quinta-feira, fevereiro 22, 2018

TRÊS TENTOS EM DOIS TEMPOS IGUAL A CINCO À FRENTE..

Tribuna: O primeiro golo do FC Porto é ilegal ou não? Duarte Gomes explica
                                                     
                                1ª PARTE
LIGA NOS
18ª jornada (2ª volta)
Estádio António Coimbra da Mota, Amoreira (Estoril)
Sportv1 -21:00 horas 
Tempo: frio e s/ chuva
Relvado: irregular
Assistência: cerca de 7000 (Onda azul: 6000)
2018.01.15

            Estoril Praia, 1 FC DO PORTO, O
                                (ao intervalo: 1-0)

        (Estão apenas cumpridos os primeiros quarenta e cinco minutos da primeira parte. No decorrer do intervalo, os ocupantes da claque portista que ocupavam toda a bancada nova do topo norte, abandonaram o local de modo calmo e ordeiro, e entraram no relvado alegadamente por terem sido detetados sinais de desabamento da estrutura. Por razões de segurança foi determinada, cerca de uma hora depois, a suspensão da partida)


       O FC do Porto alinhou com: José Sá, Maxi Pereira, Felipe, Diego Reyes, Alex Telles, Ricardo Pereira, Danilo Pereira, Hèctor Herrera (C), Miguel Layún, Vincent Aboubakar e Moussa Marega. Não utilizados: Iker Casillas, Iván Marcano, Hernâni, Íliver Torres, André André, Tiquinho Soares e Jesús Corona.
Equipamento: oficial tradicional, com calção e meias brancos.
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Vasco Santos (Porto),. VAR: Luís Ferreira.

SITUAÇÃO DO MARCADOR: 1-0 aos 17' por Eduardo Teixeira, na conversão de livre direto resultante de falta de Diego Reyes na ala direita, com o marcador a executar um pontapé em elipse sobre José Sá, a entrar no lado oposto da baliza.

      O Estoril Praia tomou (surpreendentemente) a iniciativa do jogo desde o apito inicial e esteve por cima da equipa do FC do Porto até cerca dos trinta minutos. Sem se remeter a uma defesa compacta e destrutiva, os estorilistas assumiam uma atitude de ataque veloz e com acerto, sempre que recuperavam a bola nas interceções dos passes mal dirigidos dos jogadores do Fc do Porto ou na rapidez que empregavam na sua recuperação, não dando espaço e tempo aos azuis e brancos para concluir da melhor maneira as ofensivas que criavam. A reação portista à desvantagem foi mais insistente nos últimos vinte e cinco minutos quando Aboubakar, Marega (por  três vezes) e Ricardo Pereira   dispuseram de ocasiões flagrantes para bater o guarda redes do Estoril.

      A arbitragem de Vasco Santos estava a decorrer sem erros de vulto no desenvolvimento do jogo. 

     Segue-se um interlúdio de duração imprevisível, que Sérgio Conceição seguramente usará para corrigir algumas notas da pauta com vista è melhoria da composição da peça para segunda parte do concerto e, em especial, para restabelecer a confiança da massa adepta na equipa.

                                          2ª PARTE

                  (Trinta e sete dias após o termo da 1ª parte)

Estádio António Coimbra da Mota, Estoril
Tv - Hora: 18:00
Tempo: bom
Relvado: bom estado
Assistência: cerca de 4500 (maioria portista)
2018.02.21 (quarta feira)

      Estoril Praia, 1 - FC DO PORTO, 3
                                     (1ª parte: 1-0)

FCP alinhou com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles, aos 59' Diogo Dalot, Hèctor Herrera (C), Sérgio Oliveira, Jesús Corona, aos 76' Hernâni, Yaccine Brahimi, aos 87' André André, Moussa Marega e Tiquuinho Soares. Suplentes não utilizados: Vanán, Otávio e Óliver Torres.
Equipamento: oficial tradicional
Treinador: Sérgio Conceição

Árbitro: Vasco Santos (AF Porto); auxiliares: Luciano Maia e Sérgio Jesus
VAR: Luís Ferreira

GOLOS E MARCADORES. 1-1 aos 52' por ALEX TELLES, na conversão de um livre na ala direita, a bola é metida por alto para trás de linha dos jogadores posicionados à entrada da área; quatro jogadores do FC do Porto partem em situação adiantada em relação à defesa do Estoril, o primeiro do lado donde a bola é bombeada é Tiquinho Soares que tenta com a cabeça o remate sem contudo lhe tocar, acabando o esférico por entrar na baliza do lado oposto à sua trajetória. Na jogada em tempo real, tive a sensação de que a bola tinha roçado na cabeça de Tiquinho o que invalidaria desde logo o lance, mas, nas repetições seguintes é nítido que isso não acontece pelo que o golo foi (bem) atribuído ao defesa esquerdo portista. Como era exigido, a legalidade do golo foi ratificada pelo VAR, cuja decisão terá sido assente no facto de nenhum dos jogadores do FCP em situação ilegal ter intervindo na jogada, e a sua movimentação não ter influenciado a hesitação de Renan que não reagiu como devia ao desenrolar do lance. É de notar que a linha virtual traçada refere-se ao um momento em que a bola já tinha sido batida uma fração de tempo antes como é fácil de constatar no frame escolhido... E, se dúvidas no lance houvesse, o regulamento esclarece quem tem direito ao "benefício da dúvida". 1-2 aos 59' por TIQUINHO SOARES, tocando para a baliza junto ao poste um primeiro remate de Hèctor Herrera que o guarda redes local não segurou; 1-3 aos 67' de novo por TIQUINHO SOARES, na sequência de passe de Hèctor Herrera para Jesús Corona, com a bola de novo a ser rechaçada com Tiquinho que nunca desiste de uma lance a chegar a tempo e a marcar.

       Em pouco mais de vinte minutos o Futebol Clube do Porto pôs fim à questão. Entrando de rompante para não dar azo a prolongada discussão, a equipa portista abafou o Estoril Praia impedindo a equipa de linha de sequer respirar; e apenas não repôs a igualdade a uma bola no resultado logo na primeira jogada de ataque porque o guarda redes da casa teria as unhas dos dedos da mão que desviou a bola para canto por cortar. Depois, a história do jogo foi feita pelos três golos obtidos em pouco mais de vinte minutos, pelas sucessivas ocasiões criadas nos assalto dos dragões à área de risco dos canarinhos, pela reação violenta de alguns atletas locais à superioridade dos azuis e brancos, e à expetativa quanto ao limite da resistência das brechas da  bancada do topo norte ontem preenchida "à cunha" com seis "milhões e picos" de almas penadas ou cobertas de verdes escamas...

       Cinco pontinhos de avanço à frente dos "segundos" são teoricamente irrelevantes tendo em conta a dureza e o número dos obstáculos que vamos vencer. Mas quem duvida da capacidade, de vontade, da força do atual Dragão e da paixão dos seus adeptos para alcançar os seus legítimos anseios e concretizar os seus principais objetivos? Quem é, até agora o melhor, nos relvados? Quantos mais pontos além dos 61 legalmente já ganhos deveria ter o Futebol Clube do Porto se outros ilegalmente nos não tivessem sido subtraídos, nomeadamente nos jogos com o slb no Dragão e em Moreira de Cónegos?

      Os jogadores do FC do Porto foram "um todo" em garra e determinação. Menos exuberantes visualmente mas quiçá muito úteis à estratégia de Sérgio Conceição, Jesùs Corona e Yacine Brahimi. Impossível não destacar Sérgio Oliveira e Héctor Herrera, a defesa com menos golos sofridos, a estreia na Liga do jovem de 18 anos Diego Dalot, e a entrega e disponibilidade de Moussa Marega e, em destaque pelas mesma razões e pelos golos, TIQUINHO SOARES.
Iker Casillas, sereno e atento, resolveu com o pé o único lance em que a baliza à sua guarda foi ameaçada. 

      Também ganharemos este jogo "na secretaria". Pena que não nos sejam atribuídos os pontos da vitória. Fomos lesados na repetição da deslocação de um jogo, no preenchimento de nova ação num calendário já de si pesado, na privação da equipa poder gozar de uma semana sem jogos a cumprir, enquanto outros assistem de "palanque" a somar pontos em horas extras ou a "abafar" crimes em providentes "providências cautelares".

     O único erro importante cometido por Vasco Santos (e pelo o VAR) foi não ter punido com o cartão vermelho a tentativa da cabeçada em Yacine Brahimi por parte do jogador do Estoril Praia.

     Do resto, bem sabemos de que se alimenta a informação social da corte alfacinha...






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