segunda-feira, agosto 20, 2018

XISTRA, O PROTAGONISTA.


Foto internet

Liga NOS
2.ª jornada
Estádio nacional, Jamor, Oeiras
Sportv - Hora: 18:30
Tempo: verão (34.º!)
Relvado: relva alta e "pesada"
Assistência: Aprox. 15000 (maioria portista)
2018.08.19 (domingo)


 FC "Os Belenenses", 2 - FC DOM PORTO, 3
                                         (ao intervalo: 0-1)

FC "OS Beleneses" alinhou com: Muriel, Diogo Viana, Gonçalo Silva, Sasso, Kakaya, Nuno Coelho, Lyujic, Lucca, Licá, Keita e Freddy. Jogaram ainda: Matjja por Dalcio aos 39', Licá por Henrique aos 66' e Diogo Viana por Sagna aos 70'.
Equipamento: oficial camisola azul e calção branco
Treinador: Silas

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Hèctor Herrera (cap.) Sérgio Oliveira, Otávio, aos 73' Óliver Torres, Yacine Brahimi, aos 81' Hernâni, André Pereira, aos 64' Jesùs Corona e Vincent Aboubakar. Suplentes N/ utilizados: Vaná, Chidozie, Ádrian Lopes e Marius.
Equipamento: alternativo de cor cinzenta.
Treinador: Sérgio Conceição

GOLOS e MARCADORES: 0-1 aos 26' por DIOGO LEITE, a estrear-se na qualidade de titular do FCP aos 19 anos, a bater de cabeça um livre direto apontado à esquerda por Alex Telles por falta cometida sobre ele próprio; 0-2 aos 46' por OTÁVIO que intercetou um passe para o guarda redes Muriel de um jogador de Belém numa tentativa da equipa sair para o ataque em jogada apoiada. Otávio, entre os dois, capturou o esférico, contornou o guarda redes e atirou para a baliza deserta: 1-2 aos 55' por FREDDY, na conversão de um penalty por bola na mão de Diogo Leite, com recurso a consulta do VAR, e depois de o jogo ter decorrido algum tempo;  Iker Casillas não esboçou a defesa vendo a bola entrar pelo lado direito da baliza. 2-2 aos 83' por FREDDY batendo de cabeça junto ao poste direito, sem oposição,  um centro de Keita do lado oposto; 2-3 por ALEX TELLES na marcação de uma grande penalidade ocorrida aos 90'+2' e executada aos 90'+6', depois do VAR ter coagido Xistra a consultar imagens do vídeo-árbitro. O tempo do jogo foi prolongado até ao 100.º minuto.

    Com Xistra no relvado e Capela na VAR só por mero acaso a arbitragem não seria polémica. Não me espanta que o alvicastrense tivesse sido, mais uma vez pela negativa, o protagonista da partida. E foi o "senhor padre" Capela quem, à sombra na Cidade do Futebol, ainda assim impediu que o desfecho do emocionante jogo do Jamor tivesse sido adulterado por erros crassos do juiz responsável pela efetiva condução arbitral do jogo.

     Terá sido intenção do tarimbado regulador das regras do futebol destacado para este jogo, aliviar a marcação das faltas em igualdade compensatória para ambos os conjuntos, fazendo "vista grossa" a infrações aparentemente sem benefício de grande relevância para o infrator, por um lado, e considerando irrelevantes outras que a serem assinaladas poderiam influenciar o desfecho do jogo, como foi o caso das grandes penalidades ordenadas a partir do VAR e não avaliadas devidamente por quem tinha obrigação, e ali estava, para fazer cumprir as regras. Não há "lei da compensação" no futebol e o que é ilegal é para ser punido sob pena de se cometer dois erros no mesmo tipo de falta.

     Xistra não viu falta na infração da mão de Diogo Leite nem no lance em que o defesa da equipa de Belém desviou com o braço para canto o remate de Hèctor Herrera que faria o 2-3 final aos 90'+2', tendo sido a equipa comandada por João Capela quem ordenou ao Xistra a reparação dos dislates que ele, em jogo corrido, não assumiu por ter querido tornar regular o que é irregular.

    Aqueles, foram os lances capitais; outros, tal como se viu, por exemplo,  aos 32' numa tentativa de saída da equipa do Porto para o ataque travada em falta, como numa bola que bateu no braço de um defensor dos azuis dentro da área aos 34', numa lance de Maxi Pereira a lembrar os tempos em que vestia de encarnado e não foi sancionada com amarelo, bem como uma entrada de cotovelo de Keita sobre Diogo Leite aos 44', bem com algumas mais que será fastidioso enumerar e que Xistra esqueceu de assinalar.

    Propaga-se a ideia de que a última decisão compete ao árbitro de campo, mas neste jogo quem tomou as decisões mais influentes foi a equipa do VAR. 

    Não levará muito tempo que seja a "cabine" a apitar no futebol...

    "Os Belenenses" são uma excelente equipa. A melhor de há largos anos a esta parte, na minha opinião. Não merecia ter perdido esta partida. Lutou de princípio ao fim por anular a desvantagem no marcador, e conseguiu-o com total mérito. Possui um bom naipe de atletas.Teve o azar de Xistra ter ordenado penalti a Diogo Leite, e depois não ter mais tarde margem para decidir de modo diferente na grande penalidade que Alex Telles converteu no golo da vitória do FC do Porto. E ninguém me convence a aceitar um critério no qual se pode remediar um erro cometendo outro. 

     O Futebol Clube do Porto jogou abaixo das espetativas que gerou no encontro inaugural do Estádio do Dragão, contra o GD de Chaves. Terá sido surpreendido com a excelente capacidade demonstrada pela equipa de Silas,um treinador à procura de um lugar de destaque na Liga principal, em adaptar-se à temperatura do dia e à relva do estádio nacional, a casa emprestada longe do Restelo. A defesa sentiu dificuldades em travar as investidas atacantes da equipa da Cruz de Cristo, o miolo levou tempo de mais a cobrir a área de ação e no ataque nem Yacine Brahimi nem Vincent Aboubakar, e até Jesùs Corona mais tarde, fizeram o bastante para ganhar supremacia na posse e espaços para trocar a bola nas imediações da baliza defendida pelo excelente Muriel.

     Triunfo feliz, sim, mas sem "ajudas".

   

   

   

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