segunda-feira, setembro 19, 2016

MALÉFICA ESCORREGADELA EM TONDELA


 Tondela-FC Porto, 0-0 (destaques)


Liga NOS
5ª jornada
Estádio João Cardoso, Tondela (Viseu)
2016.09.18 - 18:00h
Equipamento: tradicional oficial
Bom tempo 


                GD de Tondela, 0 - FC do PORTO, 0

fcp: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe, Oly, Alex Telles, Rúben Neves (C), André André, Otávio, aos 77' Jesùs Corona, Yassim Brahimi, aos 56' Óliver Torres, André Silva e Depoitre, aos 68' Àdrian Lopez.

Treinador: Nuno Espírito Santo

Árbitro: Hugo Miguel (AFL)


               O que deveria ter sido uma boa oportunidade de regressar às vitórias e de dar um  sinal claro de que a equipa avança no seu processo de evolução para um nível compatível com o seu passado recente, a exibição do Futebol Clube do Porto contra o modesto Tondela, último da classificação geral, e o decepcionante empate a zero golos (!) constituiu, afinal, uma amarga e preocupante desilusão. Noventa e três minutos de um filme sem enredo entendível, atabalhoado, com protagonistas desinspirados a incorrerem em demasiadas gaffs de principiante desastrado. Mau de mais para uma equipa com aspirações internas e a participar na prova maior do futebol europeu.

              Com surpreendente alterações de pedras no xadrez da equipa por opção técnica para voltar ao sistema de dois avançados, Nuno Espírito Santo deixou de fora Marcano, Danilo Pereira, Hèctor Herrera, Óliver Torres e Jesùs Corona. Quando era expectável que o FC do Porto se apresentasse em Tondela com uma equipa formada por todos os elementos do jogo anterior ou com um ou outro ajustamento necessário, porque não há treino mais proveitoso do que se faz na competição, Nuno Espírito Santo entendeu continuar com as experiências que vem a fazer em todos os jogos até agora realizados e voltou a dar-se mal: quer nos escolhidos, quer no nível exibicional da equipa.

             O Futebol Clube do Porto nunca conseguiu assumir as rédeas do jogo nem submeter o seu adversário a um domínio intenso com exceção dos derradeiros cinco minutos do tempo legal e dos três da compensação do critério do árbitro em que ocorreram pelo menos três grande oportunidades para decidir a partida a seu favor.  André Silva (aos 82' e duas vezes, aos 92'), Miguel Layún e Àdrian López (76' e aos 93'), perdoaram a Cládio Ramos o castigo, como já o tinham feito no período inicial Depoitre, André Silva e Otávio, as mais flagrantes. Mas poderia até ser pior, não fora Iker Casillas (aos 72') ser o que é no um para um e negar um golo cantado ao avançado local, repetindo um lance parecido no primeiro tempo. Com (ainda) mais azar...

             Iker Casillas, garantiu um ponto, Felipe e Alex Telles cumpriram serviços mínimos, Boly andou por ali, que eu por acaso vi. Rúben Neves (C) e André André estiveram na aula atentos contudo não puxaram para a nota elogiosa; Otávio pequeno foi o "bombo da festa" preferido dos tondelenses porque o árbitro só não foi polícia porque vê muito pouco ou nada; Yassim Brahimi provou estar a 200% quanto ao empenho mas não tanto na influência positiva dos seus lances que executa, Depoitre e André Silva rivalizaram na disputa do título de "rei dos falhanços" e se o belga não tem desculpa por ter jogado tão pouco, o talentoso jovem português parece estar a passar uma crise de confiança comprometedora que coloca em dúvida a sua imprescindibilidade no eixo de ataque.

              Hugo Miguel (AFL) nada poderia fazer se os jogadores do FC do Porto tivessem usado de eficácia nos remates de golo. Contudo, se de facto tivesse categoria, algumas entradas agressivas dos jogadores do calceteiro Petit sobre Otávio, p.ex., teriam merecido da sua parte análise mais pronta e punitiva. O amarelo dado a Miguel Layún, com o jogo a esgotar-se, revela bem a sua incapacidade para julgar. 

              Parabéns à claque, pela compreensão e pelo apoio.

              Há ainda muita pedra para polir, lá isso há. Veremos se não falta a paciência...


             


                

3 comentários:

  1. Depoitre julgo ter feito o que lhe foi pedido. Recuar para ganhar de cabeça nos duelos com os defesas, para o avançado ganhar a sobra. Penso que há ainda falta de sincronização porque o André descaia sempre para uma ala.
    O que se lhe pode apontar é aquele cabeceamento do centro em esforço do Layun. Aí para quem jogou futebol, sabe que uma bola ainda a subir, ou já se está lá e cabeceia ou se encostar a bola continua a subir. Não apontaria para já, defeitos ao jogador.

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  2. Em referência ao comentário publicado.

    Julgo ter entendido por que Deproit foi contratado. As suas características, físicas e técnicas, podem ser importantes em determinadas situações. Do que já lhe vi fazer, não penso ter havido erro na sua contratação. Tudo isto não me impede de afirmar que, ontem contra o Tondela, Deproit esteve FRANCAMENTE MAL! Há jogos assim.

    Dragão, Sempre!

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  3. Amigo :

    ..."Noventa e três minutos de um filme sem enredo entendível"...


    Em resumo !

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