinada a cumprir nesta partida, alternou o bom com o menos bom; Jesùs Corona, muito ativo e corajoso justificou muito bem a chamada; Yacine Brahim foi muito constante no desempenho e protagonizou quiçá a melhor exibição dos azuis e brancos; Moussa Marega, deu muito trabalho aos defesas da casa no seu modo característico de jogar, útil e combativo com a força de um catrapiler; André Pereira entrou confiante tendo ação muito útil na frente conseguido uma jogada em que ultrapassou em dribles sucessivos vários adversários acabando desarmado já dentro da área; Bazoer começa a dar nas vistas e promete, e tal como Ádrian López está a justificar a confiança do mister Conceição, campeão.

     O erro maior da arbitragem dirigida pelo escocês Bobby Madden teve a má visão do auxiliar como responsável porque Éder pareceu estar em linha, o que nem sempre é fácil detetar em movimento, há que reconhecer.



    
   

 

                


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